Saturday, March 23, 2013

Vileira 8.9/10


 Jantar no restaurante do hotel Vileira no Vimioso. Mais uma vez, deixei nas mãos do meu parceirinho de mesa e escolha do repasto, que ele conhece bem o espaço e nada melhor do que deixar certas decisões nas mãos de especialistas. Foi então escolhido o Bacalhau à Vileira (já o comi como bacalhau à minhota) e as costoletas de cordeiro grelhadas. Mas antes veio para a mesa presunto, chouriço de vitela mirandesa (deviam experimentar, é uma maravilha e farei questão de lhe dedicar um post futuro aqui no blog) e uma tábua de simpáticos queijinhos. Comemos de tudo, pois claro! É difícil resistir a coisas tão boas! Quanto ao bacalhau estava muito saboroso! Uma posta generosa, frita, coberta com cebolada e azeitinho e a acompanhar, batata frita em rodelas, sequinhas. O peixe estava bem confeccionado, suculento e separava-se em lascas carnudas. Cebolas tenras e sem excesso de azeite. Excelente começo de refeição. E confesso que já estava satisfeita, mas enfim, com pedido feito e sabendo que algo de bom viria de seguida, seria um crime não comer as costoletas! E o ar puro e a verdura do norte ajudam a arranjar espaço no estômago! E valeu a pena! As costeletas, pequerruchas, eram tenrinhas e saborosas, grelhadas no ponto. Acompanhadas por boa batata frita em palitos e salada. E assim terminou a refeição porque não havia espaço para mais... UFA! Fomos bem recebidos no restaurante, o serviço foi atencioso e competente! Mesmo que não fiquem alojados no Vileira, vale a pena dar um pulinho ao restaurante! E, para além da comida, os preços também são convidativos.

Friday, March 22, 2013

O Museu 8.9/10


 Em viagem pelo norte e com a fomeca a apertar, ficou decidido que o almoço seria em Trancoso. Sítio esse que nenhum de nós conhecíamos. Estacionámos então à entrada da pequena cidade, decididos a encontrar um poiso onde consolar o estômago. Foi interessante percorrer vários restaurantes cuja ementa anunciava bifinhos de perú com natas, pizzas e grelhados. Ora, uma pessoa vai ao norte e quer comer algo típico da zona, e bem mais substancial! Grelhados e bifes de perú faço eu em casa e comem-se em qualquer lado! O apetite por comida tradicional resultou numa caminhada pelas ruas do trancoso (e durante a qual descobrimos um pequeno jardim com uma belíssima sequóia e outras árvores imponentes), com alguns praguejos pelo meio devido à oferta pouco interessante dos restaurantes. Mas a persistência tem as suas vantagens e recompensas! Acabámos por terminar a busca no restaurante "O museu". Deixei nas mãos do meu parceiro de mesa a escolha do repasto, que o moço tem jeito para escolher a paparoca! Ficou decidido que seria cabrito grelhado e travessa de enchidos também eles grelhados. Os enchidos estavam representados por alheira, chouriço de sangue e de vinho, bem grelhadinhos e saborosos acompanhados de grelos cozidos e batata igualmente cozida mas cuja cozedura foi terminada na grelha. O cabrito estava no ponto, bem cozinhado, tenro e saboroso. Para sobremesa...ai ai aiiiii! Foi-nos apresentado um delicioso docinho chamado sardinhas doces que consistia numa massa frita em forma de sardinha recheada com doce de ovos! Cada um comeu uma sardinha e outra dividida pelos dois, que só uma dose não satisfez! Adorámos! E esperamos voltar ao Trancoso para experimentar outros petiscos do menú, que nos despertaram o apetite mas que o nosso estômago não permitiu consumir. Nota positiva para o senhor que nos atendeu. Atencioso e competente mas, acima de tudo, amável e simpático! E elucidou-nos àcerca da história da casa, onde antes habitara um padreco chamado Francisco da Costa, muito atrevido e que contribuíu para o povoamento da terrinha com 200 e tal filhos. Tanta energia devia ser de comer muitas sardinhas doces...

