Thursday, December 24, 2015

O perú!


Um esforço conjunto dos vossos cozinheiros de serviço aqui no blog! Já assado para o almoço de Natal. Tostadinho como manda a lei e recheado até ás goelas! Depois conto como ficou. Ho ho ho!

Wednesday, December 23, 2015

Doces de Natal - Biscoitos de manteiga para oferecer


Cá estão as minhas bolachinhas já recheadas, Umas com doce de morango, outras com marmelada. O doce de morango não chegou para tanta bolacha e acabei por usar a marmelada do ano passado. E estava impecável! Aguentou um ano sem se degradar. Portanto, podem seguir as minhas dicas de como conservar doces, que não vos enganei! Enfrasquei as bolachinhas em frascos bonitos e ficaram prontas para oferecer. E mordisquei uma ou duas, só para me certificar que estou a oferecer produto de qualidade...Estão aprovadas! Depois dou-vos a receita. Ho ho ho!

Os doces de Natal - bombons de figo


Para não variar, os bombons de figo! Também conhecidos por nhoscas, assim apelidados por um irmão com queda para arranjar nomes originais. A receita está neste link. Ho ho ho!

Saturday, December 19, 2015

Doce picante de tomate


Para os apreciadores de picante, esta é uma boa alternativa aos doces de fruta. Até serve para oferecer na quadra natalícia. As quantidades desta receita são pequenas, porque fiz a contar apenas com uma refeição e não com o intuito de enfrascar. Se tencionam oferecer a uma ou duas pessoas, convém, no mínimo, triplicar a receita. O tomate tem muita água e reduz consideravelmente. Em relação a um dos ingredientes, o vinagre de canela e alecrim, não tenho a certeza de ser possível encontrar à venda  porque penso ter sido uma edição especial da Paladin. Em substituição, podem usar vinagre normal e adicionar meio pau de canela e um raminho pequeno de alecrim. A malagueta que usei era vermelhona, pequena mas poderosa, que até me fez espirrar enquanto a preparava. Não ficou estupidamente picante, que eu gosto pouco que me caiam ranhocas enquanto como. Mas a malagueta deu um coice simpático ao doce. Podem sempre adicionar mais malaguetas, se gostarem de pólvora.

Ingredientes:
4 tomates
1 pimento vermelho avinagrado
1 malagueta
3 colheres de sopa de açucar
Vinagre de canela e alecrim
Sumo e um pedacinho de casca de limão
Pimenta preta
Alho em pó
Pitada de sal

Preparação:
Usei a picadora para triturar os tomates grosseiramente, com sementes incluídas. Coloquei num tachinho. Cortei o pimento em cubos pequerruchos. Retirei as sementes da malagueta, devidamente equipada com luvas, e cortei em pedacinhos pequenos. Juntei o pimento e as malaguetas ao tomate e de seguida adicionei os temperos. Pimenta preta a gosto, alho em pó, uma pitada de sal, o sumo do limão e um pedaço de casca, o açucar, e uns borrifos de vinagre. Deixei em lume brando até a água do tomate reduzir e a polpa ficar espessa, em geleia, tal como está na foto. Espero que gostem.

Se quiserem saber com mais detalhe como fazer doces, visitem o link do doce de abóbora e da marmelada e também podem aprender a forma de os conservar.

Thursday, December 17, 2015

Bolachinhas recheadas para oferecer


Este ano, em vez dos habituais doces de fruta, tal como marmelada ou doce de abóbora, decidi oferecer bolachinhas recheadas. Claro que não podia faltar o doce caseiro. De morango e, caso não seja suficiente, uso marmelada ou doce de pêra que ainda tenho bem conservados no frigorífico. Assim que rechear as bolachinhas, coloco aqui a receita, tanto da massa como do doce. Já provei as bolachas e ficaram saborosas. Mas sei que cometi um errozito que até nem comprometeu a qualidade mas talvez a aparência tenha sofrido um pouco. Não estão perfeitinhas mas até gosto do aspecto irregular e rústico. Até breve!

