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Wednesday, March 9, 2016

E saem mais dois pãezinhos! - receita de pão infalível e rápida

Foto 1 - Pão integral - levedou 8 horas
Foto 2 - Pão integral - levedou 32 horas
Foto 3 - Tempo de levedura
Instruções

Se leram os posts anteriores, devem saber que, eu, uma padeira de nível mediano, fiz um exemplar de pão merecedor de ovação. E entretanto fiz mais dois! Yeahhh! Adoro pão! Sou capaz de comer pão a todas as refeições! E há algo de maravilhoso em fazer um, a começar pelo cheiro que deixa na casa. Fica desde já aqui bem explícito que não sou a autora desta receita. Foi-me facultada por uma amiga do Facebool, a Ana e pertence ao site It´s always autumn. Lá podem encontrar as explicações todas de como fazer o pão e o vídeo ilustrativo, que incluo no fim deste post. Basicamente, aqui no blog, vou relatar a minha experiência, como fiz o pão, com base na receita original mais os conselhos da Ana e uma coisita ou outra que eu possa ter alterado. Até à data, já confeccionei 3 pães. Um pão branco e dois integrais. Todos, sem excepção, correram muito bem! 2 deles ficaram a levedar 8 horas e o terceiro levedou 32 horas. Que diferenças reparei? A massa (semi) integral leva mais tempo a levedar. Enquanto que a massa do pão branco numa hora já estava bem adiantada, a do pão integral parecia uma lesma. Foi nesta altura que me assustei e, achando que tinha metido o pé na argola, fiz uma segunda leva de massa integral, por precaução e mantive ambas a levedar. Afinal não tinha metido água. Leva mesmo mais tempo a crescer. Decidi fazer outra experiência e deixei uma das massas integrais levedar 8 horas e a outra 32 horas. O resultado foi o pão das 32 horas ficar com aberturas maiores no miolo. Vejam a comparação na foto 3. A escolha de fazerem pão branco ou escuro é uma questão de preferência a nível de sabor, se querem um paladar suave ou mais forte, tendo em conta o tipo de comida que o vai acompanhar. Porque, qualquer uma das massas, ao fim de 8 horas já está pronta para ir ao forno. Quanto às quantidades dos ingredientes, o site utiliza a medida cups. Eu tenho um copo medidor que tem lá marcado cups, portanto foi fácil. Para vos facilitar a vida, usei a minha balança para saber quantas gramas são 3 cups ou quanto ml são 1 1/2 cups.. Quanto a alterações à receita fiz pouca coisa. Adicionei um punhado de açúcar à massa, para ajudar a levedar. Pus mais fermento do que indicado. E esqueci-me de fazer os cortes na massa antes de a levar ao forno. O pão mesmo assim ficou tão bonito, que decidi não fazer cortes nas outras vezes. Façam como preferirem, se acham que pode fazer diferença no crescimento da massa. Então, vamos lá começar!

Ingredientes
430 gr de farinha branca ou mistura com integral (50% branca-50% integral) sem fermento
3,5 dl de água morna
1 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento seco (usei Fermipan)
1 punhado de açúcar amarelo

