Wednesday, December 20, 2017

Recheio para o perú


Aprendi a fazer o recheio para o perú com a minha mãe. Sei que não havia um grande rigor na receita porque as carnes utilizadas podiam variar. Num ano ela só usava porco, noutro ano usava porco e vaca, às vezes punha fiambre, conforme o que se lembrava. Uma coisa era certa, ficava sempre bom, mesmo que num ano fosse ainda melhor do que noutro! Portanto, quando fiquei incumbida da tarefa de fazer o perú, o grande objectivo foi recriar o que a minha mãe fazia. Como em miúda gostava de meter o bedelho na cozinha e ver o que ela fazia e como, e acabei por ser a ajudante ao longo dos anos, acho que consegui um belo recheio! Este ano, como me organizei melhor com os preparativos e calhou a fava a outro irmão na preparação da festarola de dia 25, vou colocando aqui as receitas de tudo o que fiz até agora, mesmo o perú. E sim, já fiz o recheio e vai daqui a pouco congelar.

 Ingredientes 🎄
1 cachaço de porco com 1kg - 1.200kg
1 pedaço de bacon inteiro Dulano
125gr. de presunto
2 pernas de frango cozidas desossadas e o seu caldo
2 cebolas
4 alhos
Vinho branco
Azeite q.b.
Vinagre
Salsa
Pimenta preta e branca, pimentão doce, louro, tomilho

Preparação 🎅
Há quem coza as carnes todas  mas eu, como só uso um tipo, assei o porco no forno. O frango tinha sobrado de uma canja. Mas para o ano acho que vou usar mais carnes diferentes, para ver se fica ainda melhor. Bem...estava eu a dizer...como o cachaço era largo, cortei-o em dois. Piquei 2 alhos grandes, pu-los numa tigelinha e juntei azeite, pimentão doce e pimenta branca. misturei bem para ficar tipo pasta e besuntei as 2 peças do cachaço, esfregando bem. Eu não dei as quantidades de pimentão doce mas aviso que é para dar alguma cor à carne, não é só uma pitadinha. Temperei a carne com sal, juntei 3 folhas de louro partidas, a cebola em pedaços grosseiros, umas folhinhas de tomilho seco, reguei com mais azeite, vinho branco e um esguicho de vinagre. Deixei assar no forno até ficar bem corada. Durante a assadura, controlei os sucos. Quando via que estavam a secar ligeiramente, adicionava água. Convém deixar algum molho no fundo do tabuleiro para que seja usado no recheio. Com a carne arrefecida, piquei-a na máquina, assim como o frango, o pedaço de bacon e o presunto. Reservei. Misturei o molho da carne no caldo do frango. Com cebolas do assado incluídas. Numa frigideira, aloirei em azeite dois alhos grandes. Juntei a cebola partida em cubinhos e deixei cozinhar bem e juntei um pouco de caldo para acabar de cozer. Ferveu bem. Adicionei o bacon e o presunto primeiro e cozinhei até largarem os sucos e a gordurinha derreter. Só depois juntei o porco e o frango mas podem juntar logo tudo de uma vez. Adicionei caldo suficiente para a carne ficar suculenta, temperei com uma dose generosa de salsa, pimenta preta, pimentão doce e deixei cozinhar, juntando caldo sempre que necessário até os os ingredientes estarem todos bem envolvidos. O recheio deve ficar húmido mas sem pingar caldo. É uma receita super fácil. E depois de o recheio "estagiar" dentro do perú assado, o sabor vai ficar ainda mais fabuloso! Vale mesmo a pena! 🐔

Tuesday, December 19, 2017

Bolo "raínha" - brioche de frutos secos


Mais uma vez, desculpem a foto mas só lá para a véspera é que vou tratar dos toques finais deste bolo e nessa altura substituo-a. Mas dá para verem como a massa cresceu, não só depois de levedar (vejam este post), como durante a cozedura. A minha intenção era fazer um bolo-raínha mas em vez de o moldar como se faz com o bolo-rei, enfiei-o numa forma e acabou por se transformar num bolo brioche. Eu escolhi a massa brioche por sugestão dos meus manos e até foi melhor porque assim é bastante diferente do bolo-rei. Usei a receita do Paul Hollywood porque já a fiz no passado e correu bem. E tem a vantagem de se usar imensa manteiga na massa...um pacotinho inteiro. Nham! Esta receita é feita numa batedeira de bancada. Suponho que é possível fazer à mão mas implica usar muito o músculo 😓 e a quantidade de manteiga dificulta a tarefa porque tem tendência a derreter.

Ingredientes 🎄
500gr. de farinha
250gr. de manteiga sem sal amolecida
50gr. de açúcar amarelo
1,5 dl de leite morno
5 ovos (M ou L)
1 pacotinho de Fermipan (11gr.)
Raspa de 1 laranja
Raspa de 1 limão
1 colher de chá rasa de sal
125gr de nozes partidas em pedaços
30gr. de pinhões

