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Thursday, March 28, 2019
Bolo Unicórnia Rechoncha
Fiz mais um bolinho adornado com pasta de açúcar. Sei que não ficou perfeito, tenho de trabalhar mais no bolo em si mas confesso que fiquei orgulhosa da minha unicórnia rechoncha! Tem umas mamocas mesmo jeitosas! ihihi. Ficou tão fofinha! 💘 O presenteado foi o Mr. Fofo, que já o deglutiu na totalidade! Excepto a miúda, claro! Está feliz e contente numa caixinha com janela, para continuar a exibir as suas curvas sexys! Estejan atentos aos próximos posts. Tenho uma crítica gastronómica e duas receitas catitas para partilhar com vocês! Beijinhos!
Thursday, November 29, 2018
Bolo de "polenta" e limão - Polenta lemon cake
Voltamos às receitas internacionais famosas! Mais um bolinho que me despertou a curiosidade pelo seu aspecto apetitoso. A cor amarela viva e a textura granulosa. Nham nham! Parece que o bolo se vai desfazer em migalhas! E é verdade! Deve ser manuseado com muito cuidado! Escolhi a receita da Nigella porque gostei da foto que a ilustra. Fiquei com expectativas muito elevadas ao ponto de quase me dar uma coisinha má quando desenformei o meu bolo. Ficou mais tostado do que o desejado mas eu fui matreira e disfarcei muito bem disfarçadinho e olhem lá que ele até "sorriu" para a foto. Está bem lindinho! Só alterei uma coisa na receita. Omiti a calda de limão, que é feita com icing sugar e sumo de limão. Em primeiro lugar, a calda adiciona mais 125 gr. de açúcar ao bolo e até mais no caso de outras receitas que vi. E a calda é fervida até o açúcar dissolver e eu só aprecio o sabor do sumo de limão ao natural, sem ser cozinhado. Ainda pensei fazer uma calda com sumo de limão fresco ou um icing mas resolvi por não adicionar mais carga calórica ao bolo. No site da Nigella está a receita completa.
Ingredientes:
200 gr. de manteiga sem sal amolecida
200 gr. de açúcar branco
200 gr. de amêndoa sem pele moída
100 gr. de sêmola de milho (usei marca Espiga)
1 1/2 colher de chá de fermento em pó Royal
3 ovos L ou XL
Raspa de 3 limões
Preparação:
Besutei uma forma redonda de 21 ou 23 cm com manteiga e forrei o fundo com papel vegetal. Numa tigela, juntei a amêndoa, a sêmola e o fermento e misturei. Noutro recipiente, bati a manteiga com o açúcar até estar tudo muito bem incorporado e de cor esbranquiçada. Juntei parte da mistura de amêndoa e sêmola, e a raspa de limão e envolvi muito bem, Juntei um ovo, voltei a bater, e fui alternado a mistura e ovos, misturando muito bem entre cada adição. Levei ao forno a 160-180º durante aprox. 40 minutos. Verifiquem a cozedura do bolo com o palito, que deve sair limpo quando espetam o bolo. Na foto podem ver o bolo coberto por umas migalhinhas brancas. É amêndoa e adicionei-a para disfarçar a "tostadela" excessiva do meu bolinho. Decorem a vosso gosto, fica muito bonito com icing!
Wednesday, April 11, 2018
Tigelinhas de noz pecan
Hoje trago-vos tigelinhas de noz pecan porque recentemente provei este tipo de noz e descobri que gosto mesmo muito. Têm um sabor intenso, quase caramelizado! E esta receita, tirada da teleculinária, era algo que a minha mãe fazia quando eu ainda era pequerrucha e que ficou na minha memória. A receita original é feita com amêndoa e é deliciosa! Mas eu tinha noz pecan à mão e devo dizer que o resultado também foi muito bom! A receita dá para 8 tigelinhas como as da foto. Aviso que esta sobremesa é muito doce! Eu vou reduzir a quantidade de açúcar da próxima vez mas aqui no blog dou-vos a receita original.
Ingredientes:
500 gr. de açúcar
8 gemas
Meia chávena de doce de chila (usei aprox. 125 gr.)
100 gr de amêndoas/nozes (metade moídas, a outra metade picadas grosseiramente e torradas)
1 chávena almoçadeira de água (2,5dl)
Canela em pó
Preparação:
Na receita original dizem para escaldar as amêndoas e pelá-las. Eu gosto da casca, portanto saltei esta parte. E de qualquer forma, hoje em dia, já se compra as amêndoas peladas...
Mesmo assim vou reproduzir o texto, como vinha na revista Teleculinária:
"Escalde as amêndoas, retire-lhes a pele e seque-as. Passe metade pela máquina de picar e pique e torre a outra metade. Deite num tacho o açúcar e uma chávena almoçadeira de água. Tape, leve ao lumee quando começar a ferver, retire a tampa, deixe ferver 3 minutos e retire. Quando estiver quase frio, misture-lhe as gemas, o doce de chila e a amêndoa moída e leve ao lume sem parar de mexer no fundo do tacho com uma colher de pau, até ferver. Deixe ferver 20 segundos, retire e deite em tacinhas. No momento de servir, espalhe por cima a amêndoa picada e a canela."
Tuesday, December 19, 2017
Bolo-rei
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Bolo-rei 1 |
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Bolo-rei 2 |
Actualização: Já pus uma foto provisória mais bonita do bolo-rei que vou servir no Natal (Bolo-rei 1). Falta pincelar com geleia mas isso só faço na véspera.