Wednesday, December 9, 2015

Perscrutando bolos-rei e algumas divagações

Flor de Aveiro
Pastelaria Central
Confeitaria do Marquês
Confeitaria Nacional

Em meados de Novembro, começam as minhas "preocupações" com o bolo-rei. Mais especificamente, onde o comprar. Não é por faltar onde o comprar que me preocupo, é por a oferta ser cada vez mais pobre em termos de qualidade. Ou talvez o problema é os sítios onde se fazia bom bolo-rei terem deixado de o confeccionar ou simplesmente se "esquecerem" da receita e abandalharem a coisa. Ora, para mim é difícil largar esta tradição porque desde que me lembro de ser gente, havia sempre este doce no Natal. Um bolo-rei gigante, estilo roda de camião TIR, de massa perfumada e saborosa, que durava dias a fio sem ficar seco. E sabem onde o meu pai o comprava? Na pastelaria da Marisqueira Solmar, na Rua das Portas de S. Antão. Só que isso já faz parte de um passado muito distante. Foi com tristeza que soubemos, na altura, que já não o fabricavam e tivemos de arranjar substituto. Um deles, foi o bolo-rei da Confeitaria do Marquês. Se foi bom em tempos, há muitos anos que deixámos de o comprar lá. A qualidade caiu e muito. E este ano tive a oportunidade de voltar a experimentar e coitadinho! De aspecto muito pobrezinho, com aquelas pepitas de açúcar (sacrilégio!), o sabor deslavado e a tendência a ficar seco em pouco tempo. E a fruta não abunda. Vade Retro! Aprendam a fazer bolo-rei e mudem a aparência, que é horrível! Outro feio como tudo é o da Confeitaria Nacional. O ano passado estava seco e insípido. E, mesmo odiando a apresentação do bolo, que é do mais miserável que há, dei-lhe várias oportunidades...mas como a qualidade do bolo varia demasiado de ano para ano, ficou votado como bolo a evitar. E podem ter a fama que quiserem, que não é isso que me abre o apetite e dá vontade de voltar. Os outros dois bolos que aparecem neste post são o bolo que escolhi para este Natal, o da Flor de Aveiro. E também um bolo que me foi oferecido, da Pastelaria Central em Mem Martins. O primeiro, venceu o prémio de melhor bolo em 2013 e 2014. Daí o saltinho até Aveiro para experimentar. Provei uma fatia e aprovei mas só faço uma crítica final quando degustar o exemplar na véspera de Natal. O de Mem-Martins, não sendo um bolo-rei memorável, é bem catita, com boa quantidade de fruta. A massa tem um sabor agradável, não adicionaram sabores artificiais como licores esquisitos ou aromas de laranja ou mesmo a malfadada erva-doce, que não tem lugar num bolo-rei. Devo salientar que só o facto de ter aqueles torrões de açúcar a enfeitar que deixam o bolo super peganhento e húmido, é de louvar! As mariquices do icing sugar e aquelas pepitas horrorosas que agora usam no bolo-rei é de fugir! O icing sugar vai todo parar à roupa ou ao vizinho do lado com um simples suspiro e as pepitas não são apetitosas, a textura não presta e é feio! Perceberam, senhores "confeiteiros"? Já deu para perceber que o bolo da Flor de Aveiro, é mais denso, com uma massa menos amarelada, assim a atirar para o "acinzentado", com fartura de fruta. O cheiro que deixa no ar é muito similar à massa de pão. Só que é mais perfumada por causa da fruta e , eventualmente, devido à presença de aguardente ou outra bebida alcoólica. Sim, porque bolo-rei tem de levar pinga na massa, seja ela aguardente e/ou vinho do porto. É essencial! Ah, e como nota final acerca de degustações de bolo-rei...Tanto a Eric Keyser como a Padaria Portuguesa fazem uns bolinhos-rei incaracterísticos. Massas fofinhas mas com pouca substância a nível de sabor e quantidade de fruta. São "sucedâneos" de bolo-rei, e eu não aprovo a qualidade. Este post serve o propósito de dar um pontapé de saída na época festiva aqui no blog e lançar o debate. Desafio os leitores a partilhar qual o vosso bolo-rei de eleição e que características deve ter. Não sejam tímidos! Até breve! 