Preparação 🎅
Eu humedeci as nozes e os pinhões com rum e deixei marinar durante a noite. No dia seguinte, coloquei a farinha e o açúcar amarelo na tigela da batedeira, assim como a raspa do limão e da laranja. Adicionei o sal ao lado esquerdo da tigela e o fermento ao lado direito. Sal e fermento não podem entrar em contacto directo. Juntei o leite morno e os ovos e liguei a máquina em velocidade lenta durante 3 minutos, usando uma espátula para ir empurrando os ingredientes que teimam em subir. Aumentei a velocidade para média e deixei amassar mais 7 minutos até a massa ficar elástica. A minha ficou ligeiramente peganhenta mas lisa. Adicionei a manteiga amolecida e, em velocidade média, deixei mais 5 minutos até ficar tudo bem incorporado. A massa fica inevitavelmente molengona. Com o salazar, raspei a massa da tigela da batedeira para outra de plástico, cobri com película aderente e deixei levedar no frigorífico 12h aprox. A massa cresceu bastante durante a noite. Tirei-a do frigorífico, e, com o rolo da massa, estiquei-a grosseiramente num rectângulo. Enfarinhem bem a superfície onde esticam a massa senão pega muito. Vão salpicando a massa com farinha mas sem exagerar. Coloquei os frutos secos em cima do rectângulo e enrolei, selando as pontas do rolo. Voltei a amassar, rapidamente para que a manteiga não derretesse. Coloquei a massa numa forma besuntada com manteiga, cobri com película aderente e deixei levedar 3 horas à temperatura ambiente. Passado esse tempo, a massa cresceu até aos limites da forma. Tapei com papel de alumínio e cozi em forno bem quentinho. O Paul Hollywood fala em 190º mas como o meu forno é marado, cozi a 140º. Façam como ele se tiverem fornos decentes ou adaptem consoante necessário. O bolo levou 30 minutos a cozer (25 tapado, 5 a corar). Deixei arrefecer dentro do forno, com a porta entreaberta para não abater.

Bolo-rei

Bolo-rei 1
Bolo-rei 2


Actualização:  Já pus uma foto provisória mais bonita do bolo-rei que vou servir no Natal (Bolo-rei 1). Falta pincelar com geleia mas isso só faço na véspera.

Não se assustem! É feio sim (Bolo-rei 2)! Vocês estão a ver a minha segunda tentativa de bolo-rei. Nem me dei ao trabalho de colocar frutas em cima, não fosse ficar horrível, e depois era um desperdício forrar o caixote do lixo com tanta frutinha. Assim que tiver uma foto bonitinha, substituo. Se leram posts de anos anteriores, já sabem do meu crescente descontentamento com a qualidade dos bolo-rei. É estilo sorteio, num ano a confeitaria faz algo decente, noutro ano sai cagada. Bolos que outrora eram regularmente bons, hoje em dia são uma vergonha. Desde a Confeitaria Nacional até à do Marquês...nada se aproveita e eu cansei. O ano passado fui de propósito à Mealhada comprar o bolo vencedor (na pastelaria Docealhada, que pelos visto ganhou outra vez este ano vai-se lá saber porquê). Enfim...valeu pelo leitãozinho suculento da Meta dos Leitões. Mas vou dar o meu selo de confiança ao bolo vencedor da categoria bolo raínha. Não provei, é certo, mas o bolo-rei deles comprei em 2015 e gostei. Tem uma massa densa, estilo pão, e perfumada, com bastante fruta, sem adição de sabores artificiais ou erva-doce, que dispenso. Se estiverem com vontade de ir a Aveiro, vão à Flor de Aveiro (têm uma foto do bolo de 2015 neste post, http://vamospamesa.blogspot.pt/2015/12/perscrutando-bolos-rei-e-algumas.html). Agora que já desabafei, vamos prosseguir com o meu bolinho. Como sabem, isto acaba por ser uma questão de gosto, embora nalguns casos haja bolos que são tão desastrosos que deviam ser banidos de qualquer palato. Portanto, o meu, que não se enquadra nesta categoria, é a tentativa de replicar algo de que me lembro muito vagamente. O bolo-rei da pastelaria Solmar, na Rua das Portas de S. Antão (da marisqueira que entretanto fechou 😭). Eu era miúda quando deixaram de o fabricar. Ano maldito esse! E a receita ficou perdida... Não tenho pretensões de replicar o bolo, pois se nem me lembro bem do mesmo. Mas sei algumas coisas. Não tinha canelas, erva-doce, licores manhosos ou ingredientes de segunda categoria estilo aromas artificiais. A massa era saborosa, com um toque a qualquer bebida alcoólica e fruta. E o bolo durava imenso sem secar! Daí que este ano o meu desafio era fazer uma massa mais resistente à secagem, pois o sabor já estava mais ou menos afinado em tentativas passadas. Devo desde já dizer que ainda não acertei na mosca! Mas gosto do meu bolo. É saboroso, denso sem ser maçudo e já fica mais fofinho sem secar logo de um dia para o outro. Até ao ano-novo vou fazer mais uma ou duas tentativas, com algumas alterações, e depois conto-vos como correu. Devo avisar que este bolo foi feito numa batedeira de mesa. Se tiverem uma maquineta do género, aconselho a usarem. Facilita muito a tarefa. Eu gosto de amassar pão à força do meu músculo mas esta massa leva manteiga e óleo e dá mais jeito ser a máquina a sujar-se...

Ingredientes 🎄
400 gr. de farinha sem fermento
3 ovos L
65 gr. de açúcar amarelo
100 gr. de manteiga sem sal
60 ml de óleo
125 gr. de frutas cristalizadas
100 gr. de frutos secos (nozes, pinhões, amêndoa laminada)
50 gr. de passas
Raspa de 1 laranja
Raspa de 1 limão
Pitada de sal
Rum (ou aguardente ou ambos, de boa qualidade)
1 pacote de Fermipan
1 dl de leite morno + 1 colher de chá rasa de açúcar amarelo