Não se assustem! É feio sim (Bolo-rei 2)! Vocês estão a ver a minha segunda tentativa de bolo-rei. Nem me dei ao trabalho de colocar frutas em cima, não fosse ficar horrível, e depois era um desperdício forrar o caixote do lixo com tanta frutinha. Assim que tiver uma foto bonitinha, substituo. Se leram posts de anos anteriores, já sabem do meu crescente descontentamento com a qualidade dos bolo-rei. É estilo sorteio, num ano a confeitaria faz algo decente, noutro ano sai cagada. Bolos que outrora eram regularmente bons, hoje em dia são uma vergonha. Desde a Confeitaria Nacional até à do Marquês...nada se aproveita e eu cansei. O ano passado fui de propósito à Mealhada comprar o bolo vencedor (na pastelaria Docealhada, que pelos visto ganhou outra vez este ano vai-se lá saber porquê). Enfim...valeu pelo leitãozinho suculento da Meta dos Leitões. Mas vou dar o meu selo de confiança ao bolo vencedor da categoria bolo raínha. Não provei, é certo, mas o bolo-rei deles comprei em 2015 e gostei. Tem uma massa densa, estilo pão, e perfumada, com bastante fruta, sem adição de sabores artificiais ou erva-doce, que dispenso. Se estiverem com vontade de ir a Aveiro, vão à Flor de Aveiro (têm uma foto do bolo de 2015 neste post, http://vamospamesa.blogspot.pt/2015/12/perscrutando-bolos-rei-e-algumas.html). Agora que já desabafei, vamos prosseguir com o meu bolinho. Como sabem, isto acaba por ser uma questão de gosto, embora nalguns casos haja bolos que são tão desastrosos que deviam ser banidos de qualquer palato. Portanto, o meu, que não se enquadra nesta categoria, é a tentativa de replicar algo de que me lembro muito vagamente. O bolo-rei da pastelaria Solmar, na Rua das Portas de S. Antão (da marisqueira que entretanto fechou 😭). Eu era miúda quando deixaram de o fabricar. Ano maldito esse! E a receita ficou perdida... Não tenho pretensões de replicar o bolo, pois se nem me lembro bem do mesmo. Mas sei algumas coisas. Não tinha canelas, erva-doce, licores manhosos ou ingredientes de segunda categoria estilo aromas artificiais. A massa era saborosa, com um toque a qualquer bebida alcoólica e fruta. E o bolo durava imenso sem secar! Daí que este ano o meu desafio era fazer uma massa mais resistente à secagem, pois o sabor já estava mais ou menos afinado em tentativas passadas. Devo desde já dizer que ainda não acertei na mosca! Mas gosto do meu bolo. É saboroso, denso sem ser maçudo e já fica mais fofinho sem secar logo de um dia para o outro. Até ao ano-novo vou fazer mais uma ou duas tentativas, com algumas alterações, e depois conto-vos como correu. Devo avisar que este bolo foi feito numa batedeira de mesa. Se tiverem uma maquineta do género, aconselho a usarem. Facilita muito a tarefa. Eu gosto de amassar pão à força do meu músculo mas esta massa leva manteiga e óleo e dá mais jeito ser a máquina a sujar-se...
Ingredientes 🎄
400 gr. de farinha sem fermento
3 ovos L
65 gr. de açúcar amarelo
100 gr. de manteiga sem sal
60 ml de óleo
125 gr. de frutas cristalizadas
100 gr. de frutos secos (nozes, pinhões, amêndoa laminada)
50 gr. de passas
Raspa de 1 laranja
Raspa de 1 limão
Pitada de sal
Rum (ou aguardente ou ambos, de boa qualidade)
1 pacote de Fermipan
1 dl de leite morno + 1 colher de chá rasa de açúcar amarelo
Preparação 🎅
De véspera, coloquei as frutas cristalizadas e as passas de molho no rum (comprem rum minimamente decente, faz muita diferença). No dia seguinte, comecei por preparar o fermento. Num copo alto, aqueci o leite até ficar morninho, adicionei a colher de açúcar amarelo e o pacote de Fermipan (11gr.). Tapei o copo de deixei o fermento activar até fazer espuma e crescer um bocadinho.
Na batedeira, juntei farinha, a pitada de sal, o açúcar, a manteiga cortada em cubos e liguei a máquina em velocidade média para misturar tudo até a manteiga se incorporar na farinha. Adicionei o óleo, a raspa de limão e laranja, sempre com a batedeira em movimento, e de seguida os ovos. Deixei uns 2 minutos a amassar e por fim juntei o leite com o fermento. Não se assustem se a massa ficar peganhenta. Eu deixei mais uns 6 minutos a bater e acaba por ficar mais elástica, ligeiramente pegajosa mas que se separa do gancho da máquina. Deixei a massa levedar uma hora (tapada com película aderente) ou até duplicar de volume, dentro de uma tigela besuntada com óleo. Com o tempo frio, a massa leva mais tempo a subir mas não se esqueçam que até dentro do frigorífico os fermentinhos fazem o seu trabalho, de forma mais pausada, mas chegam lá. Depois de a massa ter levedado, escorri as frutas e juntei-as à mesma, assim como os frutos secos. Desta vez amassei à mão por ser mais fácil certificar-me de que as frutas ficam bem distribuídas. Por fim, moldei a massa numa forma circular, com o buraco no meio, bastante largo para que ao crescer novamente, o buraco não feche. Deixei a massa duplicar de volume (também tapada com película aderente). O bolo cozeu em forno quente, pré-aquecido, a 180º durante 25 minutos. Tenham cuidado com as temperaturas. O forno deve estar bem quente mas eu entusiasmei-me um pouco, pus nos 200º e no meu forno isso significa risco eminente de torriscadela. Mesmo tapado, ficou tostadinho. Não se esqueçam de colocar as frutas em tiras por cima da massa antes de o cozer. No meu próximo bolo já o vou fazer para ficar mais bonitinho. Também podem adicionar torrões de açúcar ao topo. Fica bonito e peganhento. Ou pincelar com geleia no fim para dar brilho. Espero que gostem! Se algum de vós experimentar esta receita e tiverem dúvidas ou percalço, estou por aqui para ajudar. Oh oh oh....🎅!