Tuesday, November 24, 2015

Cozido de feijão e bochechas de vaca


Não sabia exactamente que nome devia dar a este prato. Porque nasceu de um acaso, ou melhor, de duas preparações diferente que iriam servir propósitos distintos. Parece complicado mas não é. Na semana em que fiz isto, tinha cozido feijão para sopa e estava com vontade de comer bochechas de novilho estufadas. Cozi o feijão e estufei as bochechas, sem planear juntar as duas coisas. Até que, por via do destino, lembrei-me que podia fazer uma combinação agradável. Aproveitar os caldos e fazer uma espécie de cozido de bochechas e feijão á laia do cozido de grão alentejano. Claro que aos meus leitores, para simplificar a tarefa, sugiro que cozam o feijão e as bochechas em simultâneo em vez de cozer o feijão e estufar as bochechas em separado. Mas, dou-vos indicações para fazerem como entenderem, conforme estejam com mais ou menos vontade de passar tempo na cozinha.

Ingredientes:
Feijão seco 1/2 pacote (ou uma lata grande de feijão branco)
4 batatas
2 cenouras
2 ou 3 bochechas de vaca
Vinho tinto
2 cebolas médias
2 dentes de alho
Azeite, colorau, pimenta preta, louro, sal

Preparação:
Para simplificar a receita, há várias opções. Podem saltar a cozedura do feijão e usar do enlatado e assim a opção de estufar as bochechas não vos complica tanto a vida. Ou, se preferirem, cozam o feijão e as bochechas em simultâneo na panela. Nunca cozi bochechas de vaca mas suponho que não haja problema em fazê-lo. E como o feijão precisa no mínimo de 1h:30m para cozer (e confesso que por vezes deixo mais tempo, conforme a natureza do feijão, porque gosto dele bem tenro e que o caldo de cozedura fique com bastante goma), as bochechas ficam de certeza tenrinhas nesse tempo. Eu vou começar por explicar exactamente como fiz e depois sugiro a alternativa:

Para a cozedura do feijão, deixei meio pacote de feijão branco de molho num tacho alto, bem coberto por água, até inchar completamente. Geralmente deixo durante a noite toda. Assim que estava no ponto, levei o tacho ao lume, e adicionei à água uma cebola inteira partida em cubos e sal. Devo salientar que o nível da água não deve ficar rente ao feijão mas bem acima do mesmo. Se o feijão absorveu muita água durante a demolha, pode ser necessário adicionar mais ao tacho na altura da cozedura. Não tenham medo. A água evapora muito durante a cozedura, portanto podem encher bem o tacho. Eu deixei o feijão bem tenrinho, não gosto de feijões al dente e a água ficou esbranquiçada da goma.

Entretanto cozinhei as bochechas da seguinte forma: Num tacho, alourei as bochechas em azeite de forma a deixá-las coradas no exterior e seladas, para manterem os sucos no interior e não secarem. Nesse mesmo tacho, juntei às bochechas uma cebola picada, 2 alhos, 1 folha de louro, colorau, pimenta preta, vinho tinto, sal e mais um fio de azeite. Acrescentei água até cobrir totalmente as bochechas e deixei em lume brando durante 1 hora ou mais. Eu fico sempre de olho nas bochechas porque a água vai reduzindo à medida que estufam e pode ser necessário adicionar mais. A carne está pronta assim que, ao espetar o garfo, esta começa a separar-se, de tão tenra que está.

Para compôr o petisco, coloquei numa panela os feijões, cobrio-os com o caldo e deixei levantar fervura. Adicionei as batatas e as cenouras cortadas em pedaços médios e deixei cozer até ficarem tenras. De seguida, juntei um bocado do caldo das bochechas ao caldo do feijão, assim como as bochechas desfiadas e deixei aquecer bem.