Preparação 🎅
De véspera, coloquei as frutas cristalizadas e as passas de molho no rum (comprem rum minimamente decente, faz muita diferença). No dia seguinte, comecei por preparar o fermento. Num copo alto, aqueci o leite até ficar morninho, adicionei a colher de açúcar amarelo e o pacote de Fermipan (11gr.). Tapei o copo de deixei o fermento activar até fazer espuma e crescer um bocadinho.
Na batedeira, juntei farinha, a pitada de sal, o açúcar, a manteiga cortada em cubos e liguei a máquina em velocidade média para misturar tudo até a manteiga se incorporar na farinha. Adicionei o óleo, a raspa de limão e laranja, sempre com a batedeira em movimento, e de seguida os ovos. Deixei uns 2 minutos a amassar e por fim juntei o leite com o fermento. Não se assustem se a massa ficar peganhenta. Eu deixei mais uns 6 minutos a bater e acaba por ficar mais elástica, ligeiramente pegajosa mas que se separa do gancho da máquina. Deixei a massa levedar uma hora (tapada com película aderente) ou até duplicar de volume, dentro de uma tigela besuntada com óleo. Com o tempo frio, a massa leva mais tempo a subir mas não se esqueçam que até dentro do frigorífico os fermentinhos fazem o seu trabalho, de forma mais pausada, mas chegam lá. Depois de a massa ter levedado, escorri as frutas e juntei-as à mesma, assim como os frutos secos. Desta vez amassei à mão por ser mais fácil certificar-me de que as frutas ficam bem distribuídas. Por fim, moldei a massa numa forma circular, com o buraco no meio, bastante largo para que ao crescer novamente, o buraco não feche. Deixei a massa duplicar de volume (também tapada com película aderente). O bolo cozeu em forno quente, pré-aquecido, a 180º durante 25 minutos. Tenham cuidado com as temperaturas. O forno deve estar bem quente mas eu entusiasmei-me um pouco, pus nos 200º e no meu forno isso significa risco eminente de torriscadela. Mesmo tapado, ficou tostadinho. Não se esqueçam de colocar as frutas em tiras por cima da massa antes de o cozer. No meu próximo bolo já o vou fazer para ficar mais bonitinho. Também podem adicionar torrões de açúcar ao topo. Fica bonito e peganhento. Ou pincelar com geleia no fim para dar brilho. Espero que gostem! Se algum de vós experimentar esta receita e tiverem dúvidas ou percalço, estou por aqui para ajudar. Oh oh oh....🎅!

Nota: Entretanto, depois de fazer este bolo, voltei à carga e fiz o bolo-rei para a véspera. Esta nota é para vos dizer que podem levedar a massa base no frigorífico. Eu deixei a minha aprox. 12h a crescer, durante a noite. A segunda vez que foi levedar, já com as frutas e à temperatura ambiente, ficou 3h a crescer. Não tenham pressa em levedar a massa. Mais vale levar o seu tempo do que forçar com calores artificiais, como fiz no passado quando usava o forno morno para levedar massas e o resultado era fraquinho. Durante a cozedura o bolo-rei cresce bastante, como podem ver pelo meu que practicamente ficou com o buraco central fechado.

Bolo-rei e raínha em progresso...

Bolo-Raínha - massa de brioche, depois de levedar 12 no frigorífico, lhe terem sido adicionados os frutos secos, amassada e colocada na forma para levedar pela 2ª vez
Bolo raínha - massa de brioche depois de levedar mais 3 horas a temperatura ambiente
Bolo-rei - depois de ter levedado 12h no frigorífico e lhe terem sido adicionadas as frutas. Foi moldado para levedar mais 3 horas a temperatura ambiente
Bolo rei - depois de ter levedado mais 3h a temperatura ambiente
Cá estão as massas depois de levedarem no frigorífico (12 aprox.). Correu bem. Ambas cresceram, principalmente a do brioche. Estão a levedar pela segunda vez em ambiente mais quentinho. Mais logo apresento os resultados finais, com a receita do bolo-raínha.  

Monday, December 18, 2017

Bolo-rei em "construção"


Pessoas como eu, que têm tendência em asneirar na cozinha quando se aproximam datas importantes ou quando querem muito agradar a alguém ou quando se gabam que sabem fazer o petisco tal muito bem feitinho e depois sai porcaria monumental 😭😫😒😏, acabam por antecipar os preparativos de Natal uma semana antes ou mais. Para assim os erros serem corrigidos a tempo e ninguém saber da nossa aselhice. Tal significa abraçar a arte de bem congelar tudo aquilo que é possível! Se acham sacrilégio, pois digo-vos que não se nota! Os bolos saem fresquinhos, acabadinhos de fazer..do congelador....ihihihi...😜. Este ano vai tudo para a geleira! Bolo-rei incluído. E raínha também, para lhe fazer companhia! Por isso, esta massa que estão a ver é a do bolo-rei. Como tinha que fazer algo diferente ou que pudesse ser causador de uma catástrofe, porque eu gosto de viver perigosamente 😁, resolvi levedar a massa no frigorífico, coisa que nunca tinha feito com este tipo de bolo. Portanto amanhã já devo saber o resultado. Fiquem atentos aos próximos episódios...

Thursday, December 14, 2017

Começam as festividades...


Cá estão eles! Os bombons de figo (receita disponível aqui). Admito que sou pouco original nesta altura do ano. Prefiro manter as tradições. Espero amanhã colocar aqui a minha receita de bolo-rei. Ainda não é a definitiva mas acho que me saí bastante bem e vale a pena partilhar! Beijinhos!

Thursday, October 26, 2017

Camarão tropical


Há imenso tempo que não colocava uma receita da autoria do Mr. Fofo. Aqui têm uma muito fresca, já que o calor não nos larga. Se gostam de sabores docinhos com um toque a picante, devem experimentar. Eu gostei muito e o cozinheiro ficou particularmente orgulhoso da sua criação.  O molho pode ser usado noutros ingredientes como carne de porco ou comido à gulodice só com pão torrado 😄.