Sunday, March 17, 2013

Arroz e filetes de polvo


O Mr. Fofo começou por cozer o polvo (com os seguintes temperos: alho, pimenta branca, noz moscada e vinagre de champanhe) na panela de pressão até ficar bem tenro mas sem ficar molengão, senão era um sarilho fazer os filetes. Após a cozedura, reservou o caldo e deixou o bichinho arrefecer para depois ser cortado em pedaços generosos para os filetes. E também em pedacinhos mais pequenos para o arroz. Entretanto passei eu à acção e comecei a fazer o arroz. Cortei cebola e alho em cubos e refoguei em azeite, juntamente com uma folhinha de louro. Juntei 1 tomate cortado em pedaços e uma cenoura em cubos e deixei cozinhar bem. Adicionei o caldo, deixei ferver e juntei os pedaços de polvo, temperei com pimenta, rectifiquei o sal e finalmente adicionei o arroz, que deve ficar rijinho e caldoso no final, tal como na foto. Os pedaços de polvo para filetes foram passados por farinha e ovo e levados a fritar em óleo bem quente. Excusado será dizer, mas eu digo na mesma, que ficou óptimo!   

Tuesday, March 12, 2013

Risotto de bacalhau e salada do mesmo



Aqui está outro risotto que serviu de aproveitamento de um delicioso caldo feito com a cozedura de caras de bacalhau. Aliás, é sempre bom aproveitar os caldos de cozedura quando ficam particularmente perfumados, pois são uma boa forma de preparar uma refeição rápida. Descongelei o caldo e levei-o a ferver enquanto preparava os restantes ingredientes. Cortei uma cebola e um alho em cubos, assim como uma cenoura, pimento verde e meio pimento lampião (bem picadinho! E pequerrucho porque estes pimentos são potentes em termos de picante). Os dois primeiros foram ao lume numa frigideira até ficarem macios. Adicionei as migas de bacalhau previamente demolhadas e deixei-as cozinhar um bocadinho. Retirei-as da frigideira, deixando lá os alhos e a cebola, juntando então a cenoura, salsa picada e o arroz. Deixei o arroz "fritar" uns segundinhos, já depois de o azeite e a água da fritura do bacalhau terem sido completamente absorvidos. Juntei o vinho branco, deixei o arroz absorver e comecei a adicionar as conchas de caldo quente de bacalhau. Uma a uma, sendo que cada concha tem se ser absorvida antes de outra ser adicionada (vejam a receita de risotto de vegetais caso tenham dúvidas em relação à preparação do arroz). O pimento verde e o pimento lampião foram adicionados um pouco mais tarde, ainda com o arroz rijinho mas já com a cozedura adiantada porque pessoalmente detesto comer o pimento molengão e queria que o verde ficasse rijinho. Quando o arroz estava quase no ponto, juntei as migas de bacalhau, deixando-as aquecer bem e temperei com um bocadinho de pimenta preta e rosa. Desliguei o lume (não se esqueçam que mesmo depois de apagarem o bico do fogão, o arroz ainda coze um bocadinho, por isso tenham atenção) e servi o risotto, rijinho e cremoso! Uma delícia! Como sobrou migas, fiz para o jantar saladinha de bacalhau. E levou cenoura em tiras, milho, rabanetes, pimento verde, feijão branco e cebola. Tudo regado com azeite, vinagre de champanhe, alho em pó e pimenta rosa. No fim, salpiquei com coentros picadinhos. Nham nham! Não sobrou um milho! Bom apetite!

Monday, March 11, 2013

Solar do Marquês 8,0/10


Jantar no restaurante Solar do Marquês não foi novidade para mim. É um espaço que tenho frequentado esporádicamente ao longo dos anos e do qual tenho boa opinião pois a qualidade é elevada e tem sido uma constante. Esta crítica tem por base as duas últimas refeições que lá fiz. Começamos então pela Fondue de Vazia, que devia ser de lombo mas não havia. Pequena desilusão mas nada que nos demovesse. Aceitámos a vazia e seguimos em frente com o fondue. Veio para a mesa uma travessa com cubos de carne temperados com sal e pedaços de alho. Batatas fritas em palitos, uma travessa de fruta e várias maioneses com diferentes temperos. A carne era saborosa e tenra e a fruta soube muito bem a acompanhar. As maioneses tinham os seguintes temperos: oregãos, caril, pickles, alho e mostarda. Eram agradáveis mas não eram caseiras. E tive as minhas dúvidas em relação às batatas. Preferia confecção própria do restaurante, mesmo assim não sobrou nada, estava saboroso mas sugiro que corrijam estes aspectos. Para sobremesa, e à falta do bolo rançoso sobre o qual falo a seguir, pedi um bolo de amêndoa. Achei-o fraquito! Massa deslavada sem grande sabor a amêndoa, recheado com chantilly industrial. O arroz de tamboril estava apuradinho, farto no caldo, saboroso, com um toque a coentros, tamboril tenrinho e camarões carnudos. A espetada de carne de vaca tinha generosos pedaços de carne e vinha guarnecida com chouriço, pimento verde e cebola. Bem grelhada, no ponto, carne rosadinha. A acompanhar, batatas fritas como as que descrevi acima. A sobremesa! Um delicioso bolo rançoso, bem amendoado, humidade e consistência perfeita! Adorei. Bom restaurante, disso não há dúvida e um sítio onde voltarei certamente! Para mais informações visitem o site.