Sugestão: Caso optem por cozer tudo junto, ao tacho do feijão, juntam as bochechas, as cebolas, alhos, vinho tinto, louro, pimenta, colorau e sal. Cozem tudo muito bem até o feijão e as bochechas ficarem super tenros. E no final, adicionam as batatas e as cenouras e deixam ferver até estarem tenras. 

Thursday, November 5, 2015

Açorda de bacalhau


Receita mais fácil de preparar é impossível! E como o tempo fresquinho já está a bater-nos à porta, podemos começar a pensar em refeições quentinhas e substanciais. Obviamente que esta é uma açorda toda finória, não é só água, alho e pão e especiarias. Comemos uma bela posta de bacalhau e um ovo cozido para forrar bem o estômago. Aconselho que comprem pão alentejano. Gosto pouco de publicitar superfícies comerciais mas neste caso acho importante salientar que o Continente tem um bom pão alentejano, de paladar forte e saboroso, que podem comprar na padaria, ao balcão e pedir para fatiar. Dos pães já embalados, também à venda no Continente, o da Fermentopão é bem catita. E agora que vos aconselhei a comprarem pão alentejano, volto a insistir porque faz mesmo MUITA diferença. Usámos o que tínhamos em casa (pão da avó do Lidl) e para açordas é pavoroso! Fica empapado, quase viscoso. Agh, que até me arrepio com a lembrança! Se deixarem o pão alentejano endurecer uns dias, também o ajuda a manter uma textura firme. Esta receita foi preparada pelo Mr. Fofo.

Ingredientes (para duas pessoas)
2 postas de bacalhau
2 fatias generosas de pão alentejano
3 dentes de alho
2 tomates
2 ovos
Azeite
Oregãos, pimenta preta, molho de coentros

Preparação 
Num tacho, levam a cozer os dentes de alho, os tomates partidos em pedaços, os ovos e as especiarias. Deixam ferver até apurar os sabores. Quando o caldo estiver perfumado, juntam o bacalhau , o molho de coentros e o azeite. Assim que estiver cozido, retiram o bacalhau para uma tigela cujo fundo é forrado pelas fatias de pão. Juntam o caldo e o ovo descascado. Mais fácil impossível! Bom apetite!

Tuesday, October 27, 2015

Torta de atum e salmão com queijo philadelphia


Esta torta é uma variação da torta de peixe e vegetais. Apeteceu-me uma refeição fresca e relativamente rápida e, como eu tinha cenouras para aproveitar, que estavam quase prontas para irem parar à compostagem, optei por simplificar uma receita que já tinha aqui no blog.

Ingredientes: 
Torta:
200 gr. cenouras cozidas
200 gr. de batatas cozidas
1,5 dl de leite
100 gr. farinha com fermento
1 dl de azeite
4 ovos
Orégãos, pimenta preta e noz moscada

Recheio:
1/2 embalagem de queijo philadelphia (usei light)
Leite q.b.
1 embalagem de salmão fumado (150gr)
2 latas de atum
Pickles
1 tomate grande cortado em cubos
Cebolinho picado
Pimenta preta
Raspa de sumo de 1 lima
Fio de azeite

Preparação do recheio:
Felizmente o recheio não necessita ser cozinhado, é  uma espécie de tudo ao molho e fé que fique bom. Obviamente que ficou bom, senão não vos dava a receita...Então façam assim: numa tigela, deitam metade do queijo philadelphia e batem bem. Como o queijo é espesso, adicionam um bocadinho de leite para ficar mais cremoso e ser fácil misturar os restantes ingredientes. Juntam o atum bem escorrido, o salmão cortado em pedacinhos, assim como a couve-flor e cenoura em pickle, o tomate em cubos e o cebolinho. Envolvem tudo muito bem. Por fim, temperam com um fiozinho de azeite, sumo de meia lima (ou inteira se for pequenina) e a raspa, a pimenta preta e o cebolinho. 