Ingredientes:
400 gr. de camarão (usámos do já descascado marca Ocean Sea 20/40, do Lidl)
1 manga madura
1 cebola média
2 tomates médios
1 malagueta verde
2 alhos
Mistura 5 pimentas
Fio de azeite

Preparação:
O primeiro passo passou por deixar o camarão descongelar e largar água. De seguida, o Mr. Fofo colocou os camarões numa grelha, salpicados de sal, e levou-os ao forno, a baixa temperatura, para os secar mais um pouco, evitando que largassem água residual no molho. Num tacho, deixou alourar a cebola num fio de azeite até ficar bem corada, quase tostada. Regou com um bocadinho de cachaça, temperou com as 5 pimentas e ficou a ferver mais um pouco. De seguida juntou o tomate, o alho e a malagueta, tudo picadinho, e deixou apurar. Juntou a manga em puré. Ficou a cozinhar até reduzir e espessar. Por fim, adicionou os camarões, que acabaram de cozer e aquecer no molho. Foi muito rápido, já que os camarões já estavam semi-cozidos do forno. Servimos com um arroz de manteiga.

Monday, October 23, 2017

Quinta dos Açores


Cá vai mais uma menção honrosa a um produto que merece ser conhecido. Os gelados da Quinta dos Açores. Fui à feira dos Açores no centro comercial Colombo, no passado fim-de-semana, e comi um belo geladinho de dois sabores, o de queijada da Graciosa e o de chocolate e queijo da ilha. O primeiro já tinha comida, pois o Lidl ocasionalmente também organiza uma "feira" dos açores e numa delas disponibilizou produtos açoreanos, vendendo (espero que o voltem a fazer)  gelados de queijada da Graciosa e também o de queijada D. Amélia. Ambos muito saborosos, com sabor a nata salpicado por pedaços das respectivas queijadas. A novidade para mim, e sugerida pelo Mr. Fofo, foi o gelado de chocolate de queijo da ilha. Oh lá lá...que delícia! Textura perfeita! Denso, suave, com um equilibrado sabor a chocolate e queijo, sem que nenhum se sobrepusesse ao outro. Perfeito! Adorei! E perguntam vocês onde se vende? Parece que para comer esta variedade, só mesmo nos Açores. É uma pena, fico de coração partido! 😭 Espero que alarguem a gama disponível! No Corte Inglés vendem outros sabores, pouquitos, muito longe da variedade oferecida nos Açores. 36 gelados diferentes! Ai...que sonho... 💓. Visitem o site da Quinta dos Açores, pois eles têm mais produtos para oferecer.

💬Este post não foi patrocinado. Faz parte da secção Menções Honrosas de produtos/produtores que este blog oferece. São produtos seleccionados por mim e que merecem ser conhecidos pela sua alta qualidade.💬

Friday, October 13, 2017

Desafio do bacalhau

Ai....o bacalhau! Peixinho divinal! És uma delícia! E dizem que...um prato de bacalhau por dia, nem sabe o bem que lhe fazia! Ou na versão inglesa... a codfish a day, keeps the doctor away. Apesar da tentação, reduzi a frequência de consumo para um prato por semana. Se estiver particularmente atrevida, talvez dois! 😉 Este post é uma galeria fotográfica do que fiz até agora. As fotos são terríveis! Peço desculpa mas tenho usado o telemóvel em más condições de iluminação. Com tempo, coloco as receitas aqui no blog. Não é que seja necessário, tendo em conta o número de sites com estas receitas na internet, mas vale a pena assinalar estes tesouros de culinária portuguesa .E há sempre um toque diferente da cozinheira de serviço, um conselho, uma dica especial....

Bacalhau com natas (obrigada Paula💓, pelas dicas, continuas a ser a raínha do bacalhau com natas😄) 


Bacalhau à Brás 


Bacalhau à Zé do Pipo


Bacalhau à minhota 



Tuesday, October 3, 2017

Chili à minha maneira


Ora aqui está um petisco que nunca tinha tocado as minhas papilas gustativas. Primeira vez que faço e como! Não é algo que me tenha despertado grande curiosidade, talvez por, basicamente, ser um prato de carne guisada... que eu não estou a desprezar, gosto bastante, simplesmente não estava na minha lista de receitas a experimentar antes de bater a bota! Claro que, sendo um petisco bastante apreciado e conhecido pelo mundo fora, era inevitável haver disputas! Segundo o que li, nem é suposto levar feijão, é sacrilégio! Pelo menos, é o que dizem os texanos. E o molho de tomate também deve ser omitido...mas nem sempre o é... E o chili é originário dos EUA....mas depois os mexicanos também reclamam para si a proeza. Humf! Cada cabeça, sua sentença. Faço como bem me apetecer! O meu chili, não é fiel ao suposto original, que leva a carne com pasta de chilis, caldo de carne e cominhos  e mais uns pózinhos de perlimpimpim. Pus tomate, feijão, evitei os cominhos e carnes picadas, adicionei os meus temperos e fiz muito bem. Porque quem comeu gostou bastante! Ora aqui vai...

Ingredientes:

1,700 kg de carne de vaca "gordinha"
1 lata grande de feijão vermelho
2 cebolas médias
3 dentes de alho grandes
3 folhas de louro médias
Coentros em pó
1/2 pimento amarelo
Pimentão-doce fumado
Pimentão-doce
Noz moscada
Pimenta preta ou branca ou ambas
Tabasco Chipotle
Tabasco Original
1 pacotinho de polpa de tomate (2 dl ou 2,5dl)
Molho HP
1,5 dl Vinho tinto
Gindungo
Sal

Preparação:

