Tuesday, December 31, 2013

Petiscos de ano novo

Queques de pescada
Folhadinhos de salsichas Baviera e mostarda
Camarões cozidos
Croquetes de carne e chouriço
Pasta de atum com pickles e maionese
Bolo mármore
Bolo mármore - detalhe
Bolo de açucar queimado
 O "Vamos pá mesa" deseja a todos os seus leitores uma feliz passagem de ano. Espero que tenham muitas coisas boas para consolar o estômago. Passei pelo blog para vos mostrar a paparoca que preparámos. Temos por hábito não jantar neste dia, esperamos pela meia-noite para atacar a comida feitos leões esfomeados. Hoje não coloco receitas mas fá-lo-ei em breve, não temam! Beijinhos para todos!

Monday, December 30, 2013

The Great American Disaster 5,6/10



Com o fim do ano a aproximar-se, faço a última crítica gastronómica de 2013. Em lisboa, no Marquês de Pombal, num daqueles prédios com vista para a rotunda, há um dinner de inspiração americana, estilo retro, anos 50-60 chamado Great American Disaster. Soube da sua existencia por um irmão e logo me despertou a curiosidade, não pela comida mas pelo estilo de decoração. Eu gosto muito da estética dos anos 50-60 e fiquei super curiosa. Ainda por cima, recentemente, voltaram a transmitir o "Back to the future" na TV, filme que me diverte sempre e ainda mais inflamada ficou a vontade de lá ir. Como podem ver pela última foto (retirada de internet, não me pertence), tem mobília, posters, mosaicos típicos da época. As moças que nos serviram vestiam fardas como as que vemos nos filmes, um vestido com uma saia meio rodada. Em termos de ambiente, de apresentação geral, até acho que podiam melhorar. Está engraçado mas a decoração parece-me um pouco fria, meio industrial. Devia ser mais colorida e alegre. Uma jukebox ficaria a matar! E que tal música ambiente? Curiosamente, no dia em que fui lá almoçar, a música "Mr. Sandman" não me saía da cabeça. Não ouvimos essa nem nenhuma, infelizmente. Têm espaço para melhorar e aqui vos deixo estas sugestões. Quanto à comida, as expectativas não eram muito elevadas. É um restaurante de fast food estilo americano e daí que não esperava lamber as beiças com o pitéu. E foi isso que aconteceu, não lambi as beiças de felicidade. Para a mesa, como entrada, veio dois pãezinhos de alho com queijo e tomate, bem quentes, saborosos quanto baste, um pouco molengões e de apresentação pouco cuidada. Para prato principal, pedi um "Cream Cadillac", ou seja, um hamburguer no prato com um delicioso molho de natas de chorar por mais. Isto do chorar por mais é a conversa que está incluída na descrição do prato no menú. Os meus olhos ficaram numa secura tremenda por me terem servido um molho de "natas" saído directamente do pacote Knorr. A alface, como podem ver na foto, era pouco fresca, tinha umas folhas manhosas e as batatas fritas eram das congeladas. A carne em si, o hamburguer, era bastante fino e tive dificuldade em sentir-lhe o sabor, o molho não ajudou na tarefa. O meu irmão, pediu um hamburguer com chili. Ficou mais satisfeito que eu. O preço dos hambuguers varia entre os €6.50 - €7.50, nada de exorbitante, mas mesmo por esse preço estava à espera de mais cuidado na preparação da comida. Claro que comparando com outra experiência que tive ao estilo americano, no Hard Rock Café, onde me senti roubada pela má comida e preços elevados, o GAD não me deixou de amargo na boca mas não tenciono voltar. Tenho consciência que há muito mais no menú para experimentar, nomeadamente pizzas, batidos e bifes. Mas se nem um simples hambuguer foram capazes de confeccionar de forma satisfatória, como vou ter vontade de regressar? É um espaço agradável, a nível estético, mas nem isso me entusiasmou. Aviso-vos que este restaurante tem muito movimento, formam-se filas para arranjar mesa e o ambiente é algo ruidoso, já que o espaço não é muito grande e está bem preenchido de mesas. Se não querem esperar, não apareçam muito depois das 12horas.  