Preparação da torta:
Depois de cozerem as batatas e as cenouras, esmagam-nas com um utensílio próprio, como se fosse para puré. Tenham em atenção que as cenouras têm de estar mesmo muito bem cozidas, molinhas, senão não passam nos furos do passe vite/esmagador. Adicionam o leite, o azeite e os ovos e batem muito bem. Juntam a farinha e os temperos e misturam. Barram um tabuleiro largo com margarina, cobrem com papel vegetal e barram também o papel vegetal com mais margarina. Despejam a mistura de batata e levam ao forno a 160-180 graus até estar corada. Usem o palito para verificar a cozedura. Assim que tirarem a torta do forno, desenformam-na  numa folha de papel vegetal, em cima da bancada. O recheio é colocado sobre toda a superfície, deixando apenas 1,5 cm cm livres a toda a volta. Com a ajuda do papel vegetal, enrolam a torta e deixam arrefecer. Para acelarar o precesso, meti a torta no congelador para que arrefecesse rapidamente de forma ao queijo não derreter e começar a escorrer pelos lados. A torta também pode ser feita de véspera. Fica óptima de um dia para o outro! Bom apetite!

Francesinha no Girassol - Porto


Até ao presente dia, apenas comi por duas vezes francesinhas. A primeira foi no Algarve e não fiquei impressionada. Lembro-me que o molho sabia um pouco a cominhos e o resto era ok. Comia-se bem mas deixou pouca memória e dispensava a presença dos cominhos. Chegou uma altura na minha vida em que tinha de ir ao Porto comer o petisco! E lá fui eu. E? Continuo a não ficar impressionada mas penso que é por eu não ser fã deste prato. Não desgosto mas nunca terei apetites por francesinhas. Devo salientar que também não sou especialista no assunto como podem ver pelo número de vezes em que degluti este prato. Não sei como deve ser uma francesinha nem sei se há especificidades que devem ser respeitadas na sua confecção. Se devem ser picantes ou não, com ou sem cerveja, número e tipo de ingredientes. Não faço ideia. Hoje em dia já deve haver imensas variações, feitas ao gosto de cada um. Portanto, baseio o meu comentário acerca desta francesinha que comi, apenas no meu gosto pessoal. O plano era irmos ao restaurante Santiago mas aquilo estava apinhado até às goelas, com fila à porta, cadeiras de espera montadas e tudo! E como nós gostamos pouco de filas e esperas, zarpámos à procura de um sítio que nos salvasse. Após uma volta stressante, porque a hora já era um pouco tardia e estávamos cheios de miúfa de ficarmos com a pança a dar horas, abancámos num restaurante chamado Girassol, também ele bem composto mas onde nos arranjaram uma mesa em 5 minutos. O serviço foi muito rápido e competente, senti-me bem recebida. E a francesinha comeu-se bem. O bife estava tenrinho. Também havia uma espécie de linguiça picante (não me pareceu salsicha) e fumada, que achei apetitosa. O pão era o habitual, de forma, que acho deslavado seja nas francesinhas ou em qualquer outra coisa. E o molho, pouco picante, era satisfatório. Confesso que fiquei desconfiada com o sabor porque comecei logo a dizer ao meu companheiro de mesa que havia a presença de algum produto Knorr na confecção. E continuo convencida. Talvez daqueles cubinhos de caldo? No geral, a francesinha comeu-se bem. Aliás, não sobrou nada no prato, só mesmo o molho. Acho que podiam melhorar umas coisinhas, como o pão, mas se calhar deixava de ser uma francesinha típica. O meu companheiro gostou do petisco e mesmo em relação ao molho, não concordou comigo no que diz respeito á presença Knorr. Claro que eu tenho um paladar muito mais apurado...Como quero ser justa, não vou dar pontuação a este restaurante porque apenas consumi um prato, do qual conheço muito pouco. Nem sequer houve sobremesa ou entradas. Este post serve para partilhar a experiência com vocês e convidar-vos a darem sugestões sobre outros sítios onde se podem comer boas francesinhas. Ou então digam-me o que para vocês é uma boa francesinha, que características deve ter. Beijnhos e até breve.