Notas:
  • Quando escolherem a carne, por favor, que seja minimamente gorda. Vai influenciar a textura do molho e, obviamente, o sabor! Li uma receita em que adicionavam maizena ao caldo, para engrossar. Ora, a carne que eu comprei tinha uma boa distribuição de gordura, que parecia veios gelatinosos. Durante a cozedura, parte desse material derreteu e tornou o molho espesso mas sem ser gorduroso/enjoativo/indigesto. Não usei maizena! E como a carne é desfiada no fim, os pedaços restantes de gordura que não derretem, podem ser eliminados se não apreciarem.
  • Usei feijão enlatado para simplificar a receita. Funciona muito bem! Já bastam as 3 horas de cozedura da carne....  
  • O Tabasco chipotle é feito com chilis fumados. Há à venda numa grande superfície, assim como o pimentão-doce fumado, da marca Espiga. Vejam o site deles. Têm uma gama fabulosa de especiarias que não se encontram noutras marcas e inúmeros produtos que nem eu conhecia! (não sou patrocinada pela marca mas gosto de enaltecer quem merece e ainda por cima é nacional) . O molho HP também já se encontra em supermercados. Se tiverem alguma dificuldade em encontrar, podem sempre visitar as lojas Glood
Embora este passo seja dispensável, nesta receita selei a carne antes de a levar a estufar. Primeiro cortei a carne em pedaços generosos (bastante maior que a típica jardineira) e eliminei aquelas peles brancas que depois de cozidas fazem a carne encaracolar. Mas não toquei em gordurinhas boas! Numa frigideira bem quente, tostei o exterior da carne num bocadinho de azeite, de forma a ficar coradinha. Enquanto selava a carne, coloquei um tacho largo com azeite, as cebolas, alhos e o louro, juntamente com algumas especiarias, o pimentão-doce, o pimentão-doce fumado, a noz-moscada e a  pimenta, Deixei a cebola cozinhar até ficar molinha. Juntei a carne selada e, de seguida, o vinho tinto, o tomate, o molho HP (foi a olho mas podem usar 3 colheres de sopa bem aviadas), a água da cozedura dos feijões vermelhos, os coentros em pó e sal. Adicionei um bocadinho de água e ficou a estufar durante 2h30m ou 3h. Reduziu bastante, estive sempre de olho no tacho, a verificar a textura da carne e o nível do caldo. Não convém ficar aguado nem reduzir excessivamente. O molho deve ficar espesso e ser suficiente para envolver a carne.  Assim que carne ficou tenra, retirei-a para um prato, onde ficou a arrefecer. Desfiei em pedaços generosos. Juntei o feijão e a carne ao molho e deixei ferver novamente. Temperei com o gindungo e os molhos Tabasco.  E, por fim, adicionei o pimento amarelo cortado em cubos. Desliguei o lume e deixei cozer no calor residual. Servi com tortilhas caseiras (comprem, não vale a pena o trabalho) e arroz jasmim. Como nota final, aconselho-vos a irem provando o petisco durante a cozedura. As especiarias devem ser adicionadas conforme o vosso gosto e eu fui rectificando o tempero ao logo da cozedura até ficar tudo do meu agrado! Espero que gostem!

Tuesday, July 18, 2017

Pork Wellington - Lombo de porco Wellington à moda da Miss Sara



Há anos atrás, quando o blog ainda não existia, fiz um beef Wellington aldrabado do qual apenas sobreviveu a fotografia. A receita, baseada em várias outras, ficou esquecida, embora tenha registado vagamente como a fiz anos mais tarde e aqui mesmo no blog. Neste post. Lá explico o porquê de ter optado e eliminado determinados ingredientes. Penso que desta vez fui menos radical, ou embirrante, se preferirem. É a idade a pesar...Esta receita não é a nova versão do beef Wellington porque apeteceu-me usar porco, mais precisamente um lombinho. É a a versão low-cost caso não vos apeteça investir num lombo de vaca. E é igualmente apetitoso. Alterei umas coisitas, voltei a não incluir crepes porque acho que a massa folhada basta. Odeio mostarda de Dijon, portanto optei por Ancienne (ou mostarda "normal") e em vez de pasta de cogumelos, que por alguma razão me causa desconfiança, usei cogumelos laminados e posteriormente salteados em azeite com cebola. É uma receita fácil e rápida de preparar, desde que não tenham a ideia maluca de fazerem massa folhada caseira.

Ingredientes:
1 lombinho de porco
1 latinha de foie gras ou patê
Presunto, 8-10 fatias (usei da Dulano, o fumado da floresta)
1 embalagem de cogumelos frescos (150-200gr)
Mostarda Ancienne ou da normal
1 rolo de massa folhada, de preferência rectangular.
Cebola
Alho em pó, pimenta, orégãos, sal qb

Preparação:
Em primeiro lugar, o meu ajudante Mr. Fofo, selou o lombinho de porco numa frigideira com um fio de azeite. O lombinho ficou com o exterior tostadinho a toda a volta, incluindo as pontas. Assim que ficou pronto, colocámos a carne numa tábua de cozinha a repousar e arrefecer. Na mesma frigideira onde o lombo foi selado, cozinhei os cogumelos com a cebola. Foi preciso adicionar mais um bocadinho de azeite, mas pouquinho. Temperei com pimenta, sal, e alho em pó e deixei reduzir totalmente a água que os cogumelos largam. Para me certificar que ficavam ainda mais sequinhos, deixei-os a largar o resto da humidade em cima de papel de cozinha.

Montagem:
Coloquei uma folha de película aderente em cima da bancada, bem esticada, e aí dispus as fatias de presunto, ao alto e lado a lado. Cobri estas com os cogumelos laminados e as cebolas, bem espalhados e em cima coloquei o lombo de porco, centrado. Barrei bem a carne com o foie gras. Se preferirem, usem patê do vosso agrado. O foie gras que usei vem dentro de umas latinhas pequenas, custa aprox. 5 euros a embalagem e é mousse, não um bloco, daí ser possível barrar. Com a ajuda da película aderente, fiz um rolo, de tal maneira que a carne ficou envolvida e tapada pelo presunto, estilo salsicha. Apertei bem a película aderente, dei um nó nas pontas e pus a refrescar no congelador, para ser mais rápido. Este passo facilita a montagem final com  a massa folhada. Deixei a carne uns 30 minutos no congelador. Entretanto, abri a folha de massa folhada, pincelei com a mostarda e no centro coloquei a "salsicha", tendo o cuidado de retirar a película aderente. Fechei a massa folhada sobre a carne, selando bem com gema de ovo. Pincelei o rolo com mais gema e polvilhei com orégãos. Levei ao forno durante 40 minutos a 180-200º. Deixámos repousar, fora do forno, durante 10 minutos e atacámos que nem leões esfomeados. Estava bom...