E aqui vai a música "Mr Sandman":
 

Aproveitamento de perú


Depois das festividades, sobra sempre bastante perú. Eu desossei-o e guardei em tupperwares no frigorífico. Pessoalmente, gosto de o comer simples, à mão, sem sequer aquecer, até parece que me sabe melhor. Sandes de perú com manteiga também é uma maravilha! Podem também picá-lo e fazer um recheio ou croquetes. Eu e o Mr. Fofo optámos por comer o perú ao natural, acompanhado de uma saladinha e uma deliciosa maionese de azeite e mel. Eu depois dou-vos a receita da maionese. Fizemos também um salteado de vegetais com a carne que sobrou. Usámos couve coração, pimento vermelho e verde, o perú desfiado e o próprio recheio. Supimpa! Não sobrou uma migalha e é assim que gostamos, aproveitamento total de restos! Desculpem lá as fotografias, foram tiradas com o meu telemóvel.

Thursday, December 26, 2013

Doces natalicios


Por estes lados, não obedecemos aos tradicionais doces de Natal. Compro o bolo-rei, bolo cuja confecção ainda não domino mas tudo o resto é confeccionado por mim, ou quase tudo, que este ano o mano David fez um belo bolo rançoso, cuja receita irei reproduzir no blog brevemente. Nas fotos podem ver o bolo chiffon de chocolate, decorado pela minha sobrinha Ana, que também ajudou a bater os ingredientes. A torta de noz recheada com doce de ovos e os bombons de figo. Estas receitas já foram publicadas no blog o ano passado, basta clicarem nos links que aqui vos indico.

Perú de Natal - Resultado final


Cá estou eu de volta na segunda tentativa a cozinhar um perú. Pensei que iria estar mais presente no blog, nestes dois dias de Natal, mas acabei por estar demasiado concentrada na ave. Aqui têm o resultado final! Não está perfeito, há coisas a emendar mas tendo em conta o desastre que foi o ano passado, sinto que foi uma missão bem sucedida! Caso acompanhem este blog, o perú de 2012 acabou mal cozinhado, practicamente crú nalgumas partes e o seu destino foi o caixote do lixo. Parece que ainda não dominamos a cozedura em forno a lenha. Mas este ano, em virtude das condições meteoreológicas tenebrosas, o perú foi cozinhado em forno eléctrico e tudo correu melhor. Ficou demasiado tostado nas pernas, tenciono fazer uns acertos nos temperos da próxima vez mas estava saboroso, o recheio era catita, o peito não secou. Para o ano, vou tentar arranjar um perú mais rechoncho, que pelo menos tenha uma pele mais grossa e resistente, pois este exemplar era fraquito. A pele era muito fina e rompeu na cozedura. Foi inevitável a carne secar um pouco e acabou por ser algo que fugiu ao meu controlo. É que eu deitei um olho ao especial de Natal do Gordon Ramsay, devo salientar que acho o homem detestável mas confesso que cobicei-lhe o perú. O bicho era anafado, de pele grossa, que ele facilmente temperou, introduzindo os condimentos entre a pele e a carne do peito. Mas eu infelizmente não o poderia fazer, senão rompia-se a pele toda. Enfim, como já disse anteriormente, este blog é uma espécie de diário de aprendizagem. E aqui não publico apenas o meus sucessos mas também o que não me sai tão bem, na esperança que vocês leitores possam dar sugestões. Emboras estas escasseiem, eu não desisto, e no próximo ano voltarei a dar-vos conta das minhas aventuras natalícias na cozinha. A receita do perú está neste link. Espero que o vosso Natal tenha sido muito feliz!

