Wednesday, March 9, 2016

E saem mais dois pãezinhos! - receita de pão infalível e rápida

Foto 1 - Pão integral - levedou 8 horas
Foto 2 - Pão integral - levedou 32 horas
Foto 3 - Tempo de levedura
Instruções

Se leram os posts anteriores, devem saber que, eu, uma padeira de nível mediano, fiz um exemplar de pão merecedor de ovação. E entretanto fiz mais dois! Yeahhh! Adoro pão! Sou capaz de comer pão a todas as refeições! E há algo de maravilhoso em fazer um, a começar pelo cheiro que deixa na casa. Fica desde já aqui bem explícito que não sou a autora desta receita. Foi-me facultada por uma amiga do Facebool, a Ana e pertence ao site It´s always autumn. Lá podem encontrar as explicações todas de como fazer o pão e o vídeo ilustrativo, que incluo no fim deste post. Basicamente, aqui no blog, vou relatar a minha experiência, como fiz o pão, com base na receita original mais os conselhos da Ana e uma coisita ou outra que eu possa ter alterado. Até à data, já confeccionei 3 pães. Um pão branco e dois integrais. Todos, sem excepção, correram muito bem! 2 deles ficaram a levedar 8 horas e o terceiro levedou 32 horas. Que diferenças reparei? A massa (semi) integral leva mais tempo a levedar. Enquanto que a massa do pão branco numa hora já estava bem adiantada, a do pão integral parecia uma lesma. Foi nesta altura que me assustei e, achando que tinha metido o pé na argola, fiz uma segunda leva de massa integral, por precaução e mantive ambas a levedar. Afinal não tinha metido água. Leva mesmo mais tempo a crescer. Decidi fazer outra experiência e deixei uma das massas integrais levedar 8 horas e a outra 32 horas. O resultado foi o pão das 32 horas ficar com aberturas maiores no miolo. Vejam a comparação na foto 3. A escolha de fazerem pão branco ou escuro é uma questão de preferência a nível de sabor, se querem um paladar suave ou mais forte, tendo em conta o tipo de comida que o vai acompanhar. Porque, qualquer uma das massas, ao fim de 8 horas já está pronta para ir ao forno. Quanto às quantidades dos ingredientes, o site utiliza a medida cups. Eu tenho um copo medidor que tem lá marcado cups, portanto foi fácil. Para vos facilitar a vida, usei a minha balança para saber quantas gramas são 3 cups ou quanto ml são 1 1/2 cups.. Quanto a alterações à receita fiz pouca coisa. Adicionei um punhado de açúcar à massa, para ajudar a levedar. Pus mais fermento do que indicado. E esqueci-me de fazer os cortes na massa antes de a levar ao forno. O pão mesmo assim ficou tão bonito, que decidi não fazer cortes nas outras vezes. Façam como preferirem, se acham que pode fazer diferença no crescimento da massa. Então, vamos lá começar!

Ingredientes
430 gr de farinha branca ou mistura com integral (50% branca-50% integral) sem fermento
3,5 dl de água morna
1 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento seco (usei Fermipan)
1 punhado de açúcar amarelo

Preparação
Dentro de uma tigela com paredes altas (para permitir que a massa suba), deitam a farinha, o açúcar e o sal e misturam com a ponta dos dedos. Juntam o fermento e a água morna. Batem com a colher de pau até tudo ficar ligado. Esta massa não é a típica massa de pão que forma uma bola e descola das paredes da tigela. É húmida e peganhenta, cola-se a tudo e mais alguma coisa! Mas é assim que deve ficar. Tapam bem a tigela com película aderente e deixam levedar no mínimo 8 horas (após 6 horas a minha massa já estava no ponto, portanto não é mesmo obrigatório as 8 horas. Usem o vosso bom-senso). Vejam os posts sobre o pão branco que fiz. Tem lá fotos de como a massa levedou. Não se assustem se a massa integral não subir tanto como a massa de farinha branca, houve uma ligeira diferença no meu caso mas não se reflectiu negativamente no resultado final após cozedura.
Assim que a massa estiver levedada (1), ligam  o forno a uma temperatura entre os 200º- 230º e metem lá dentro o recipiente onde vão cozer o pão a pré-aquecer, forrado com papel vegetal, com a  tampa incluída. Pode ser uma panela com pegas e tampa em metal, uma caçarola em vidro com tampa (4), etc. Se o recipiente não tiver tampa, tapem com papel de alumínio quando o pão entrar no forno.  Eu uso 200º de temperatura porque o meu forno é meio marado e se eu não tiver cuidado, esturrica tudo mas a receita original indica 230º. Deixam o recipiente aquecer durante uns 15 minutos. Quanto já estiver quente, tratam da massa. Numa superfície muito bem enfarinhada, que pode ser a bancada da cozinha, despejam a massa levedada (2). Como é elástica, ela desliza facilmente da tigela em bloco. Depois, basta  soltar os pedacinhos que teimam ficar colados à tigela. Salpicam bem a massa com mais farinha e formam uma bola, "entalando" as bordas da massa para baixo, como se estivessem a entalar a roupa da cama por baixo do colchão (3). Por fim, vão buscar o recipiente ao forno e colocam lá dentro a bola de massa, tapam e fica a cozer durante 40 minutos. Após esse tempo, destapam o recipiente e deixam corar a côdea durante mais 10 minutos. Tem graça que quando faço o pão dentro da caçarola da Pyrex (ya...eu andei a colar os selos do Continente), o pão fica bem moreninho ao fim dos 40 minutos. Mesmo assim assim cozo mais um bocadinho, só para que fique super estaladiço. Não é preciso dizer-vos que convém ter um pacotinho de manteiga a jeito assim que o pão sai do forno. Ou um queijinho...ou qualquer outra coisa porque pão fica bem com quase tudo! Vá, vão fazer pão, já não há desculpas. Fazem a massa de véspera, que leva menos de 10 minutos e cozem o pão no dia seguinte, em 50 minutos aproximadamente. Mais fácil e rápido que isto é impossível! Se desconfiarem da vossa cozinheira de serviço e quiserem ler a receita original, visitem o link que indiquei acima e vejam o vídeo que anexei a este post. E podem partilhar fotos aqui com a moça! Terei gosto em publicá-los no blog! Beijinhos.