Nota: Entretanto, depois de fazer este bolo, voltei à carga e fiz o bolo-rei para a véspera. Esta nota é para vos dizer que podem levedar a massa base no frigorífico. Eu deixei a minha aprox. 12h a crescer, durante a noite. A segunda vez que foi levedar, já com as frutas e à temperatura ambiente, ficou 3h a crescer. Não tenham pressa em levedar a massa. Mais vale levar o seu tempo do que forçar com calores artificiais, como fiz no passado quando usava o forno morno para levedar massas e o resultado era fraquinho. Durante a cozedura o bolo-rei cresce bastante, como podem ver pelo meu que practicamente ficou com o buraco central fechado.
Thursday, December 14, 2017
Começam as festividades...
Cá estão eles! Os bombons de figo (receita disponível aqui). Admito que sou pouco original nesta altura do ano. Prefiro manter as tradições. Espero amanhã colocar aqui a minha receita de bolo-rei. Ainda não é a definitiva mas acho que me saí bastante bem e vale a pena partilhar! Beijinhos!
Monday, March 13, 2017
Bolo rançoso (muito fácil de fazer)
Aiiiiiiii.....até consola olhar para a foto. E penso que até engorda um bocadinho...Sorte a minha que lhe vou ferrar o dente e se é para engordar que seja de barriga cheia! O bolo rançoso, mais uma maravilha da doçaria portuguesa. Que leva ingredientes sagrados aos quais devíamos prestar homenagem diária com oferendas aos deuses das amendoínhas e dar graças às galinhas que nos facultam os seus abençoados ovos. Não há nada tão bom como um bolo carregadinho de amêndoas e ovos, húmido como manda a lei. E é isso que vos apresento hoje. Adoro este docinho, que procuro sempre comer quando me desloco a terras alentejanas. Mas nem sempre é fácil de encontrar. Certamente já sentiram o mesmo que eu. Após comer umas brutas migas de couve-flor com carne de alguidar, o que há de melhor para empurrar o repasto senão um bolo rançoso? Mas depois vem o senhor do restaurante e diz...ora para sobremesa temos natas do céu, mousse de chocolate (acabadinha de sair do pacote) e um cheesecake. Até me cai uma lagriminha pelo canto do olho...Uma pessoa vai ao Alentejo e tem de suportar estas coisas? Cadê a doçaria regional? É por cenas destas que tenho de arregaçar as manga e procurar replicar estas maravilhas! Pois aqui têm um bolo rançoso fácil de fazer, talvez meio aldrabadito porque saltei a parte dos pontos de açúcar. Mas que interessa se o resultado é tão saboroso?
Ingredientes
250 gr. de amêndoa pelada e ralada
200 gr. de açúcar amarelo
80 gr. de manteiga
2,5 dl de água
250 gr. de doce de chila
9 gemas + 1 ovo completo
3 colheres de sopa de farinha com fermento
Preparação
Num tacho, levam a amêndoa ao lume juntamente com a água e o açúcar amarelo. Ferve até a água reduzir e quase secar totalmente, fica uma mistura húmida. Deixam arrefecer e juntam a manteiga amolecida e o doce de chila. Misturam bem. Por fim, adicionam as gemas batidas mais o ovo, e a farinha. O bolo é cozido numa forma besuntada com manteiga e coberta por papel vegetal, também este besuntado com manteiga. Quando a massa do bolo já está na forma, cobrem o topo com farinha. Sim, leram bem. Foi um truque que li na internet, que é para o bolo não queimar. Não sei se faz grande diferença versus cobrir com folha de alumínio mas tenho cozido assim o bolo rançoso. Portanto, coloquem uma camada de farinha por cima da massa até esta ficar bem tapada. Levam o bolo a cozer a 160/180º, conforme a potência do vosso forno. O meu levou 40-50 minutos a cozer a 160º. O bolo deve ficar firme mas húmido. Espetem um palitinho ou abanem a forma do bolo, delicadamente, dentro do forno e se a massa se agitar muito é porque ainda está mal cozida. Para servir, deixam arrefecer e tiram a farinha com um pincel. Espero que gostem!
Tuesday, September 20, 2016
Delícias da doçaria portuguesa - Porquinho doce
Ai ai ai! Hoje este blog até faz uma pessoa engordar, só de ler os posts! Mais um doce super fantástico que nos transforma em leitõezinhos anafados! Oinc Oinc! Apresento-vos o porquinho doce! Terão de ir até Beja experimentar um exemplar. E até vale a pena o passeio porque é uma cidade bem catita que vale a pena explorar. E pelo caminho têm a oportunidade de ver olivais a perder de vista! Como podem ver pela foto, este manjar, tem como principais ingredientes, a amêndoa em forma de massapão, chila e ovos! E um bocadinho de chocolate a dar cor à camada exterior do massapão. Como não podia deixar de ser, é um petisco! Como é possível não ser com estes ingredientes? E é bem fofinho! Mas nós não nos deixámos comover e afinfámos-lhe valentes dentadas nas patinhas, no focinho, as orelhitas já foram e a barriguita, bem rechonchuda, também já levou um avanço. E agora, metam-se vocês à estrada! Inté!