Tuesday, December 24, 2013

Perú de Natal - Preparação


Em primeiro lugar, um bom Natal para todos! Espero que se divirtam e que estejam rodeados de quem mais gostam. Por estes lados, andamos ocupados com os preparativos culinários. Este perú que vêem na foto vai ser servido no dia 25, mas vamos cozinhá-lo já hoje para amanhã só ser necessário aquecer e tostar a pele, se necessário. Neste momento, o perú está à espera de ser recheado. Tem 5,100 kg e esteve 24 horas numa marinada de água, 250 gramas de sal, pimenta preta em grão, sumo de 4 limões e respectivas cascas e folhas de louro. Depois de bem escorrido e limpo por dentro, barrei-o com uma pasta de azeite, bacon moído, alhos, pimenta preta, colorau e salsa. Ficou no frigorífico durante, aproximadamente, 18 horas com este tempero. O recheio é igual ao do ano passado, o qual volto a reproduzir aqui: O recheio, feito previamente, consistiu em carne de porco que assei no forno, um lombinho, barrado com uma pasta de massa de pimentão, alho picado, azeite, louro, sal e pimenta e regada com vinho branco e azeite. A carne, depois de cozinhada, foi picada juntamente com um pedaço generoso de bacon, e foi a refogar em alho, cebola e salsa picada. Para humedecer o preparado, usei um caldo de carne que tinha congelado e resolvi aproveitar. Rectifquei temperos, adicionei pimenta, sal (se necessário) e tomilho. Agora, vou preencher as cavidades do perú com o recheio e tapar a entrada com uma folha de alumínio, para que não seque. Até já!

Thursday, December 12, 2013

Marmelada em traje de gala


 Ho ho ho! Entrámos oficialmente na época natalícia, aqui no blog, com uma pequena mudança de visual. E como primeiro post festivo, mostro-vos a marmelada que fiz, já devidamente trajada, pronta a ser oferecida. E que saborosa que está! Docinha sem ser enjoativa e bastante consistente, com pedacinhos de fruta pelo meio. Para verem a receita, visitem este post. Se quiserem aprender a conservar os vossos doces, leiam estas indicações. Até breve!

Wednesday, December 11, 2013

Como conservar doces caseiros


Quando fiz o meu doce de abóbora, li, em vários sites, indicações de como conservar o doce. Acontece que não fiquei satisfeita, achei o processo pouco rigoroso e não percebi o porquê de alguns passos. Comentei com o Mr. Fofo e ele explicou-me como devia proceder e até me ajudou a encher alguns frascos de marmelada. Preferencialmente, devem encher os frasquinhos no mesmo dia em que terminarem o doce, assim que desligarem o lume e este estiver a ferver, evitando assim re-aquecer, neste caso, a marmelada. Levam os frascos e as tampas a ferver durante 10 minutos, ou pelo menos, foi assim que eu fiz, num tacho largo e alto. A água tem de tapar completamente os recipientes. Assim que estiverem prontos, com a ajuda de uma pinça de salada, escorrem bem a água, colocam os fracos de pé num pano de cozinha e enchem-nos com a marmelada a ferver até cima. Escorram igualmente as tampas no pano. Aproveitando a água de ferver os recipientes, retiram esta em quantidade suficiente de forma a que possam voltar a colocar os frascos cheios dentro do tacho sem que a água entre no doce. Com os frasquinhos já lá dentro, e já com a água a ferver e quando esta estiver a borbulhar, colocam as tampas e enroscam ligeiramente. Tapam o tacho e deixam ferver durante 20 minutos. Certifiquem-se que não entra água no doce, e que o frasco está bem tapado o suficiente de forma a que o borbulhar da água não derrube a tampa. Depois de fervura, e com a ajuda da pinça, retirem os frascos da água e ponham-nos no pano. Com luvas de cozinha grossas, enroscam o frasco muito bem, com toda a força, e colocam-no em água muito fria (usem gelo na água, se possível) até arrefecer. Noutro post mostro-vos o resultado final dos meus frasquinhos.