Wednesday, March 2, 2016

Só para vos aguçar o apetite....


O pão "tudo à molhada e fé no fermento". Acabado de sair do forno. Estou tão orgulhosa. Ficou super bonito e fofo. Só tenho pena de não ter tostado um pouco mais o exterior para ficar extra crocante. Fica para a próxima. A receita é mesmo à prova de falhanços. Eu que era mázinha a fazer pão, pareço uma pro! Agora até já penso em variantes com diferentes farinhas. Brevemente ponho a receita no blog!

Pão "tudo á molhada e fé no fermento"

Massa antes de levedar
1 hora depois
3 horas depois
Pão feito pela Ana Teresa
Em primeiro lugar...Olá!!! O blog esteve 2 meses parado, por vários motivos, mas cá estamos nós novamente com novo material para vos mostrar. Devo confessar, que houve alguns falhanços pelo caminho, que vos mostrarei nem que seja por advertência, para não cometerem os mesmos erros que eu. Este post é relativo a um trabalho em andamento. Um pão cuja massa está a levedar enquanto escrevo este texto. Chama-se pão "tudo à molhada e fé no fermento" porque basicamente é atirar os ingredientes todos para uma tigela e misturar com a colher de pau até ficar tudo ligado. E esperar que o fermento faça a sua magia, apesar da pouca atenção que merece durante a confecção. Eu sou uma nódoa a fazer pão! Confesso. Já aqui me queixei várias vezes que eu mato os fermentos todos. As massas ficam comatosas! Não sobem ou levedam mal e o resultado é um pão denso e seco ou simplesmente uma panqueca. Esta receita surgiu por intermédio de uma amiga do Facebook, a Ana Teresa, que colocou um post onde ensinava como fazer um pão infalível e super fácil e rápido de preparar. Eu franzi logo a venta porque, ao longo dos anos, tenho lido tanta teoria sobre como fazer pão e a mocinha do vídeo faz uma massa em dez minutos, sem pré-activar o fermento, nem amassar nada, sem deixar a massa levedar num cantinho quente da casa. Ora, a Ana Teresa foi replicar a receita e que lindo que ficou o pão! Cresceu imenso, ficou cheio de buraquinhos na massa, fofinho e crocante por fora. Vejam a foto. É assim que quero o meu! Ora, fiquei logo aguada. E é agora que vou tentar fazer um! Das outras vezes, tinha o cuidado de alimentar os fermentinhos com água quente e açúcar para ficarem todos contentes e crescerem altos e espadaúdos e eles faziam-me um manguito! Pois agora, fiz como na receita e atirei-os à bruta para o meio dos outros ingredientes e bati-lhes com a colher de pau! E parece que gostaram do tratamento vigoroso...A hora da verdade é mais logo. Vou dar 8 horas de descanso aos fermentinhos antes de os sacrificar em forno bem quente. Espero trazer boas notícias. Agradeço à Ana a fotografia do seu belo pão e os sábios conselhos que me deu. Amanhã já vos mostro o resultado e faculto a receita e respectivo vídeo da tal moçoila. A não ser que o pão vire panqueca e eu me esconda num buraco qualquer. Até amanhã!

Tiramisù - 1 ª tentativa

Resultado final
Savoiardi
Zabaglione  
Este post serve como registo fotográfico do meu primeiro tiramisù. Não vos dou a receita porque a textura não ficou como eu queria. Fico demasiado molengão para o meu gosto. Quando decidi fazer esta receita, tive o cuidado de investigar como se confecciona no seu país de origem. Daí que optei por fazer tudo de raiz, nomeadamente os biscoitos tipo la reine chamados savoiardi. E o creme zabaglione cujos ovos são cozidos em banho maria. Pensei que iria dar mais trabalho mas o resultado seria também melhor. E devo dizer que a nível de paladar estava bem catita. Tive pena de não arranjar o vinho Marsala, que substituí por rum. O problema acabou por ser os savoiardi. Os meus, comparados com os que vi na internet, não cresceram tanto. E ensoparam demasiado o café, daí a textura molengona. Portanto, estou  a pensar arranjar uma opção para os savoiardi. Se uso bolo ou se faço outros biscoitos mais rijos e resistente. Claro que depois não posso dizer que é um tiramisú autêntico mas o que interessa no fim é mesmo o sabor e o prazer que nos dá comer.