Delícias da doçaria portuguesa - Tarte D. Rodrigo
Olá! Caros leitores, apresento-vos mais uma maravilha de doçaria nacional, absolutamente pecaminosa e "engordatória". Uma tarte de amêndoa, ovo e açúcar, com uma pitadinha de canela. Adquiri umas amostras em terras Algarvias, numa feira de artesanato e doçaria. A jovem que me atendeu chamou-lhe tarte D. Rodrigo. O D. Rodrigo é m docinho que vem embrulhado nuns pacotinhos coloridos e tem por base os ingredientes que enumerei há pouco e mais uma dose de fios de ovos a cobrir. Esta versão é semelhante mas não tem os fios e dá para cortar à fatia. E devo dizer-vos que foi o melhor doce que comi nas minhas férias. Simplesmente divinal! Com uma textura húmida e densa, uma autêntica overdose de ovos e amêndoa. E a canela estava no ponto! Discreta o suficiente para se fazer notar e sem mascarar os restantes ingredientes. E já arranjei mais sarna para me coçar! Porque este será o meu próximo desafio! Replicar esta tarte! Entretanto, quero sossegar os meus leitores acerca da tarte 3 delícias. Fico feliz por ter despertado tanto interesse. Aliás, tenho recebido bastantes mensagens a pedir que coloque aqui a receita. Eu peço desculpa por estar a demorar tanto tempo, estou em falta e prometo resolver o assunto nas próximas duas semanas. Pelo menos quero apresentar-vos algo que seja aproximado, mesmo que necessite de uma terceira tentativa. Até breve!
Thursday, July 14, 2016
Tarteletes de lemon curd
Olá caros leitores! Trago-vos mais um docinho delicioso, daqueles que consolam a alma e os olhos. São bonitinhas, as tarteletes, não são? O lemon curd é um daqueles doces ao qual eu franzia a venta, talvez por ter a ideia errada de ser um produto ranhoso, muito apreciado por ingleses que mal sabem cozinhar e que compram tudo em frascos. Claro que entretanto os meus horizontes abriram-se e em vez de imaginar tontices, comecei a ficar curiosa. E não é que o meu pasteleiro actualmente preferido, o Sr. Rudolph, (podem vê-lo no 24 Kitchen) fez lemon curd num dos seus programas e imediatamente decidi fazer. Mas só me aventurei após provar uma amostra de mais uma intrépida cozinheira, amostra essa que estava muito boa, amarelinha, cremosa e com um saborzinho fantástico a limão. Pesquisei na internet e decidi-me por uma receita que leva apenas gemas, em vez de ovos inteiros. O resultado foi um curd de tom alaranjado, mais denso mas também saboroso. Isto para vos dizer que ainda vou comparar receitas! Ovos inteiros Vs gemas e se há alguma vantagem em usar uns ou outros. Nesta primeira tentativa, tive juízo e não inventei, não fosse o diabo tecê-las. Já me armei em criativa e a coisa deu para o torto... Portanto, dou-vos a receita que tirei da internet mas a próxima aventura será um lemon curd adaptado ao meu gosto e mais amigo da cintura! É que houve um comensal "rabugento" que achou o creme muito doce!
Ingredientes da massa para as tarteletes ♥
150 gr. de amêndoa pelada ralada
150 gr. de farinha sem fermento
150 gr. de açúcar branco
150 gr. manteiga
1 ovo
Água fria, se necessária
Preparação ♥
Coloquei os ingredientes secos numa tigela, juntei o ovo e envolvi bem. Adicionei a manteiga fria cortada em cubos e misturei-a grosseiramente com a farinha, desfazendo os cubos em pedaços mais pequenos. Depois amassei levemente para que tudo ligasse. Tive que juntar umas gotinhas de água fria para a massa ganhar firmeza e não se esfarelar. O resultado final é uma bola de massa suficientemente firme para ser estendida mas ainda com pedacinhos visíveis de manteiga no meio. Para ser mais fácil estendê-la, coloquei a massa no frigorífico. Com o calor, é preciso ter cuidado com tudo o que leve manteiga. Massa molengona é um pesadelo para trabalhar!
Ingredientes para o curd ♥
8 gemas
200 gr. de açúcar
1,2 dl de sumo de limão
170 gr. de manteiga
Raspa de 2 limões grandes
Preparação ♥
Coloquei um tacho ao lume com água e deixei levantar fervura. Reduzi o lume para o mínimo para que a água apenas borbulhasse ligeiramente. Numa tigela de vidro que aguenta o calor, bati as gemas com o açúcar, a raspa e o sumo de limão. Coloquei a tigela por cima do tacho e comecei a cozer a mistura de ovos no calor, misturando sempre com a vara de arames. Aviso-vos que a tigela não pode entrar em contacto com a água do tacho, portanto tenham atenção ao nível desta. E temos de misturar os ovos durante todo o processo. Portanto, nada de irem fazer um xixizinho e deixarem os ovos sem supervisão. Leva um bocadinho a cozer e os ovos precisam de algum tempo até começarem a engrossar mas é algo que não engana. Assim que ficou mais grossa, juntei cubos de manteiga, um a um, e deixando a manteiga envolver bem antes de adicionar outro. Assim que estava no ponto, tirei do lume e passei o creme por um passador para eliminar a raspa de limão e algum potencial grumo. Meti o creme num frasco e deixei refrigerar umas 3 horas. Agora algumas notas: No início, a mistura é muito líquida mas à medida que coze, fica mais cremosa. Ora foi neste ponto que talvez me tenha excedido! Segundo instruções que me foram dadas, se quiserem o típico lemon curd, ou melhor, com a textura correcta, devem tirar os ovos do lume quando vêem que estão a ficar cremosos (e depois da manteiga estar incorporada) porque a mistura continua a engrossar com o calor residual. Eu não o fiz. Por dois motivos! Porque queria o creme mais espesso para a massa das tarteletes não amolecer e porque não sabia quando o parar de cozer...eheheh. Resultado: o creme ficou um pouquinho denso. Devia ter tido em atenção que a refrigeração também lhe ia dar uma consistência mais sólida. Mas não se enganem! Estava bom e gostei da textura apesar de não ter ficado fiel ao que é suposto ser.