Preparação
Dentro de uma tigela com paredes altas (para permitir que a massa suba), deitam a farinha, o açúcar e o sal e misturam com a ponta dos dedos. Juntam o fermento e a água morna. Batem com a colher de pau até tudo ficar ligado. Esta massa não é a típica massa de pão que forma uma bola e descola das paredes da tigela. É húmida e peganhenta, cola-se a tudo e mais alguma coisa! Mas é assim que deve ficar. Tapam bem a tigela com película aderente e deixam levedar no mínimo 8 horas (após 6 horas a minha massa já estava no ponto, portanto não é mesmo obrigatório as 8 horas. Usem o vosso bom-senso). Vejam os posts sobre o pão branco que fiz. Tem lá fotos de como a massa levedou. Não se assustem se a massa integral não subir tanto como a massa de farinha branca, houve uma ligeira diferença no meu caso mas não se reflectiu negativamente no resultado final após cozedura.
Assim que a massa estiver levedada (1), ligam  o forno a uma temperatura entre os 200º- 230º e metem lá dentro o recipiente onde vão cozer o pão a pré-aquecer, forrado com papel vegetal, com a  tampa incluída. Pode ser uma panela com pegas e tampa em metal, uma caçarola em vidro com tampa (4), etc. Se o recipiente não tiver tampa, tapem com papel de alumínio quando o pão entrar no forno.  Eu uso 200º de temperatura porque o meu forno é meio marado e se eu não tiver cuidado, esturrica tudo mas a receita original indica 230º. Deixam o recipiente aquecer durante uns 15 minutos. Quanto já estiver quente, tratam da massa. Numa superfície muito bem enfarinhada, que pode ser a bancada da cozinha, despejam a massa levedada (2). Como é elástica, ela desliza facilmente da tigela em bloco. Depois, basta  soltar os pedacinhos que teimam ficar colados à tigela. Salpicam bem a massa com mais farinha e formam uma bola, "entalando" as bordas da massa para baixo, como se estivessem a entalar a roupa da cama por baixo do colchão (3). Por fim, vão buscar o recipiente ao forno e colocam lá dentro a bola de massa, tapam e fica a cozer durante 40 minutos. Após esse tempo, destapam o recipiente e deixam corar a côdea durante mais 10 minutos. Tem graça que quando faço o pão dentro da caçarola da Pyrex (ya...eu andei a colar os selos do Continente), o pão fica bem moreninho ao fim dos 40 minutos. Mesmo assim assim cozo mais um bocadinho, só para que fique super estaladiço. Não é preciso dizer-vos que convém ter um pacotinho de manteiga a jeito assim que o pão sai do forno. Ou um queijinho...ou qualquer outra coisa porque pão fica bem com quase tudo! Vá, vão fazer pão, já não há desculpas. Fazem a massa de véspera, que leva menos de 10 minutos e cozem o pão no dia seguinte, em 50 minutos aproximadamente. Mais fácil e rápido que isto é impossível! Se desconfiarem da vossa cozinheira de serviço e quiserem ler a receita original, visitem o link que indiquei acima e vejam o vídeo que anexei a este post. E podem partilhar fotos aqui com a moça! Terei gosto em publicá-los no blog! Beijinhos.


Monday, March 24, 2014

Gnocchis de batata caseiros - Receita passo-a-passo da massa

1 - A massa depois de misturada (não amassada)
2 - A massa fica ligeiramente peganhenta
3 - Rolo de massa
4 - A massa já cortada em porções
5 - As marcas típicas dos gnocchis

Continuando com a aventura no mundo das massas italianas, apresento-vos os meus gnocchis de batata. Fiz uma breve pesquisa na internet para aprender os básicos da confecção e fiquei a saber que:
  • não convém adicionar demasiada farinha ou correm o risco de ficar com calhaus
  • não convém adicionar pouca farinha ou correm o risco de os gnocchis "evaporarem" na água da cozedura
  • A massa não pode ser amassada. Os ingredientes são envolvidos delicadamente, já que a intenção não é desenvolver o glutén da farinha, tornando a massa elástica e pesadona
  • as batatas devem ser cozinhadas com um método que as impeça de absorver água, ou seja, cozidas com casca, no forno sobre uma cama de sal ou cozidas com a casca em água
São os principais cuidados que devem ter e que são sublinhados repetidamente nos vários sites de receitas. Eu devo ter escolhido muito bem a receita, pois a massa saíu bem à primeira!

Ingredientes
500 gr de batatas cozidas (usei as que tinha em casa, roxas para puré)
125 gr. de farinha sem fermento
1 ovo
Sal e temperos a gosto

Preparação
Para a cozedura das batatas, escolhi fazê-lo em água, com a casca. Assim que cozeram, descasquei-as ainda quentes e esmaguei-as (passe-vite ou um esmagador próprio para o efeito) de imediato, pois dizem que a massa deve ser feita com as batatas ainda quentes e eu não os quis contrariar desta vez. Juntei a farinha, o ovo batido, o sal e os temperos (pus pimenta preta e noz moscada). Com as pontas dos dedos, envolvi bem sem amassar para que os ingredientes ficassem bem misturados. Fiz uma bola (1) e reservei enquanto preparava a base para formar os gnocchis. Numa tábua enfarinhada, tirei porções de massa, que estava um pouco peganhenta (2), e enrolei-a com os dedos até formar um cilindro comprido (3). Como a base estava bem enfarinhada, a massa não se pegou minimamente. Com uma espátula ou uma faca, cortei pequenas porções, cada uma delas correspondente a um gnocchi (4). Aperfeiçoei um pouco a forma do bolinho de batata, arredondando os cantos e com um garfo fiz as suas marcas típicas (5). Antes de formarem muitos gnocchis, convém testarem primeira a massa. Eu tive sorte e os primeiros que moldei, cozeram sem problemas, não se desfizeram na água, o que significa que não tinham falta de farinha. Caso tenham algum problema, adicionem um pouquinho mais de farinha à massa e voltem a testar. No entanto, penso que se seguirem as doses que indiquei na receita, não terão problemas. Se não forem cozinhar as massas de imediato, façam como eu e congelem, fazendo camadas de gnocchis lado a lado, separadas por folhas de papel vegetal. Não precisam descongelar os gnocchis antes de os colocar na água a ferver. É fácil saber quando estão cozidos. Quando os colocam na panela ou tacho, estes vão ao fundo e flutuam quando cozidos. Num post futuro irei colocar o resultado final dos meus gnocchis, já cozinhados, com um molho catita. Fiquem atentos!