Friday, March 8, 2013

Courgette Recheada


Vamos lá inaugurar a secção de contribuições culinárias. Estejam à vontade para enviar material. Basta escreverem um email para vamospamesa@gmail.com com a descrição da receita, como a prepararam e fotos ilustrativas do resultado final. Esta receitinha foi enviada pelo Daniel! Obrigada!

Ingredientes:
2 courgettes
Bacon e Chouriço
100g de carne picada
1 cebola pequena
1 tomate
Cogumelos
Azeite
Sal
Queijo Mozarella ou equivalente

Preparação:
Cortar as courgettes ao meio e tirar o interior de modo a ficar com a parte de fora da courgette inteira, para poder rechear. Refogar a cebola com o azeite. Picar o chouriço e o bacon e juntar ao refogado. Juntar os cogumelos e a carne picada e, por fim, o tomate. Cortar em cubos pequenos o interior dos courgettes e juntar ao refogado. Deixar cozinhar durante 10 min. Se for preciso, juntar um pouco de água para não ficar muito seco. Temperar de sal e reservar. Colocar as courgettes num tabuleiro para ir ao forno, recheá-las com o preparado e cobrir com o queijo ralado. Levar ao forno a gratinar e está pronto a servir.

Thursday, March 7, 2013

Salada com molho de iogurte



Tendo como inspiração a salada shuba, fiz uma saladinha de beterraba, batata, cenoura, ovo e pescada, tudo cozido e cortado em cubinhos. Para temperar, um molho de iogurte cuja receita podem encontrar neste post. Ficou muito agradável. É uma salada fresca e fácil de preparar. Bom apetite!

Monday, March 4, 2013

Risotto com vegetais


Olhem que bonito que está! Este risotto foi feito a partir do caldo que sobrou de uma receita de rojões de porco com molho picante. Terão que esperar que eu a coloque no blog mas também não é essencial. Qualquer caldo de carne serve para fazer este prato e podem optar por um caldo de vegetais, caso sejam vegetarianos. Acho que esta é a primeira vez que faço um post de risotto, por isso vou explicar tudo muito bem. Comecei por ferver o caldo da carne porque este tem de ser adicionado quente ao arroz durante a cozedura do mesmo. De seguida, preparei os vegetais, ou seja, escorri-os. Neste caso, como a intenção era o aproveitamento do caldo e fazer uma receita rápida, usámos vegetais enlatados mas podem, se preferirem, cozê-los vocês previamente. Cortei uma cebola em cubinhos pequenos e refoguei em azeite até ficar tenrinha, adicionei o arroz e deixei-o "fritar" uns segundos (nesta receita usei arroz arborio mas o nosso carolino também funciona muito bem). Reguei com meio copo de vinho branco, e deixei o arroz absorver totalmente o líquido. Juntei então uma concha de caldo de carne quente. Deixei novamente absorver o caldo na sua totalidade até adicionar outra concha. E assim sucessivamente até o arroz cozinhar. Basicamente, fazer um risotto consiste em só adicionar caldo quando o anterior estiver absorvido, concha a concha. Mexam bem o arroz para não pegar e, acima de tudo, largar aquela goma própria que torna o cozinhado mais cremoso. Quando o arroz estava quase no ponto, juntei os vegetais, rectifiquei temperos (uma pitadinha de sal e pimenta) e desliguei o lume. Não se esqueçam que mesmo depois de desligarem o lume, o arroz ainda cozinha um pouco, devem calcular o tempo para interromper a cozedura de forma a que o arroz fique rijinho. Não é suposto ficar caldoso, a última concha que adicionam também deve ser absorvida para que o arroz fique cremoso mas não aguado. Podem envolver um bocadinho de manteiga ou queijo ralado no fim. Até agora não tenho usado estes ingredientes porque prefiro que o caldo utilizado se destaque mas pode ser um auxílio interessante caso a base do arroz seja mais pobrezinha (por exemplo, se quiserem despachar uma refeição e usarem um caldo knorr) Por fim, digo-vos que para controlar a cozedura, vou provando baguinhos durante todo o processo. Assim não há acidentes! É fácil fazer um risotto, apenas requer mais atenção do que um arroz típico porque todo o processo de cozedura obriga a uma atenção e intervenção constante. Mas compensa! Por isso, arregacem as mangas! Bom apetite.