Por fim, estendi a massa e cortei rodelas com uma circunferência um bocadinho maior que a das formas de queque. Usei formas descartáveis de alumínio com as paredes baixas. Forrei as formas, levei-as ao forno e deixei cozer e corar bem. Retirei-as do forno, deixei arrefecer, desenformei a massa das tarteletes e voltei a colocá-las no forno, desta vez viradas ao contrário para que o fundo também corasse, Retirei-as do forno, deixei arrefecer e recheei com o lemon curd. Parece difícil mas não é. Talvez seja um bocadito trabalhoso para se fazer tudo no mesmo dia. Aconselho que façam a massa de véspera, ou o lemon curd, e no dia seguinte já parece mais fácil e rápido. Espero que gostem!
Wednesday, December 23, 2015
Os doces de Natal - bombons de figo
Para não variar, os bombons de figo! Também conhecidos por nhoscas, assim apelidados por um irmão com queda para arranjar nomes originais. A receita está neste link. Ho ho ho!
Friday, September 25, 2015
Tarte de amêndoa e figo
Então vamos lá dar um nome diferente a esta coisa, já que tarte 3 delícias não é de certeza. Mas não quer dizer que seja má. Pelo contrário, ficou saborosa. É uma tarte de amêndoa com doce de figo. A alfarroba, coitadita, só deu cor. A tarte recebeu o selo de aprovação do Mr. Fofo e ambos concordámos que há uma série de ajustes a fazer. O doce de figo, parece que está perfeitinho, saboroso e leve. As massas têm de ser alteradas. Ambas têm de ser mais densas e húmidas. A de alfarroba tem de levar maior quantidade da dita cuja. Enquanto não corrijo a receita, deixo-vos aqui como fiz esta tarte que vale a pena experimentarem.
O meu primeiro passo foi a confecção do doce de figo. Era para ser uma geleia mas saíu um doce espesso. Durante 2 horas, deixei de molho, em água, 250 gr. de figos secos até hidratarem. Assim que estavam prontos, coloquei-os num tacho, bem cobertos com água, e juntei 150 gr de açucar amarelo e uma casquinha de limão. Devo avisar que leva algumas horas até o figos ficarem molinhos e mesmo assim, não amoleceram ao ponto de se desfazer. Acho que, ao todo, devem ter cozido umas 3 horas e fui adicionando água à medida que reduzia e eu via que ainda não estavam no ponto. E, no fim, depois de passar os figos pela varinha mágica, usei pectina, para espessar o doce (duas colheres de chá). A pectina é vendida nas lojas Celeiro, caso decidam usar.
Ingredientes ♥
200 gr. de amêndoa pelada picada
150 gr. de açúcar amarelo
75 gr. manteiga
4 colheres de sopa de farinha de trigo
2 colheres de sopa de farinha de alfarroba
1 colher de chá de fermento Royal
4 ovos
açúcar para polvilhar
Preparação:
Numa tigela, juntei a amêndoa, o açúcar, a farinha de trigo, fermento e a manteiga derretida e misturei bem. Adicionei os ovos, um a um e bati entre cada adição. Dividi a massa em duas partes iguais e numa delas envolvi a farinha de alfarroba. Barrei o fundo e as laterais de uma forma de tarte, forrei com papel vegetal e voltei a barrar o papel e polvilhei com açúcar branco. Despejei a massa sem alfarroba na forma e, por cima, com muito cuidado, a massa de alfarroba, tentando que as massas não se entranhassem. Foi ao forno a 160-180º graus durante 30 minutos (mas adaptem a temperatura aos vossos fornos e mantenham-se atentos ao andamento da cozedura). Assim que arrefeceu, barrei a tarte com o doce de figo e alisei bem. Polvilhei com amêndoa picada e decorei com um figo trespassado por amêndoas. Se preferirem, substituam a farinha de alfarroba por chocolate em pó ou cacau. Espero que gostem. Agora vou arregaçar as mangas e trabalhar na receita das 3 delícias. Até breve!
Thursday, September 3, 2015
Bolos 3 delícias do Algarve - em busca de inspiração
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1 - Tarte 3 delícias do Algarve do restaurante Os Arcos em VRSA |
2 - Tarte 3 delícias do Algarve de uma pastelaria de Castro Marim |
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3 - Tarte 3 delícias do Algarve do snack-bar Cantinho dos Petiscos em VRSA |
Olá caros leitores. Para não pensarem que estou a fugir às minhas promessas, mostro-vos o meu estudo aprofundado sobre o bolo 3 delícias. Sacrifiquei-me em terras algarvias deglutindo vários exemplares, em busca de inspiração para a minha própria versão desta iguaria. Tem graça que este ano foi fácil encontrar o bolo em vários espaços comerciais. Devo dizer que o começo desta jornada foi algo stressante após constatar que a pastelaria onde encontrei este bolo pela primeira vez à venda, fechou. E vou ser mázinha...toma que é para aprenderem... o karma é lixado! Quando tentei encomendar a tarte só arranjaram desculpas que não podia ser, tinha esgotado, não aceitavam encomendas, não sabiam quando voltavam a ter. Assim os clientes não regressam...
Agora, parece que todo o mundo se lembrou que isto existe e felizmente pude comparar diversas versões e chegar a importantes conclusões que me vão ajudar a compor a minha receita. Começo por vos explicar as diferenças entre as tartes e listar os locais onde as comi.