Friday, February 28, 2014

Tagliatelle integral com camarão e bacalhau


Apresento-vos o resultado da minha massa integral, desta vez em forma de tagliatelle. A diferença de sabor em relação às massas de compra foi notória. Não só pelo uso de uma farinha integral, mais apaladada, mas pela própria textura que dava para sentir o cereal. Nesta receita usei cogumelos, camarão, bacalhau e couve romanesca. E o que é couve romanesca, perguntam vocês? É da família da couve flor e dos bróculos.O sabor é parecido com o da couve flor mas mais suave e delicado. O que me atraíu foi mesmo o aspecto, é pontiaguda, quase estranha e tem um verde muito bonito. A preparação da massa é muito simples, não vos dou medidas exactas, não é necessário.

Ingredientes
Massa tagliatelle
1 posta de bacalhau
10 camarões
Cogumelos marron
Couve romanesca
2 dl pacote de natas
Alho, cebola
Pimenta preta

Preparação
Cozi a posta de bacalhau e os camarões na mesma água e assim que estavam prontos, retirei-os para um prato e deixei a água ao lume para reduzir (fiquei com aproximadamente 1 dl). A esta água adicionei 3 folhas de lima. Num tacho, fervi a couve romanesca mas tive o cuidado de a deixar rijinha. Cortei os cogumelos em rodelas e refoguei-os em azeite até perderem a água. Assim que estavam no ponto, adicionei alhos picados, cebola em cubinhos, acrescentei um pouco de azeite e deixei apurar. Adicionei as natas que cozinharam até engrossar um pouco, juntei a água de cozedura do peixe, os camarões o bacalhau e os temperos e deixei aquecer bem. No fim, já com a massa cozida em água e sal, juntei esta ao molho e envolvi muito bem. Espero que gostem!

Tuesday, January 28, 2014

Lasanha de carne e vegetais


Apresento-vos a lasanha feita com a massa integral deste post. Foi quase toda feita por mim. Confesso que batotei no molho bechamel e comprei do industrial, simplesmente não me apeteceu fazer. Tudo o resto é caseirinho! Esta lasanha é composta por camadas de recheio de frango, bacon, chouriço e legumes, molho de tomate e espinafres. Uma autêntica bomba calórica. Quando penso nos ingredientes que esta lasanha leva...aiiiii...até me sobe o colesterol só de pensar. Mas tudo bem, pelo menos temos o consolo da massa integral e fingimos que é uma receita dietética. Um dia não são dias e vale a pena cometer uns pecaditos esporádicos.

Ingredientes ♥ Recheio de carne:
1 tabuleiro de fricassé de frango ou 4 peitos/pernas
1 pedacinho de chouriço
6 fatias de bacon
Ervilhas
Grelos de nabo congelados
1 cebola
2 dentes de alho
Salsa
Sal, pimenta, noz-moscada, pimenta de caiena

Preparação
Comecei por cozer os pedaços de frango em água temperada de sal, pimenta rosa em grão, um fiozinho de azeite e noz-moscada. Enquanto o frango cozia, piquei a cebola na picadora, junto com os 2 alhos. Levei a refogar numa frigideira com azeite. Assim que cozinhou um bocadinho,  adicionei as fatias de bacon, o chouriço e a salsa, também estes muito bem picados. Deixei apurar. Com o frango já cozido, desfiei grosseiramente em pedaços pequenos e juntei à frigideira. Envolvi tudo muito bem, adicionei caldo da cozedura da carne, juntei as ervilhas previamente cozidas e os grelos congelados. Rectifiquei os temperos, temperei com pimenta de caiena para dar um toque picante e pimenta preta. Assim que tudo cozinhou, desliguei o lume e reservei.