Friday, November 29, 2013

Bacalhau com cebola caramelizada


Mais uma receita apetitosa da autoria do Mr. Fofo. E que bom que estava, foi um autêntico mimo! Umas deliciosas postas de bacalhau, peixinho que não me canso de comer, cozinhadas lentamente com cebolas que ficaram com um belíssimo tom bronzeado. E é muito fácil de confeccionar. O cozinheiro cortou 2-3 cebolas em rodelas e pô-las num tacho largo juntamente com rebentos de alho. Se olharem para a fotografia vão ver umas pintinhas pretas no meio da cebola. São os rebentos, que podem e devem ser consumidos crus em saladas para que o seu sabor seja totalmente preservado. Mas mesmo cozinhado dá um ar da sua graça, nem que seja em termos de apresentação. Podem ver neste link outra receita, de arroz de almôndegas, onde os usei. No tacho, o Mr. Fofo juntou também azeite quanto baste, pimentão doce, manjericão seco e oregãos. Foi ao lume médio e ficou a cozinhar até a cebola entranhar bem os temperos e amaciar. O cozinheiro juntou vinho branco, envolveu muito bem, e dispôs as postas de bacalhau em cima da cebolada, baixou um pouco o lume e deixou o peixe suar, com o tacho tapado, durante 30 minutos. Tenham cuidado para não deixar pegar. Como já vos disse, o bacalhau ficou super, mega saboroso. Até a pele se comia, de tão macia, com aquela gordura boa. E a cebolada, era capaz de comer um prato cheio! Ai! Não admira que a balança me acuse de ser gulosa...

Bacalhau salteado com pimento e linguiça


Reparei agora que tinha uma série de receitas em stand by, que não chegaram a ser publicadas devido ao facto da blogueira ser um pouco despassarada. Nunca é tarde, embora a memória possa estar um pouco difusa. Penso lembrar-me da essência do petisco. Esta é mais uma contribuição do cozinheiro Alex, um bacalhau desfiado com pimentos e linguiça, salteado em azeite e alho, que vos vou explicar de seguida como fazer. Reparem na fotografia de grande autenticidade, do "bacalhau salteado em toalha de flores com nódoa a condizer" (gentilmente cedida pelo mano David). Não acham que seria um bom título para esta receita, ao estilo dos nomes pomposos que os chefs dão aos seus pratos, mas num tom mais popularucho? Avançando...perguntei ao cozinheiro como preparou este petisco e ele explicou-me que devem descascar uns alhos e levá-los a fritar em azeite até ficarem molinhos mas sem tostar. Juntam a cebola em lasquinhas, deixam refogar e adicionam o pimento vermelho e a linguiça. Fica ao lume até que os sabores se soltem e perfumem o azeite. Depois é só juntarem o bacalhau desfiado, deixando-o cozer e largar a sua gordurinha. Juntam as batatas previamente cozidas e cortadas grosseiramente, envolvem bem e voilá! Só falta irem para a mesa atacar a comida. Bom apetite!