Até agora, as melhores tartes continuam a ser a do restaurante Manel d'Água e ao do snack-bar Cantinho dos Petiscos (3), por serem menos densas, de textura suave e cujos ingredientes brilham em conjunto sem nenhum se sobrepor. A tarte nr. 1, do restaurante Os Arcos, também passou no teste. Era saborosa e fofa e tinha uma cobertura com ovo e amêndoa. Também comi uma amostra no restaurante A chaminé, em Altura, que se assemelhava à tarte nr. 2 mas era menos apetitosa. O sabor do figo era demasiado intenso, com uma camada espessa e maçuda. A tarte nr. 2, agradou-me em termos de sabor mas preferia que o figo fosse mais suave e leve. E a camada de bolo de alfarroba tem uma textura áspera. Tendo em conta as amostras, vou tentar aproximar-me da tarte nr. 3, particularmente bem conseguida devido à geleia de figo, em vez de uma camada de bolo maçuda ou pasta de figo. E também percebi agora que a geleia é feita com figos secos e não frescos, como tinha pensado inicialmente. Portanto, podem contar com a receita brevemente, espero eu, num espaço máximo de duas semanas. Mantenham-se atentos ao blog! Até breve!
Wednesday, July 15, 2015
Tarte 3 delícias do Algarve - 1ª tentativa (ainda não cheguei lá!)
Doces regionais de Sines
Se passarem por Sines, não se esqueçam de dar um pulinho pela pastelaria Vela d´Ouro e comprar uma dose generosa de Vasquinhos e de areias de Sines. Ambos deliciosos, com amêndoa e ovo em abundância. Os Vasquinhos, com um paladar forte a amêndoa e, as areias, também com amêndoa mas de paladar mais delicado a ovo e, se não me engano, chila. Vale a pena ir lá só para os comer. Mas, já agora, sugiro provarem uma delícia local, que infelizmente não tive oportunidade de comer devido a um lapso quase imperdoável da senhora que nos serviu num restaurante local, que é a feijoada de búzios. E as lapas. Enfim, serei obrigada a regressar à terrinha e sacrificar-me em prol dos meus leitores menos aventureiros que anseiam pela minha crítica gastronómica.
Monday, June 1, 2015
Raviolis de ricotta e salmão fumado
Olá! Cá voltamos nós à confecção de massa caseira. Já há algum tempo que estava com vontade de dar uns mordiscos em raviolis. E decidi fazer com massa integral, de trigo e centeio, porque tanto eu como o Mr. Fofo achamos que é bastante mais saboroso e, suponho eu, mais saudável. Aliás, acho que fiquei proibida de preparar massa de compra desde a primeira vez em que o Mr. Fofo provou a caseira, de tão bem que saiu. Enfim, agora somos uns finórios que não se contentam com produtos inferiores. Mas é preferível comer menos vezes (é uma receita que requer algum tempo e paciência) mas melhor! É indiscutível! Para os leitores que só agora começaram a acompanhar o blog, indico o link que explica como fazer a massa e moldar os raviolis. Nesta receita usei 200 gr. de farinha de trigo integral, 100 gr de farinha de centeio integral e 100 gr. de sêmola de trigo. 2 a 3 colheres de sopa de azeite, 3 ovos e sal. O recheio, bastante simples de confeccionar, levou:
Ingredientes ♥
250 gr. de ricotta
1 embalagem de salmão ou truta fumada (100 gr)
1 cebola média (para caramelizar)
Um punhado de amêndoas torradas e moídas
Sumo de limão e raspa
Pimenta preta, alho em pó
Preparação ♥
Numa tigela, misturei o queijo com o salmão fumado cortado em pedacinhos pequenos. Não usei a embalagem na totalidade mas façam como entenderem. Num tabuleiro, espalhei amêndoa moída grosseiramente (não reduzam a pó) e deixei torrar até ficar com um tom acastanhado. Deixei arrefecer. Entretanto tratei da cebola. Cortei-a em cubos pequenos e levei ao lume em azeite e açúcar amarelo. Não exagerem no azeite, que é para não ficar gordurosa e estragar o recheio. E o açúcar foi sendo adicionado aos pouquinhos, só para dar uma ligeira doçura e ajudar a caramelizar. Borrifei as cebolas com vinagre, temperei com pimenta e deixei cozinhar até os sucos reduzirem. Por fim, deixei escorrer a cebola no passador, só para me certificar que ficava o mais sequinha possível, e juntei ao preparado de queijo. Envolvi a amêndoa, e a raspa de um limão pequeno, mais uns salpicos de sumo do mesmo e uma pitada de alho em pó. Aqui têm um recheio de raviolis muito simples e saboroso! Aprovado por ambos os comensais e registado aqui no blog para que o possam também apreciar. Espero que gostem! Em relação ao vinagre, aproveito para mencionar a marca, não por ter qualquer patrocínio mas apenas porque gosto do produto e este blog serve também o propósito de dar a conhecer produtores portugueses que merecem reconhecimento. Neste caso a Mendes Gonçalves com a marca Paladin, que tem uma série de temperos e molhos originais e de qualidade. Nesta receita usei o vinagre balsâmico em spray, que é muito prático para temperar a comida. E também uso muito o vinagre de framboesa em saladas. Vão ver o site, eles merecem. Até breve!
Thursday, May 14, 2015
Galantine de atum
Olá! Agora que o tempo começa a aquecer, sabe bem comer petiscos frescos. Lembrei-me de fazer um bolo em camadas com atum e maionese e enformar de forma a parecer uma galantine. Devo dizer que a apresentação exterior ficou super catita e de facto engana. Parece mesmo uma galantine. Mas como vêem na segunda foto, esta "galantine" é composta por camadas de bolo de batata e o atum com vegetais. Caso os meus caros leitores se sintam tímidos em fazer esta receita, por acharem que é muito trabalhosa, podem encurtar o tempo de preparação usando vegetais enlatados e maionese de compra. Vamos então começar!