Ingredientes ♥ Molho de tomate:
6 tomates maduros
2 dentes de alho grandes
1 folha de louro
Sal, pimenta preta

Preparação
Na picadora da varinha mágica, desfiz o tomate em puré. Piquei a cebola e o alho e levei estes ao lume num tacho com azeite. Juntei a folha de louro para perfumar. Adicionei o puré de tomate, temperei de pimenta e sal e deixei cozinhar até reduzir, pois o tomate larga muito sumo. Tive o cuidado de ir mexendo o tacho para não pegar. 

Ingredientes ♥ Massa Integral para a lasanha:
350 gr. de farinha integral
3 ovos
Azeite e sal

Preparação
Ver receita dos tagliatelle onde está explicado como fazer uma massa semelhante e o processo de estender

Outros Ingredientes
1 pacote de 2dl de molho bechamel
1 pacote de 2dl de natas
Espinafres cozidos e espremidos 
Queijo ralado

Montagem da lasanha
Comecei pelo molho de tomate. Para que a massa não pegasse, deitei uma porção de molho no fundo do tabuleiro. Cobri com uma folha de massa - recheio de carne - massa - espinafres previamente cozidos e espremidos - molho de tomate - massa - recheio de carne - massa - espinafres - molho de tomate - massa - recheio de carne - massa. À parte bati o molho bechamel com 1 dl de natas, 1 ovo, pimenta e noz moscada. Despejei por cima da lasanha, cobri com queijo ralado e levei ao forno até o queijo dourar. Excelente lasanha, posso assegurar-vos. Até breve!

Friday, January 24, 2014

Massas integrais


Ainda não me fartei de fazer massa fresca. E vejo, que à medida que vou tendo mais práctica, também me torno mais rápida a fazê-la. A lasanha foi um instantinho. 1 hora para amassar e deixar a massa repousar, desta vez nem esperei a hora completa como era habitual. E como também já me ajeito a trabalhar com a máquina de estender, mesmo sozinha, sem ajuda, foi rapidinho fazer a massa de lasanha. Os tagliatelle é que se tornam mais chatinhos, por serem frágeis e devido à tendência que têm para se colar uns aos outros. Ainda por cima tive a brilhante ideia de os secar no forno antes de os congelar. Ou seja, passei a massa várias vezes no rolo liso, depois cortei-a no rolo próprio para tagliatelle, separei cada tira de massa, (porque infelizmente o rolo não as corta bem) estendi as tiras num tabuleiro, uma a uma e sequei-as a 60º durante 1 ou 2 minutos. Como tinha sobrado massa da lasanha, aproveitei o resto para os tagliatelle mas da próxima vez vou ter que simplificar o processo. Pela tonalidade da massa já devem ter percebido que fiz outra receita. É com farinha integral, aproximadamente 350 gr, 3 ovos, azeite e sal q.b. Não tinha a sêmola de trigo, o que me causou algum receio, mas a verdade é que nem reparei na falta. Correu tudo bem, a consistência ficou óptima e nem pegou. Este post faz parte de uma série dedicada a massas frescas. Deixo-vos aqui os links para as várias dicas e receitas que podem encontrar no blog.  E leiam com atenção para que não cometam erros de principiante:
 
Receita base e técnicas passo-a-passo:

Receitas:

Monday, January 20, 2014

Raviolis com recheio de bacalhau e requeijão de Seia


Depois de algumas peripécias, como não podia deixar de ser, salvei o dia fazendo mais massa. Caso tenham lido o post anterior, parte dos raviolis tinham-se colado uns aos outros, romperam e foi impossível aproveitá-los. Sigam as dicas que vos dei no post  "Como moldar raviolis" para não haver surpresas desagradáveis. Nada como cometer um erro monumental para aprender uma lição. E com esta brincadeira, já sou quase pro a fazer massa e a estendê-la! Este post é sobre o recheio dos raviolis. Relembro que a receita da massa já tinha sido colocada no blog, quando fiz tagliatelle. Precisam então dos seguintes ingredientes para o recheio:

Ingredientes
350 gr de bacalhau desfiado demolhado 
1 requeijão de Seia
2 mãos cheias de grelos congelados
1 Cebola média
2 dentes de alho
Pimenta, noz-moscada
Azeite

