A propósito de um mês dedicado à ilustração em Setúbal, eu e o Mr. Fofo fomos meter o nariz no evento. Após um saltinho na exposição dedicada a Maria Keil e uma visita à praça local, precisámos de abastecer o depósito estomacal e dirigimo-nos ao restaurante Novo 10. Devo salientar primeiro que a praça de Setúbal é bem catita. Comprámos belas cerejas, azeitonas, figos e pão. E ficámos a babar por um impressionante atum vermelho escuro, de aspecto fresquíssimo, que pedia para ser levado. Parece que temos desculpa para nos deslocar novamente a Setúbal. Quanto ao restaurante, já velho conhecido do meu querido companheiro de mesa, a visita foi apenas satisfatória. Fomos bem recebidos, o serviço foi competente mas a comida não passou do mediano. Assim que nos sentámos, veio para a mesa as tradicionais azeitonas e um requeijão de ovelha. Não sobrou nada, o queijo era saboroso e as azeitonas agradaram. E também nos serviram choco frito, muito típico da zona. Sinceramente, achei o choco um pouco sensaborão mas estava bem frito, com o polme sequinho, nada gorduroso. Para pratos principais, sardinhas assadas e espetada de novilho e camarão, sendo que esta última me ficou destinada. É que eu estou quase proibida de comer sardinhas, pois alguém me acusa de as destruir devido às minhas frenéticas tentativas de eliminar aquelas espinhas irritantes. Eu gosto muito do sabor da sardinha, só não gosto de as comer. Mas pude provar, pois o meu parceiro de mesa, deu-me um lombinho. Ambos concordámos que as sardinhas eram medianas e não entusiasmaram, não eram particularmente saborosas. Talvez ainda fossem magritas? Não percebo muito de sardinha mas talvez Junho ainda não seja o mês ideal para as comer. Com a espetada aconteceu o mesmo. Encheu-me o olho, até vinha a pingar, bonita e suculenta, mas a carne era deslavada. Os camarões eram agradáveis mas poucos, só dois. E os restantes ingredientes também podiam ter uma dose mais generosa. Só um pedacinho de bacon? E um quadrado de pimento vermelho? Humpf! Ah! E não gostei das batatas fritas em rodelas. Tinham um sabor estranho, que eu atribuo a óleo que já devia ter sido mudado. Não há desculpa. Para sobremesa, o Mr. Fofo escolheu e muito bem um bolo pecaminoso chamado D. Duarte. Como podem ver pela foto, tem uma camada de maçapão recheada com doses generosas de ovo. Delicioso! E eu, fui uma totó e pedi o bolo de bolacha conventual. Ora, meus caros leitores, quando pensam em doçaria conventual não vos vem à cabeça doses maciças de ovo? E amêndoa? Gila? Pois foi o que me passou pela cabeça. Uma imagem vívida de um bolo de bolacha a pingar creme de ovo e amêndoa com fartura. É que nem uma coisa nem outra. Veio um bolo de bolacha deslavado, incaracterístico, molengão, que se come em qualquer café do país. Tirem mas é a palavra conventual do bolo, que é sacrilégio! Foi portanto uma refeição pouco memorável, o que é pena, pois este restaurante era um dos sítios onde o Mr. Fofo voltava sem pestanejar.
Thursday, July 2, 2015
O Novo 10 - Setúbal 6,95/10
A propósito de um mês dedicado à ilustração em Setúbal, eu e o Mr. Fofo fomos meter o nariz no evento. Após um saltinho na exposição dedicada a Maria Keil e uma visita à praça local, precisámos de abastecer o depósito estomacal e dirigimo-nos ao restaurante Novo 10. Devo salientar primeiro que a praça de Setúbal é bem catita. Comprámos belas cerejas, azeitonas, figos e pão. E ficámos a babar por um impressionante atum vermelho escuro, de aspecto fresquíssimo, que pedia para ser levado. Parece que temos desculpa para nos deslocar novamente a Setúbal. Quanto ao restaurante, já velho conhecido do meu querido companheiro de mesa, a visita foi apenas satisfatória. Fomos bem recebidos, o serviço foi competente mas a comida não passou do mediano. Assim que nos sentámos, veio para a mesa as tradicionais azeitonas e um requeijão de ovelha. Não sobrou nada, o queijo era saboroso e as azeitonas agradaram. E também nos serviram choco frito, muito típico da zona. Sinceramente, achei o choco um pouco sensaborão mas estava bem frito, com o polme sequinho, nada gorduroso. Para pratos principais, sardinhas assadas e espetada de novilho e camarão, sendo que esta última me ficou destinada. É que eu estou quase proibida de comer sardinhas, pois alguém me acusa de as destruir devido às minhas frenéticas tentativas de eliminar aquelas espinhas irritantes. Eu gosto muito do sabor da sardinha, só não gosto de as comer. Mas pude provar, pois o meu parceiro de mesa, deu-me um lombinho. Ambos concordámos que as sardinhas eram medianas e não entusiasmaram, não eram particularmente saborosas. Talvez ainda fossem magritas? Não percebo muito de sardinha mas talvez Junho ainda não seja o mês ideal para as comer. Com a espetada aconteceu o mesmo. Encheu-me o olho, até vinha a pingar, bonita e suculenta, mas a carne era deslavada. Os camarões eram agradáveis mas poucos, só dois. E os restantes ingredientes também podiam ter uma dose mais generosa. Só um pedacinho de bacon? E um quadrado de pimento vermelho? Humpf! Ah! E não gostei das batatas fritas em rodelas. Tinham um sabor estranho, que eu atribuo a óleo que já devia ter sido mudado. Não há desculpa. Para sobremesa, o Mr. Fofo escolheu e muito bem um bolo pecaminoso chamado D. Duarte. Como podem ver pela foto, tem uma camada de maçapão recheada com doses generosas de ovo. Delicioso! E eu, fui uma totó e pedi o bolo de bolacha conventual. Ora, meus caros leitores, quando pensam em doçaria conventual não vos vem à cabeça doses maciças de ovo? E amêndoa? Gila? Pois foi o que me passou pela cabeça. Uma imagem vívida de um bolo de bolacha a pingar creme de ovo e amêndoa com fartura. É que nem uma coisa nem outra. Veio um bolo de bolacha deslavado, incaracterístico, molengão, que se come em qualquer café do país. Tirem mas é a palavra conventual do bolo, que é sacrilégio! Foi portanto uma refeição pouco memorável, o que é pena, pois este restaurante era um dos sítios onde o Mr. Fofo voltava sem pestanejar.
Todos os sítios têm os seus altos e baixos e o Novo 10 não é excepção. Da próxima teremos que encontrar alternativa para desfazer algum maus sabor que ficou. Não é um adeus, é um até breve.
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