Maionese ♥ Como fazer: Numa tigela alta coloca-se duas gemas de ovo, uma colher de chá de mostarda, sal e pimenta. Com a batedeira, bater muito bem até a mistura ficar cremosa e espessar. Depois, deitando em fio óleo ou azeite, continuar a bater até a mistura crescer e ficar consistente. Quando começa a ficar no ponto, a maionese é projectada pelas pás da batedeira para as paredes da tigela. No fim, junta-se vinagre a gosto, sumo de limão e corrige-se o sal e a pimenta se for necessário.
Ingredientes do Bolo de Batata ♥
400 gr. de batata
2 dl de leite
100 gr. farinha com fermento
1 dl de azeite
6 ovos
Orégãos, Pimenta preta e pimenta de caiena
Ingredientes do recheio ♥
Maionese
2 latas de atum
100 gr. vegetais cozidos (usei macedónia congelada)
Alface
4 folhas de gelatina (das médias)
Amêndoa torrada e picada
Bolo de batata ♥
Depois de cozer as batatas, esmaguei-as com um utensílio próprio, como se fosse para puré. Adicionei o leite, o azeite e os ovos e envolvi, juntando de seguida a farinha e os temperos. Bati tudo muito bem. Barrei um tabuleiro largo com margarina, cobri com papel vegetal e barrei também o papel vegetal com mais margarina. Despejei a mistura de batata e foi ao forno a 160-180 graus até estar corada. Usem o palito para verificar a cozedura. Deixei arrefecer.
Preparação da maionese de atum e montagem da galantine ♥
Para a montagem da galantine, o primeiro passo foi cortar o bolo, já arrefecido, em rectângulos com a dimensão da forma de bolo inglês, que vai dar forma ao petisco. Depois tratei da maionese de atum. Para tal, juntei o atum, bem escorrido, aos vegetais e envolvi a maionese até o preparado ficar cremoso e fácil de espalhar. De seguida, fervi 0,5 dl de leite (cuidado para não transbordar) e adicionei as folhas de gelatina, previamente demolhadas em água fria e espremidas. A gelatina deve ficar completamente derretida no leite. Juntei este à maionese. Barrei a forma com margarina e cobri as paredes e o fundo com película aderente, para mais tarde ser mais fácil desenformar. No fundo da forma, coloquei amêndoa torrada moída e, por cima, a primeira camada de bolo ligeiramente salpicada de azeite, para a amêndoa colar. De seguida juntei uma porção de maionese e alisei bem. Por cima, uma camada de alface, outra de bolo, amêndoa, maionese. E assim sucessivamente até acabarem os ingredientes. No fim, calquei bem a galantine, cobri com película aderente, bem justinha à forma, e levei ao frigorífico até a maionese solidificar. Para desenformar, basta retirar a película que cobre a forma e puxar com jeitinho as laterais até descolar da forma. Se for precisa uma ajuda extra, mergulhem as paredes da forma em água quente, por breves segundos.
Thursday, December 11, 2014
Começa o Natal no blog...
Vamos então iniciar as hostilidades e entrar na época natalícia aqui no blog. Espero que gostem do ambiente festivo que criei para vocês. Durante este mês irei colocar posts alusivos à época, embora deva confessar que no que diz respeito a petiscos de Natal não irei apresentar novidades significativas. Há certas comidinhas que são obrigatórias e não me atrevo a mudar a tradição. Como é habitual, na nossa mesa haverá um doce, que embora não seja típico desta época, é muito apreciado pela família. Os bombons de figo e amêndoa! Receita que já vos facultei o ano passado. No entanto, achei importante escrever este post porque, contrariamente ao que sempre fiz ao longo dos anos, desta vez resolvi alterar a confecção da massa. Se lerem o post com a receita, vão reparar que a massa é cozida em lume directo. algo que sempre me causou alguns problemas. Por mais cuidado que tivesse, havia sempre um pedacinho que pegava ao tacho e queimava ligeiramente. Não ao ponto de estragar o doce, nunca ficaram verdadeiramente queimados, mas era um processo um pouco "stressante" e cansativo. Eu acabava por cozer mal a massa para evitar desastres e, sendo esta muito densa, ficava com os braços cansados de a mexer. Tive então a brilhante ideia de cozinhar a massa em banho-maria! Em tacho com água ao lume, sempre a ferver e outro por cima, com a massa, e tapado. Demora mais tempo mas fiquei descansadinha. Só tive que ir mexendo a massa de tempos a tempos para envolver tudo bem e cozinhar uniformemente. Não houve nem um pedacinho queimado! Pegar, pega sempre, porque a massa é peganhenta e gruda um bocadinho ao fundo do tacho, onde há mais calor. Deixo-vos então com esta dica para vos facilitar a vida na hora da confecção destes docinhos, que valem bem a pena.