Preparação
Espremi o bacalhau até sair a água quase toda e piquei-o na picadora da varinha mágica. Como era para rechear raviolis, não convinha que houvesse pedaços muito grandes. Reservei o bacalhau e piquei os alhos e a cebola. Fervi água para dar um entalão nos grelos, retirei-os da água passados 5 minutos, escorri e espremi bem.  Refoguei os alhos e a cebola numa frigideira com azeite. Juntei o bacalhau e deixei cozinhar totalmente. Adicionei o requeijão, envolvi no peixe, juntei os grelos, temperei de pimenta e noz-moscada e rectifiquei o sal. Deixei cozinhar 3 minutinhos. Assim que desliguei o lume, juntei duas gemas batidas, para ligar tudo. Depois foi só rechear os raviolis, assim que o recheio arrefeceu. Pelas fotos, vêem que cozinhei os raviolis de duas maneiras. Cozidos em água, como é habitual, e assados no forno, sugestão do Mr. Fofo. Gostei de ambas as versões, é mais uma questão de textura. Os cozidos são mais moles, se bem que os deixei al dente, e também são mais húmidos. Assados no forno ficam sequinhos e a massa é consistente. Façam como nós e cozinhem das duas maneiras como teste. Bom apetite!

Monday, November 18, 2013

Mais um pãozinho...


Quem lê este blog (está aí alguém?), sabe que os pães têm tido uma presença assídua ultimamente. Estou em processo de aprendizagem e ainda não foi desta que fiz a minha massa azeda. Resolvi dar mais uma hipótese à levedura fresca. Tendo reparado que as massas gostavam do calor aconchegante do meu forno, voltei a usar o mesmo truque e deixei levedar durante uma hora na temperatura mínima, ligeiramente abaixo da marca dos 60 graus. Fiquei uma ambiente morninho no forno e a massa triplicou. A receita não tem nada de especial. Fiz um pão simples, com 65 gr. de sêmola de trigo, 100 gr. de farinha de centeio e 335 gr de farinha de trigo. Acrescentei o cubinho de levedura, esmigalhado com as mãos e aproximadamente 1 dl de azeite. Acrescentei água morna (não pode estar a ferver, a levedura não gosta e depois chateia-se e não faz o trabalho dela). Desta vez deu-me preguiça e bati tudo numa batedeira de bancada eléctrica. Coitadita, viu-se à rasca para misturar as minhas massas mas deu conta do recado. Adicionei a água aos poucos até a massa ficar elástica. Acrescentei duas colheres de chá de sal e bati mais um pouco. Deixei a massa ligeiramente peganhenta. Para que o meu pão não ficasse espalmado, fiz batota e deixei a massa levedar numa taça de souflé e lá a cozinhei. Besuntei a forma com azeite, polvilhei com pão ralado, coloquei a massa no centro e fiz uns cortes no topo. Tapei o recipiente com uma tampa alta, deixando espaço para a massa crescer à vontade e ficou a levedar no forno uma hora. Cresceu muito e depois de cozido (levou uma hora a 170 graus), o pão estava leve.  Ainda tenho de trabalhar o sabor. Tenho umas farinhas especiais que vou apresentar em breve no blog e com a adição de massa azeda, espero que tudo se componha. Mas para já estou feliz com a evolução dos meus pãezinhos. Para dar graça ao pão, fiz uma pasta de atum, esmagado com Becel manteiga, pickles em pedacinhos, pimenta preta, pimentão doce e pimenta de caiena. Bem catita!

Tuesday, November 12, 2013

Tagliatelle Bolonhesa


Esta é a continuação da aventura do tagliatelle. No post anterior, atrevi-me a fazer massa fresca, tarefa atribulada mas com um final feliz. Podem ver nestas fotos uma bolonhesa e o aproveitamento das sobras de massa. O grande teste à qualidade do tagliatelle foi quando aproveitámos a massa que tinha sobrado, dois dias antes, e que foi negligenciada no frigorífio, conservada em tupperware aberto, sem qualquer cuidado. Ooops, asneira! Assustei-me um bocadinho porque havia tiras já secas. Até pensei em escolher as tiras de massa em "mau estado" e deitá-las fora mas o Mr. Fofo, sempre atento, impediu-me e quis que eu aproveitasse tudo. Interveio em boa hora, devo dizer. Aquecemos a massa em azeite, adicionámos um chouriço cozido de vitela mirandesa, temperámos com oregãos e pimenta e servimos. A massa, ficou como nova ou quase. As tiras, anteriormente secas, hidrataram e mal se notavam. Ora, isto só pode provar a qualidade da massa! E já penso fazer mais, da próxima vez na forma de lasanha ou ravioli. Esta semana coloco noutro post a receita da bolonhesa em duas variantes.