Wednesday, July 5, 2017

Enrolados de canela (cinnamon rolls)


Cucu! Tenho andado muito desorganizada com o blog! Faço petisquinhos e esqueço-me de tirar fotos. E depois como posso dar-vos as receitas? Já tenho algumas em lista de espera, de bolos, mas terei que as fazer aos poucos, que é suposto eu estar em modo semi-dietético, sem enfardar doces e outras delícias...ai...Mas como eu sou incapaz de passar muito tempo sem experimentar um docinho, novo, resolvi marimbar-me para a dieta e cozinhar algo substancial. O segredo é depois presentear família e amigos com amostras e assim ninguém abusa! Portanto, apresento-vos os cinnamon rolls! Ou enrolados de canela, que também soa bem. Já andava com esta receita metida na cabeça. Entretanto, vi uma receita no facebook com doses indecentes de manteiga e... resolvi fazer outra. Não se assustem, continuam a ser amanteigados, só dispensei uma parte da receita, o topping, que ia sobrecarregar os enrolados! Esta é uma receita passo-a-passo. Aviso desde já que é aconselhável usarem uma batedeira de mesa, pois a massa precisa de ser bem trabalhada, durante bastante tempo, até ficar elástica e à mão vai ser cansativo. Eu fiz os bolos de um dia para o outro porque a massa leveda duas vezes, a primeira vez no frigorífico e a segunda à temperatura ambiente.

Massa base:

Ingredientes
375 gr de farinha sem fermento
50 gr de manteiga amolecida
1 pacotinho de Fermipan (11gr)
2,5 dl de leite morno
30 gr de açúcar + 1 colher de chá
1 ovo L ou XL

Recheio

Ingredientes
120 gr de manteiga
180 gr de açúcar amarelo
1 colher de chá de canela, rasa

Preparação da massa base
Em primeiro lugar, tratam do fermento! Aquecem o leite até ficar morno e, num copo medidor, juntam este com o fermento e a colher de açúcar branco. Mexem bem e tapam. Num instante surge uma espuma, que vai crescendo. É o fermento, que está activado e super contente! Entretanto, colocam os restantes ingredientes na taça da batedeira (com o gancho de amassar) e ligam numa velocidade baixa, só para envolver tudo. Assim que o fermento estiver cheio de borbulhinhas e crescido, juntam-no à mistura da farinha. Deixam bater em velocidade média durante 6 minutos. A massa nesta altura vai estar peganhenta. Aos poucos, juntam mais farinha até a massa se soltar das paredes da taça e não se pegar aos dedos. Deixam bater entre 8-10 minutos. No fim, a consistência é muito elástica e solta-se facilmente da taça. Passam a massa para um pyrex alto, tapam com película aderente e colocam no frigorífico de um dia para o outro. Na imagem (1) a massa já levedou. No início era uma bola no centro da taça e cresceu até a ocupar totalmente. Esteve aprox. 13h a levedar.

Preparação do recheio
Há receitas em que o recheio é adicionado com os ingredientes em separado. Primeiro barram a massa com manteiga amolecida, depois polvilham com açúcar amarelo e, no fim, a canela. Mas eu fiz de forma diferente. Não sei se há vantagens de fazer de uma maneira ou de outra. Vocês podem fazer como eu. Derretem a manteiga num tacho, juntam o açúcar amarelo e a canela e misturam muito bem até fazer uma pasta. Deixam arrefecer.

Montagem
Polvilham a bancada da cozinha com farinha e lá depositam a massa. Polvilham outra vez por cima da massa. E como o rolo, estendem bem (2). Barram com a mistura de açúcar, já arrefecida (3) e enrolam (4). Com a ajuda de uma linha de costura que seja resistente, cortam a massa, passando a linha por baixo do rolo e apertando, com meio nó, até cortar a porção (5). Também já vi usarem fio dental em vez de linha. Acho que o meu tinha mentol e achei má ideia....
Numa travessa barrada com manteiga, colocam os rolinhos (6), tapam com película aderente e deixam levedar até duplicar de volume (7). Levam ao forno a 160º até ficaram coradinhos. Os meus cozeram em 20 minutos aprox. Se quiserem, polvilhem os bolos com açúcar amarelo perto do fim da cozedura. Foi o que fiz, em substituição do topping, que levava mais manteiga e queijo creme.

Como podem ver, ficaram bem lindos (8)! O recheio dos rolinhos derrete um pouco e acumula-se no fundo da travessa, fazendo com que fiquem húmidos e peganhentos em baixo. E o cheiro!!! Nem vos conto! Espero que gostem!