Monday, November 17, 2014
Bolo 3 delícias do algarve
Apresento-vos uma pérola da doçaria algarvia, o bolo ou tarte "3 delícias do Algarve". E quais são os ingredientes principais? Os fabulosos figo, alfarroba e amêndoa. É um bolo em camadas no qual se distingue os 3 ingredientes, ou seja, não é tudo misturado à molhada. É o meu novo desafio culinário! Tentar replicar esta maravilha, já que encontrar uma receita na internet que seja idêntica é missão impossível. Este post apenas serve o propósito de vos dar a conhecer o petisco, que merece elogios rasgados! É simplesmente delicioso! Posso indicar-vos dois restaurantes onde é possível comê-lo. Em Castro Marim, no "Manel d'Água", onde o descobri. E também em Vila Real de Santo António no restaurante "Cantinho dos Petiscos". Ambas as versões se assemelham. Se bem me lembro, o bolo do "Manel" tinha laranja na massa de alfarroba e a de amêndoa era feita á base de massapão. O bolo do "Cantinho", tinha uma base de alfarroba sem laranja, a camada de amêndoa era fina e fofa, não era massapão e por cima o figo estava apresentado numa espécie de geleia. Tanto eu como o Mr. Fofo, fãs de ambos os bolos, escolhemos a receita do "Cantinho" como a favorita. Nenhum é confeccionado nos respectivos restaurantes. Um vem de S. Brás de Alportel e o outro de Portimão. Brevemente terão aqui, em exclusivo a receita do bolo 3 delícias do Algarve versão Miss Sara, a intrépida e gulosa detective de doces obscuros e mal amados! Mas claro, se algum dos meus leitores quiser dar alguma sugestão ou enviar-me a sua própria receita, esteja à vontade. Entretanto, podem deliciar-se com outro doce algarvio que eu "descodifiquei". A torta de alfarroba com recheio de doce de ovos! Basta visitarem este post. Fiquem atentos!
Wednesday, May 21, 2014
Tarte de feijão
Finalmente aventurei-me a fazer este docinho. Adoro pastéis de feijão! Mas como sou preguiçosa, fiz uma tarte de feijão e poupei trabalho. Andei a vasculhar a internet e o livro de Pantagruel e cheguei à conclusão que não queria uma receita demasiado simples. Um doce tão saboroso como este devia ter algum nível de complexidade. Encontrei três tipos de receita:
- a "mistura-se tudo e vai ao forno", que descartei por me parecer demasiado simples
- a receita com ponto de açucar, algo com que não estou nada á vontade
- e a receita com ponto de açucar e cujo creme da tarte tem duas cozeduras, ao lume e no forno
Ingredientes ♥

1 base de massa folhada ou massa quebrada
(ou se preferirem fazer a massa quebrada,
vão a este link - receita - de massa quebrada)
Recheio:
180 gr. de puré de feijão branco
150 gr. de amêndoa ralada
2 ovos + 7 gemas
400 gr. de açúcar
1 colher de sopa de manteiga
1 dl água
Preparação ♥
Numa tigela, misturam a amêndoa, os ovos e as gemas a a manteiga amolecida, batendo bem. Esmagam o feijão num passe-vite ou num esmagador de batatas. Eu usei este último porque no meu passe-vite o feijão colava todo à base. Tive que dar ao músculo já que custou apertar o feijão no esmagador. Mas é como se diz, no pain, no gain! E parece-me que parte das cascas do feijão foram parar à tarte, o que não prejudicou minimamente a textura do creme (desde que o feijão esteja bem cozido). Depois de esmagarem o feijão, adicionam ao preparado dos ovos e amêndoa, envolvendo bem. Entretanto fazem a calda de açúcar. Num tacho, levam o açúcar ao lume com 1 dl de água até atingir ponto assoprado. Vão ao link que vos indiquei ver como se faz. Assim que estiver pronto, deixam arrefecer um bocadinho (deixei aprox. 5 min., talvez um pouco mais) e despejam em fio por cima do creme, enquanto misturam sem parar. Forram uma tarteira com a massa e deitam lá o creme. A minha tarte cozeu à temperatura de 180 graus até ficar firme mas húmida quanto baste, ou seja, quando espetei o palito, este saiu limpo mas com uma ligeira humidade. Podem ver na foto grande como ficou apetitosa! Em termos de beleza talvez não tenha sido o docinho em que tive mais cuidado, pois nem aparei a massa folhada e o resultado é o que vêem na foto pequena. Mas o que interessa isso quando o resultado foi delicioso!
Monday, January 27, 2014
Biscoitos de azeite, mel e rum
Não tenho por hábito fazer biscoitos, gosto mais de bolos de fatia mas, por alguma razão, deu-me vontade de inventar uma receita de biscoitos de azeite. Fiquei-me pela intenção, já que a quantidade de azeite que coloquei na receita não foi suficiente. São saborosos e têm uma consistência catita, com uma capa mais rija por fora, sequinhos e ligeiramente fofos por dentro. Mas eu não diria que leva azeite, o rum é mais notório. Não que me chateie muito, adoro rum nos bolos, mas tive pena que o ingrediente que eu tencionava fazer brilhar, pura e simplesmente não sobressai. Parece que terei de voltar aos biscoitos de azeite mais tarde. Deixo-vos de qualquer forma esta receita porque a acho muito agradável, ideal para um lanchinho.
Ingredientes ♥
500 gr. de farinha
180 gr. de açucar mascavado
3 ovos
1 dl de mel
1,5 dl de azeite
2 cálices de rum
raspa de 1 limão
Fermento Royal
Preparação ♥
Basta bater todos os ingredientes. Eu usei uma batedeira de bancada e foi um instantinho. Aconselho a usarem o mesmo, caso tenham em casa, porque a massa é bastante densa e vão cansar-se se baterem à mão. E aviso desde já que a massa fica peganhenta, daí que eu usei duas colheres de sopa para colocar porções no tabuleiro. Com uma colher tirava a quantidade de massa e com a outra empurrava para o tabuleiro. Depois da moldarem os biscoitos, colocam amêndoa laminada por cima e levam ao forno (160-180º) até estarem douradinhos. Tiram do forno, deixam arrefecer bem e podem guardar em caixinhas. Depois é só ferrar o dente nos bolinhos. Eu já provei dois e gostei! Aproveitem para acompanhar os biscoitos com um chá verde Gorreana, dos Açores.
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