Thursday, November 7, 2013

Como (não?) fazer tagliatelle - Receita passo a passo



Ciao lettori! Fiz  a minha primeira massa italiana, mas só de nome, porque os ingredientes são bem portugueses e a falta de jeito também. É o que dá andar a ver o Masterchef Austrália. Num dos episódios mais recentes, houve uma eliminatória em que os moços tinham de confeccionar os seus próprios taglietelle. E até a concorrente mais inexperiente, que estava à rasca com a perspectiva de ter de fazer massa, a conseguiu fazer e ainda teve o mérito de passar o teste e safar-se de eliminação. E eu pensei...chegou a hora! Vou arregaçar as mangas e vou descobrir se a massa caseira, feita com ovinhos frescos, é mais saborosa que a de compra. Acabei por não seguir a receita do Masterchef em que eles apenas usaram farinha de trigo e ovos e, se bem me lembro, um bocadinho de azeite. A minha massa tem a adição de sêmola de trigo. Acabei por me basear numa receita ao acaso, do site de um senhor chamado David Lebovitz, do qual eu nunca tinha ouvido falar mas que pelos vistos já lançou vários livros de culinária no mercado. Como pontapé de saída na confecção de massa fresca, resolvi não inventar e fui fiel às indicações do senhor, excepto na introdução do azeite. Claro que já estou com ideias malucas para próximas receitas, as quais vou adubar com temperos e ingredientes diferentes. Vamos começar pelos ingredientes:

Ingredientes
200 gr de farinha de trigo sem fermento
200 gr de sêmola de trigo
4 ovos
Azeite (1 colher de sopa)
Sal

Preparação
Façam um monte com a farinha e a sêmola (previamente misturadas), na bancada ou numa tigela larga, e abram um buraco no meio. Deitem lá o sal, o azeite e um ovo. Com cuidado, envolvam a farinha bem. Vai ficar uma mistura areada durante algum tempo, por isso voltem a fazer um monte, abram um buraco no meio e deitem lá outro ovo. Voltam a amassar e assim sucessivamente até usarem todos os ovos. Atenção que dependendo do tamanho destes, pode não ser necessário usar os 4 ovos completos. Depois de eu introduzir o quarto ovo, a minha massa ficou peganhenta, tive de adicionar mais farinha. Trabalhem a massa até esta não pegar à bancada ou tigela. Eu amassei durante uns 10-15 minutos (acho que foi demasiado), formei uma bola e deixei descansar 1 hora. Ora...aqui é que as coisas se complicaram para mim! Comecei por deixar a massa ligeiramente peganhenta. Assim a colar só um bocadinho às superfícies. Só que esse bocadinho foi o suficiente para me complicar a vida na hora de cortar as tiras típicas do tagliatelle. E a massa ficou um nadinha elástica demais. Então o que correu mal, fruto destes erros? Depois da massa descansar, fui estendê-la com aquela geringonça metálica que vêem na foto. Cortei 6 porções de massa e trabalhei cada uma individualmente. A porção tem de ser espalmada e moldada em rectângulo (preferencialmente) antes de passar na máquina. Depois de passar, fica uma folha fina e larga, que volta a ser dobrada em 3, por exemplo, e volta a passar na máquina. Eu fiz 2 ou 3 passagens, que é para a massa ficar mais resistente. Estendi, dobrei, estendi, voltei a dobrar e estendi outra vez. Como a minha massa estava a colar um bocado, fui salpicando-a de farinha com frequência. E depois tentei usar o truque que aprendi no Masterchef em que se faz um rolo com a massa estendida e depois se corta as tiras com a faca. O problema é que eu fiz o rolo, cortei com a faca e as tiras enroladas colavam e não dava para desgrudar. Experimentei cortar com a tesoura e o resultado foi o mesmo. Então, que remédio, cortei as tiras de tagliatelle. uma a uma. á faca! Foi um processo mais demorado que o desejável A sorte é que eu sou paciente nos trabalhos manuais, senão a massa voava contra a parede! Apesar dos problemas, consegui terminar a massa e já enchi um tupperware com as tirinhas. Não se esqueçam de salpicar as tiras com farinha, para se manterem soltas e de preferência, cozinhem-nas no próprio dia. Podem ver a massa cozinhada neste link.