Corte, para verem como ficou fofinho

Wednesday, May 17, 2017

Sal, alho e etc - 9,55/10


Olá! Hoje regressa a crítica gastronómica. Apresento-vos mais um rico poiso para encher a barriguinha com coisas boas. Descobrimos este restaurante num artigo de uma revista e como o menú soava a comida deliciosa e interessante, resolvemos dar um pulinho a Portalegre. Valeu a pena cada Km de estrada! Li na internet que convém marcar mesa mas no dia em que fomos tivemos sorte ou então chegámos mesmo na hora certa, ou seja, antes de todos os outros, e portanto fomos os primeiros a ocupar uma mesa. O restaurante, ao longo da nossa refeição, foi enchendo, ao ponto de haver uns poucos comensais à espera de mesa. Para entrada, debicámos com afinco as azeitonas temperadas que nos serviram numa tigelinha de barro em forma de leitãozinho. Adorável, devo dizer! Ainda bem que não nos lembrámos de pedir umas brutas morcelas assadas ou afins ( que nem me lembro se faziam parte da ementa, confesso ), pois os pratos que pedimos vinham em doses muito generosas e nós detestamos estragar comida.... Pedimos lebre estufada com feijão e couve. Estava fabulosa! Tenra, com um molho escuro delicioso, feijão e couve no ponto, com raminhos de coentros a dar graça mas sem mascarar os outros sabores. Mas que bom que estava! Fiquei tão impressionada que tentei fazer em casa mas ainda não cheguei lá.... De seguida comemos naco de boi grelhado. Opa...foi interessante! Se gostam de paladares fortes, de carne a saber a bicho, este é o prato a escolher. Ainda o senhor não tinha poisado a comida na mesa e já o meu nariz tinha detectado o aroma particular desta carne. Estremeci ligeiramente mas não me deixei vencer! Afinal, já tinha comido muita carne maturada.....bastante maturada, devo dizer, e não ia ser um pequeno naco de boi que me ia derrotar! E ainda bem, porque o sabor é de animal mas é suave. Está bem presente mas não é desagradável ou excessivo. Portanto, mesmo cheios até às goelas, não sobrou carne! Esta estava bem acompanhada por umas batatas fritas com tomilho, caseiras e quentinhas! E imaginem! Ainda coube sobremesa! Se é para a desgraça, que seja total e absoluta! Partilhámos uma fatia de rançoso alentejano, um bolo seco com amêndoa e um toque a laranja. Bem bom, perfeito para um lanchinho mais frugal que o nosso farto almoço. Mesmo assim, soube bem! Podem ver que ficámos fãs deste restaurante e espero voltar para provar mais delícias, já que a ementa era bastante extensa e eu fiquei de olho em mais petiscos. De resto, o serviço foi competente e atencioso quanto baste, só ficando demasiado lento à medida que o restaurante foi enchendo mas nada que nos chateasse. O outro ponto menos positivo foi a música com o som excessivamente alto. Tal foi corrigido durante a refeição. Excelente restaurante! 




Monday, March 13, 2017

Bolo rançoso (muito fácil de fazer)


Aiiiiiiii.....até consola olhar para a foto. E penso que até engorda um bocadinho...Sorte a minha que lhe vou ferrar o dente e se é para engordar que seja de barriga cheia! O bolo rançoso, mais uma maravilha da doçaria portuguesa. Que leva ingredientes sagrados aos quais devíamos prestar homenagem diária com oferendas aos deuses das amendoínhas e dar graças às galinhas que nos facultam os seus abençoados ovos. Não há nada tão bom como um bolo carregadinho de amêndoas e ovos, húmido como manda a lei. E é isso que vos apresento hoje. Adoro este docinho, que procuro sempre comer quando me desloco a terras alentejanas. Mas nem sempre é fácil de encontrar. Certamente já sentiram o mesmo que eu. Após comer umas brutas migas de couve-flor com carne de alguidar, o que há de melhor para empurrar o repasto senão um bolo rançoso? Mas depois vem o senhor do restaurante e diz...ora para sobremesa temos natas do céu, mousse de chocolate (acabadinha de sair do pacote) e um cheesecake. Até me cai uma lagriminha pelo canto do olho...Uma pessoa vai ao Alentejo e tem de suportar estas coisas? Cadê a doçaria regional? É por cenas destas que tenho de arregaçar as manga e procurar replicar estas maravilhas! Pois aqui têm um bolo rançoso fácil de fazer, talvez meio aldrabadito porque saltei a parte dos pontos de açúcar. Mas que interessa se o resultado é tão saboroso?

Ingredientes
250 gr. de amêndoa pelada e ralada
200 gr. de açúcar amarelo
80 gr. de manteiga
2,5 dl de água
250 gr. de doce de chila
9 gemas + 1 ovo completo
3 colheres de sopa de farinha com fermento

Preparação
Num tacho, levam a amêndoa ao lume juntamente com a água e o açúcar amarelo. Ferve até a água reduzir e quase secar totalmente, fica uma mistura húmida. Deixam arrefecer e juntam a manteiga amolecida e o doce de chila. Misturam bem. Por fim, adicionam as gemas batidas mais o ovo, e a farinha. O bolo é cozido numa forma besuntada com manteiga e coberta por papel vegetal, também este besuntado com manteiga. Quando a massa do bolo já está na forma, cobrem o topo com farinha. Sim, leram bem. Foi um truque que li na internet, que é  para o bolo não queimar. Não sei se faz grande diferença versus cobrir com folha de alumínio mas tenho cozido assim o bolo rançoso. Portanto, coloquem uma camada de farinha por cima da massa até esta ficar bem tapada. Levam o bolo a cozer a 160/180º, conforme a potência do vosso forno. O meu levou 40-50 minutos a cozer a 160º. O bolo deve ficar firme mas húmido. Espetem um palitinho ou abanem a forma do bolo, delicadamente, dentro do forno e se a massa se agitar muito é porque ainda está mal cozida. Para servir, deixam arrefecer e tiram a farinha com um pincel. Espero que gostem!

