Friday, July 26, 2013
Pastéis de borrego com molho (não) tzatziki
Como sou, habitualmente, uma /(in)fiel espectadora do Masterchef Australia, já tinha alguma curiosidade em experimentar o molho tzatziki que já fez algumas aparições no programa. Claro que quando eu planeio tudo á última da hora, aparecem imprevistos e sai tudo ao contrário. Por isso, para ser mais específica, devia chamar a este prato pastéis de borrego com molho que não chegou a ser tzatziki. Falta-me um ingrediente que dizem ser essencial, o endro, também conhecido por aneto! Esta plantinha, já eu tinha provado com salmão fumado. E não me desagradou totalmente, embora tenha pensado na altura que deviam ser um pouco mais comedidos a temperar o salmão, pois como tudo na vida, os excessos acabam por mascarar sabores. Infelizmente não encontrei o endro á venda, logo na altura em que precisava. E sei que fez muita diferença no resultado final do molho. Mesmo assim ficou bastante agradável com os ingredientes alternativos. Eu já vos explico mais à frente como fazer. Comecemos pelo borrego! Já há algum tempo que queria fazer pastelinhos com recheio de borrego e estando com vontade também de experimentar o uso de cominhos nas minhas receitas, especiaria essa que nunca tinha utilizado, achei que o casamento borrego-cominhos seria uma boa oportunidade. Comprámos uma pá de borrego que foi cozida em água e sal. Separámos a carne dos ossos. Estes voltaram para o tacho com a água de cozedura, que continuou a ferver para apurar bem. Entretanto picámos a carne. Foi depois a aloirar em azeite, cebola e alho. Juntei amendoins e cajus picantes e água de cozedura, sem que ficasse líquido. É apenas para humedecer o recheio. Temperei com os cominhos e pimenta preta. Retirei do lume e deixei arrefecer um pouco. Os pastéis deviam ter sido feitos com uma massa que apareceu à pouco tempo no mercado, da marca Buitoni, e que serve tanto para doces e salgados. São rodelas de massa que podem fritar ou assar no forno. Mas como me esqueci de comprar, sou uma cabeça de vento, tive que usar massa de gyozas. Depois de rechear a massa, optámos por fritar os pastelinhos. Se tivesse usado a massa Buitoni, provavelmente teria assado os pastéis no forno. Façam como preferirem. Quanto ao molho não-tzatziki, comecei por cortar o pepino ao meio, no sentido do comprimento, retirei as sementes todas (não entram no molho) e cortei em cubos pequenos. Salguei-os com sal grosso e deixei numa rede a perder o sumo. Isto permite que o molho não fique aguado, por isso sejam pacientes e não saltem este passo. Assim que o pepino ficou pronto, abri um iogurte grego, coloquei-o numa tigela, adicionei o pepino, pimenta preta, sal, 1 alho esmagado, sumo de limão, azeite e hortelã seca picada em substituição do endro. A acompanhar os pastéis, uns deliciosos espargos assados no forno ao natural. A sobra de água do borrego reduziu tanto e ficou tão apuradinha que ainda a aproveitámos para fazer um delicioso arroz com vegetais. Podem ver a foto aqui:
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Enfim, estrangeiradas!! Da Austrália nem bom molho nem bom repolho!! Pode não ser verdade mas lá que rimou, rimou. Os pastéis estavam excelentes, o borrego comportou-se à altura e portanto pode e deve repetir-se. Quanto ao molho tzakoiso... pois bem, só faz falta quem cá está. O arroz estava espectacular e quase que dá vontade de fazer mais caldo de borrego só para comer mais arroz. O caldo de borrego foi feito cozendo até a carne se separar do osso e aproveitando toda a proteína disponível. Ou seja, para além de nutritivo é altamente ecológico. Nada se desperdiça, tudo se transforma. Ou seja, fizemos mais pelo ambiente nesta refeição que muito "abraçador de árvores" a vida inteira.
ReplyDeleteQue rima tão original! Gostei!
ReplyDeleteDevo salientar que o caldo do borrego foi resultado do trabalho dedicado do Mr. Fofo e, consequentemente, a qualidade do arroz deve ser-lhe atribuída.