Tuesday, November 26, 2013

Marmelada - Receita passo a passo


Depois do doce de abóbora, o meu primeiro doce caseiro, que, devo dizer, correu muito bem, é altura de vos apresentar a minha primeira marmelada. Já a provei, ainda quente, e para já parece-me que ficou bem catita! É só deixar arrefecer e vou ferrar-lhe o dentinho, só para comprovar que está mesmo boa. Nhamm! A receita não tem segredo ou inovação. Eu gosto da marmelada a saber a marmelo e daí não ter adicionado nenhum ingrediente que pudesse mascarar o sabor do fruto. Dispensei canela, laranja e afins. Só aproveitei mesmo um limãozinho, o sumo, para dar um pouco de acidez mas foi a medo e na próxima marmelada até vou adicionar mais. Devo ter comprado 3 kg. e tal de marmelo, aproximadamente, que, depois de descascado, deu 2,300 kg de polpa. Usei 950 gr, de açucar amarelo e o sumo de limão e meio, mais uma tirinha de casca. A parte mais chatinha foi mesmo descascar o raio do fruto! E que bem fiz eu em deixar os marmelos a amadurecer depois de comprados. Penso que os adquiri uns 2 meses, mês e meio, antes da confecção do doce. Já estavam amarelinhos e a ficar com umas manchinhas na casca, por isso decidi que tinha chegado a hora de os preparar. Foi mais fácil descascá-los assim madurinhos, mesmo assim há que ter cuidado para não deixar durezas nenhumas, a zona junto ao caroço é um pouco rija. Como podem ver pelas fotos, cortei os marmelos ao meio e cada metade em 4 partes, facilitando a extração do caroço e a remoção da pele. Os pedaços que ia cortando, deixei-os de molho em água com limão para não escurecerem muito. Depois do marmelos estarem arranjados, lavei os pedaços em água corrente e coloquei-os num tacho alto e largo. Cobri com 950gr. de açucar amarelo, reguei com o sumo do limão e juntei a casquinha. Envolvi bem os ingredientes e levei a lume brando. As fotos nº5 a 9 mostram o evoluir da cozedura e como a textura se altera. Primeiro, os marmelos com o açucar a cobri-los (foto 5), antes de irem para o lume. De seguida, depois de apanhar o primeiro calorzinho, o açucar começou a derreter e a formar uma calda com o sumo do limão e os sucos da fruta (foto 6). À medida que foram cozendo, os marmelos reduziram de tamanho, perdendo água e foram ficando mais molinhos. Nesta fase havia bastante calda no tacho (foto 7). Com a cozedura já adiantada, a calda reduziu e os marmelos começaram a desfazer-se (foto 8). Foi nesta altura que fiquei junto ao tacho sem me afastar, mexendo os marmelos com frequência, pressionando com a colher de pau para desfazer bem a fruta (se tiverem um esmagador de batata, daqueles simples com cabo, usem-no). A foto 9 mostra uma fase mais adiantada, em que o doce já secou bastante e o marmelo está bem esmagado. Lembrem-se de mexer sempre o doce, senão pega, mesmo em fases iniciais, nem que seja para se irem habituando ao processo! Se lerem o post sobre o meu doce de abóbora, percebem o resultado desastroso de pequenas distrações.  Há quem use a varinha mágica para reduzir o marmelo a puré, em vez de o ir esmagando durante a cozedura. Eu prefiro a segunda opção porque sinto que controlo melhor o resultado final. Eu gosto da marmelada em puré grosso, mas com textura, com pedacinhos de fruta aqui e ali, com uma textura irregular. Entretanto, enquanto escrevia este post, o doce arrefeceu bastante e eu provei novamente. Está consistente q.b., saboroso e bastante docinho, sem ser enjoativo. Estou muito satisfeita! Se mudava alguma coisa? Da próxima vou-me atrever a reduzir um pouco mais o açucar, talvez use apenas 800 gr. e vou introduzir um pouquinho mais de sumo de limão. Agora só falta colocar a marmelada em frasquinhos e embelezar, para oferecer à família. Num próximo post vão poder ver o resultado final.Entretanto, para saberem como conservar os vossos doces em frasquinhos, visitem este post.

Resultado final. Para verem a marmelada dentro dos frascos, cliquem aqui.