Friday, February 17, 2017

Mousse de chocolate


A receita de mousse de chocolate que aqui vos apresento não tem nada de alternativo nem original. Deve estar escarrapachada em qualquer livro de culinária. Simplesmente foi sempre assim que a fizemos. Aprendi com a minha mãe, que provavelmente aprendeu com o livro de Pantagruel ou directamente do Tesouro da Cozinheiras. Eu apenas reduzi a quantidade de ovos que originalmente usava. em vez de 8 ovos, leva 6 porque gosto da mousse um pouco mais densa. Esta ficou para além de densa. Ficou tipo estuque, mas do bom de comer. É que eu distraí-me e deixei o chocolate derretido repousar mais do que devia. E o chocolate volta a solidificar, principalmente neste tempo fresquinho.... Mas devo dizer que mesmo assim estava super saborosa! Forrou-me bem o estômago...

Ingredientes:
250 gr, de chocolate Pantagruel 70% de cacau
125 gr de chocolate Pantagruel (do original)
6 ovos
Manteiga q.b.

Preparação:
Para derreter o chocolate em banho maria, levam um tacho com água ao lume e deixam levantar fervura. Baixam o lume para o mínimo e colocam uma taça em cima do tacho, com o chocolate partido em pedacinhos e a manteiga (uma colher de sopa bem aviada). O chocolate derrete rapidamente. Desligam o lume e deixam a taça quietinha. Nada de a tirarem para cima da bancada. Se houver alguma alteração brusca de temperatura, o chocolate endurece num ápice. Portanto, deixam o chocolate arrefecer em cima do tacho até estar à temperatura ambiente. Mas tenham mais atenção do que eu.....é suposto continuar cremoso. Separam as gemas das claras. Batem as claras em castelo bem firme até formar bicos. E juntam as gemas ao chocolate. No fim, envolvem as claras no creme de chocolate e ovos, suavemente para que a mousse fique "arejada". Depois é só distribuir por potinhos bonitos e, neste caso, cobrir com pedacinhos de chocolate com avelãs. Deliciem-se!

E vejam lá isto....eu ainda não conhecia mas parece que há um chocolate Pantaguel com sabor a cappuccino. Opa! Vai ser a minha próxima aventura. Depois digo-vos se vale a pena.


Thursday, February 16, 2017

Mais vale tarde que nunca....


 Aqui fica a galeria fotográfica de alguns petiscos do Natal. Este ano não coloquei receitas porque vario pouco nesta época e este ano não foi excepção. Fiz o adorado chiffon de chocolate, as nhoscas (bombons de figo carinhosamente baptizados pelo meu irmão com um nome alternativo), brownies ou castanhitos, e tarteletes de limão, todos com receitas já colocadas aqui no blog. A novidade foi o bolo-rei, comprado na pastelaria que ganhou o concurso de melhor bolo-rei 2016. Que desilusão....Não percebo os critérios do júri. Comparando o de 2015, com uma massa perfumada, densa, tipo massa de pão e este, com uma massa tipo brioche, deslavada....Enfim....Cada cabeça, sua sentença, é ao gosto pessoal de cada um, sem seguir qualquer tipo de regra ou critério. É altura de fazer eu o bolo-rei, só que ainda não acertei com a  receita....
O meu perúzinho saíu muito bem! Seguindo várias dicas e o apoio de mais uma "colega" das artes culinárias, assim como do Mr. Fofo, introduzi algumas alterações à receita, que permitiu que o perú ficasse mais suculento. Mas a receita só vos dou antes do Natal deste ano, com devida antecedência, isto é, se a minha cabeça de vento falhar....

Tuesday, February 14, 2017

Sugestão de menú de S. Valentim


Olá! Sendo este um dia dedicado ao amor, resolvi fazer uma pequena sugestão aos corações apaixonados que querem agradar à sua cara metade. Sei que é um pouco em cima da hora, e não havendo tempo ou disposição para preparar este repasto, podem considerar tomar alguns atalhos. O petisco que aqui vêem, é raviolis em formato coração recheados com queijo ricotta e requeijão de vaca, cubinhos de bacon, cebola e cenoura. A massa foi feita por mim mas nos supermercados há massa de lasanha fresca que facilmente pode ser usada para este efeito. Basta terem um cortador de biscoitos formato coração, e uma quantidade generosa de massa para formarem os raviolis. O recheio é super fácil de preparar. Basta cozinharem as cebolas em azeite e uma pinguinha de vinho branco, até amolecerem, juntam o bacon em cubos e deixam fritar mais um bocadinho para os sabores apurarem. Depois escorrem as cebolas e o bacon em papel de cozinha e juntam ao queijo, assim como a cenoura, que é opcional (eu usei cenoura porque tinha um pedaço para aproveitar). Temperam a gosto. A minha intenção era fazer massa colorida. Cor-de-rosa ou roxa mas falhei redondamente porque não quis usar corantes alimentares e juntar água de beterraba ou afins à massa também não funciona. Portanto, vou experimentar cozer os raviolis em água corada com cenoura roxa e/ou beterraba. Depois mostro-vos o resultado. Para sobremesa, fiz uma apetitosa mousse de chocolate com pedacinhos de chocolate de avelãs como topping. E coloquei tudo em frasquinhos bonitos para parecer mais especial. Espero que tenham um dia de S. Valentim muito feliz. O importante é o carinho com que se fazem as coisas, fique perfeito ou não, neste dia (ou em qualquer outro). E para os leitores solteiros, porque não fazer este menú para a família ou amigos, que também merecem saber que os amamos! Qualquer motivo é bom para fazer uma festarola! Beijinhos

PS: E não é que me esqueci de mencionar a pasta de tomate que incluí nos raviolis? É uma espécie de doce, feito com tomates, vinagre, picante, molho inglês, açúcar amarelo e outros temperos. É uma versão diferente deste que coloquei aqui no blog. Qualquer um se adequa a esta receita.

Se estiverem em modo sopeirinha e quiserem fazer brilharete, podem visitar os links que explicam como fazer a massa fresca e moldar os raviolis: 

Massa
- Como moldar