Salteado de couve com enchidos


Para aproveitamento de sobras, fiz mais um salteado, desta vez com couve roxa, grelos de couve, chouriço de vitela mirandesa e alheira de Seia. Pedi ao meu ajudante e grande apreciador de salteados, o Mr. Fofo, para cortar as couves em tiras. Eu pus um tacho com água ao lume até ferver e lá demos um "apertão" nas couves. Entrou primeiro a couve roxa, que leva mais tempo a cozer e depois introduzimos os grelos de couve. No final, ambas estavam cozidas mas rijinhas quanto baste. Retirámos as couves do lume com uma pinça (para aproveitar a mesma água para cozer as ervilhas) e deixámos a escorrer bem. Entretanto pus as ervilhas a cozer juntamente com o chouriço de vitela. A farinheira, como fazia parte do aproveitamento de sobras, já estava previamente cozida. Assim que o chouriço cozeu, o Mr. Fofo cortou-o em fatias longas. Aqueci azeite numa frigideira, juntei os alhos e deixei que ficasse bem perfumado. Adicionei as couves, envolvi bem no azeite, coloquei as ervilhas escorridas, temperei com pimenta preta e pimentão doce. Deixei apurar e o Mr. Fofo juntou o chouriço aos vegetais, assim como as farinheira, já sem a pele. Deixámos cozinhar mais um pouco, envolvemos tudo muito bem e servimos. Estava muito bom, pois claro e adorámos os tons do salteado, o verdinho com o roxo. Muito bonito! Aqui têm mais uma receita fácil e rápida de preparar. Bom apetite!  

Thursday, November 21, 2013

Arroz de almôndegas


Quando fiz a bolonhesa para os meus sobrinhos, sobrou molho de tomate e o preparado de carne. Neste post podem ler a receita de ambos. Para o aproveitamento dos restos, fiz um arroz num instante. Usei o molho de tomate como base do arroz, necessitando apenas de acrescentar um pouco de água, vinho branco e sal, já que o molho incluía vários temperos e ingredientes como pimenta, oregãos, cebola, alho, etc. Coloquei o molho numa frigideira, acrescentei água q.b., o vinho branco e temperei de sal. Deixei ferver. Juntei o arroz, deixei cozer um pouco e adicionei as ervilhas (para ser mais rápido, usei de lata). Durante a cozedura, misturei constantemente com a colher de pau para que o arroz largasse a goma. Ficou a ferver até o arroz estar quase pronto. Nessa altura, adicionei os rebentos de alho germinados, as bolinhas de carne e cozinhei até o arroz estar no ponto, rijinho e cremoso. Ficou bem bonitinho! Com salpicos de preto, dos rebentos de alho e o tom alaranjado do tomate. Espero que gostem da sugestão!

Bolonhesa de duas maneiras


Tenho duas receitas de bolonhesa diferentes para vos apresentar. Só tenho uma foto, e das manhosas, porque me esqueci de fotografar uma das versões. Basicamente, uma das receitas é mais rápida de fazer porque é tudo cozinhado junto em vez de os elementos serem tratados individualmente.
  
Ingredientes para as duas receitas
500 gr. de carne picada (receita nº1)
500 gr. de carne para estufar/cozer (receita nº2)
Tagliatelle ou esparguete
Tomate
Dentes de alho
Cebola
Oregãos 
Sal, pimenta, noz moscada, louro

Receita nº1 (mais rápida)
Preparação

Levei a refogar em azeite cebola aos cubos e alho picado, juntamente com uma folha de louro. Deixei amaciar sem dourar. Juntei o tomate em pedacinhos e ficou a cozinhar 10 minutos, adicionei a carne, temperei de sal, pimenta e oregãos e ficou a apurar até reduzir um pouco, pois o tomate tinha largado bastante sumo e prefiro o preparado de carne a atirar para o húmido sem estar ensopado em molho. Cozi a massa em água com um fio de azeite e sal, escorria-a bem e juntei ao preparado de carne, envolvendo bem para que adquirisse os sabores.

Receita nº2
Preparação

Nesta versão, cozi a carne, cortada em cubos, em água com um fio de azeite, sal, pimenta preta, noz moscada, 2 dentes de alho e meia cebola. Ficou ao lume durante 1h30m, para que ficasse bem tenrinha mas o tempo pode variar para mais ou menos, conforme o tipo de bicho. Depois de cozida, piquei a carne e levei a refogar numa frigideira com azeite, alho e cebola. Temperei com salsa picada, pimenta e mais uma pitadinha de noz moscada e rectifiquei o sal. Fui juntando caldo de cozedura conforme necessário. O preparado de carne deve ficar húmido e não caldoso. Assim que terminei a carne, passei para o molho. Numa tacho pequeno, coloquei uma folha de louro, uma cebola e dois alhos picados a cozinhar em azeite, deixando-os largar os sucos sem tostar. Cortei tomates em cubos e adicionei ao tacho, envolvendo bem. Temperei com pimenta preta, sal e oregãos. Deixei cozinhar até o tomate amolecer e apurar. No fim, cozi esparguete em água temperada com azeite e sal e servi todos os componentes individualmente, permitindo a cada convidado compôr o prato como preferia, com mais ou menos molho, pouca ou dose extra de carne Pessoalmente, prefiro esta última versão porque parece que controlo melhor o resultado final ao cozinhar os ingredientes em separado e juntando tudo no fim.  Mas nem sempre o tempo ajuda, e quem tiver mais pressa deve optar pela receita número 1. De qualquer forma, ambas são saborosas, por isso façam as duas quando tiverem tempo. Em breve vou colocar uma receita de aproveitamento da carne da bolonhesa, Estejam atentos. Bom apetite!

Monday, November 18, 2013

Mais um pãozinho...


Quem lê este blog (está aí alguém?), sabe que os pães têm tido uma presença assídua ultimamente. Estou em processo de aprendizagem e ainda não foi desta que fiz a minha massa azeda. Resolvi dar mais uma hipótese à levedura fresca. Tendo reparado que as massas gostavam do calor aconchegante do meu forno, voltei a usar o mesmo truque e deixei levedar durante uma hora na temperatura mínima, ligeiramente abaixo da marca dos 60 graus. Fiquei uma ambiente morninho no forno e a massa triplicou. A receita não tem nada de especial. Fiz um pão simples, com 65 gr. de sêmola de trigo, 100 gr. de farinha de centeio e 335 gr de farinha de trigo. Acrescentei o cubinho de levedura, esmigalhado com as mãos e aproximadamente 1 dl de azeite. Acrescentei água morna (não pode estar a ferver, a levedura não gosta e depois chateia-se e não faz o trabalho dela). Desta vez deu-me preguiça e bati tudo numa batedeira de bancada eléctrica. Coitadita, viu-se à rasca para misturar as minhas massas mas deu conta do recado. Adicionei a água aos poucos até a massa ficar elástica. Acrescentei duas colheres de chá de sal e bati mais um pouco. Deixei a massa ligeiramente peganhenta. Para que o meu pão não ficasse espalmado, fiz batota e deixei a massa levedar numa taça de souflé e lá a cozinhei. Besuntei a forma com azeite, polvilhei com pão ralado, coloquei a massa no centro e fiz uns cortes no topo. Tapei o recipiente com uma tampa alta, deixando espaço para a massa crescer à vontade e ficou a levedar no forno uma hora. Cresceu muito e depois de cozido (levou uma hora a 170 graus), o pão estava leve.  Ainda tenho de trabalhar o sabor. Tenho umas farinhas especiais que vou apresentar em breve no blog e com a adição de massa azeda, espero que tudo se componha. Mas para já estou feliz com a evolução dos meus pãezinhos. Para dar graça ao pão, fiz uma pasta de atum, esmagado com Becel manteiga, pickles em pedacinhos, pimenta preta, pimentão doce e pimenta de caiena. Bem catita!

O que andamos a comer

Solha frita com arroz de grelos de couve

Thursday, November 14, 2013

Bolo de natas e oreos - Receita passo a passo


Por ocasião de um almoço entre sobrinhos feito por mim, foi-me pedido um bolo de bolachas Oreo. Devido à minha ignorância sobre este doce, uma sobrinha facultou-me uma receita da internet para que eu me orientasse. Acabei por fazer o bolo ao meu jeito, que andar a reproduzir receitas de outros lados tem pouca piada, mesmo receando frustrar as expectativas dos jovens. Acabou por ser uma espécie de cheesecake no que diz respeito ao sabor e textura, sem a inclusão de queijo (noutra oportunidade coloco aqui a receita do meu cheesecake). Tudo correu bem, felizmente, eles gostaram e deixo-vos aqui as indicações para que o possam fazer em casa. 

Ingredientes para a base de bolacha ♥
20 bolachas Oreo
100gr. de manteiga
Leite (se necessário)

Comecei por separar as bolachas Oreo em duas metades, retirando com cuidado o recheio. Este tem de ficar com a forma intacta, circular. Coloquei todos os círculos num prato e reservei no frigorífico. Piquei as metades de Oreo numa picadora até ficar um granulado fino e adicionei manteiga cremosa, misturando mais um pouco na máquina. A massa deve ficar com uma consistência que permita estender na forma sem quebrar., ou seja, não pode ficar nem demasiado mole nem demasiado seca. Neste último caso, se notarem, como eu, que a pasta está quebradiça, adicionem uma pinga de leite e misturem bem. Eu usei uma forma redonda com aproximadamente 23 cm de diãmetro. Esta foi barrada com margarina e forrada com película aderente. A margarina permite que a película cole bem às paredes da forma e também ajuda, mais tarde, a desenformar. Depois da forma bem forrada, pus a massa de bolacha no fundo e espalhei calcando bem e cobrindo toda a superfície. Vejam as fotos exemplificativas. Levei a forma ao frigorífico e fui tratar do creme.


Ingredientes para o creme ♥
2 pacotes da natas
1 lata de leite condensado cozido
Raspa e sumo de 1 limão
6 folhas de gelatina (das médias)
0,5 dl de leite 

Coloquei as folhas de gelatina de molho em água fresca. Elas ficam molinhas, como podem ver na foto. Devem espremer as folhas para libertar a água em excesso. Para o creme, pus as natas a refrescar no congelador durante uma meia hora, sem deixar endurecer. Bati-as em chatilly firme e adicionei o leite condensado cozido, batendo mais um pouco. De seguinda, misturei a raspa e o sumo de limão. Aqueci o leite, sem ferver, e juntei a gelatina (espremida, não se esqueçam), para dissolver. Adicionei o leite ao creme de natas, envolvendo bem. Tirei a forma do frigorífico e despejei o creme, deixando-o bem alisado. Pus a refrescar um pouco para que ganhasse alguma consistência. Para a cobertura, ralei 5 bolachas Oreo com creme e cobri o topo do bolo, calcando suavemente, com a mão, para que o granulado se entranhasse ligeiramente no creme. Para desenformar o bolo, basta colocar a forma num recipiente com água quente durante uns segundos ou o tempo necessário mas tenham cuidado para não exagerar, senão o creme fica muito mole e os laterais do bolo descaem. Eu inverti a forma e, com paciência, dei umas batidas no fundo e puxei delicadamente a película aderente para que esta descolasse da forma. Como o bolo fica invertido no prato, com a base de bolacha para cima, voltei a invertê-lo para outro suporte. E, por fim, decorei com as rodelas de recheio. 
Sugestão por uma questão estética, se preferirem que o creme do bolo fique mais branquinho e faça contraste com o preto das bolachas, usem leite condensado "normal" em vez da versão cozida. Por eu ter usado este último, o meu creme ficou com uma tonalidade mais "tostadinha". Espero que gostem!