Friday, September 25, 2015

Tarte de amêndoa e figo


Então vamos lá dar um nome diferente a esta coisa, já que tarte 3 delícias não é de certeza. Mas não quer dizer que seja má. Pelo contrário, ficou saborosa. É uma tarte de amêndoa com doce de figo. A alfarroba, coitadita, só  deu cor. A tarte recebeu o selo de aprovação do Mr. Fofo e ambos concordámos que há uma série de ajustes a fazer. O doce de figo, parece que está perfeitinho, saboroso e leve. As massas têm de ser alteradas. Ambas têm de ser mais densas e húmidas. A de alfarroba tem de levar maior quantidade da dita cuja. Enquanto não corrijo a receita, deixo-vos aqui como fiz esta tarte que vale a pena experimentarem.

O meu primeiro passo foi a confecção do doce de figo. Era para ser uma geleia mas saíu um doce espesso. Durante 2 horas, deixei de molho, em água, 250 gr. de figos secos até hidratarem. Assim que estavam prontos, coloquei-os num tacho, bem cobertos com água, e juntei 150 gr de açucar amarelo e uma casquinha de limão. Devo avisar que leva algumas horas até o figos ficarem molinhos e mesmo assim, não amoleceram ao ponto de se desfazer. Acho que, ao todo, devem ter cozido umas 3 horas e fui adicionando água à medida que reduzia e eu via que ainda não estavam no ponto. E, no fim, depois de passar os figos pela varinha mágica, usei pectina, para espessar o doce (duas colheres de chá). A pectina é vendida nas lojas Celeiro, caso decidam usar.

Ingredientes 
200 gr. de amêndoa pelada picada 
150 gr. de açúcar amarelo
75 gr. manteiga 
4 colheres de sopa de farinha de trigo

2 colheres de sopa de farinha de alfarroba
1 colher de chá de fermento Royal
4 ovos
açúcar para polvilhar


Preparação:
Numa tigela, juntei a amêndoa, o açúcar, a farinha de trigo, fermento e a manteiga derretida e misturei bem. Adicionei os ovos, um a um e bati entre cada adição. Dividi a massa em duas partes iguais e numa delas envolvi a farinha de alfarroba. Barrei o fundo e as laterais de uma forma de tarte, forrei com papel vegetal e voltei a barrar o papel e polvilhei com açúcar branco. Despejei a massa sem alfarroba na forma e, por cima, com muito cuidado, a massa de alfarroba, tentando que as massas não se entranhassem. Foi ao forno a 160-180º graus durante 30 minutos (mas adaptem a temperatura aos vossos fornos e mantenham-se atentos ao andamento da cozedura). Assim que arrefeceu, barrei a tarte com o doce de figo e alisei bem. Polvilhei com amêndoa picada e decorei com um figo trespassado por amêndoas. Se preferirem, substituam a farinha de alfarroba por chocolate em pó ou cacau. Espero que gostem. Agora vou arregaçar as mangas e trabalhar na receita das 3 delícias. Até breve!

Friday, September 18, 2015

O forno - Almeirim 8,6/10


Regressámos a Almeirim! Era obrigatório. Depois de uma viagem pouco satisfatória, sem forrarmos a barriga com uma boa sopa da pedra, achámos que estava na altura de atacar a zona do pecado, o centro do prazer gastronómico local. O ponto (G)astronómico de Almeirim é junto à praça de touros. Escolhemos o restaurante "O forno". Começámos o repasto com uma bela sopa de pedra. Veio para a mesa um tacho fumegante com a dita sopa, de caldo castanho avermelhado, a saber a feijão e restantes carnes, sem estar dominado pelo sabor dos enchidos. Tudo bem equilibrado em termos de quantidades, cada ingrediente na dose certa. A batatinha combinava muito bem com o feijão manteiga, bem cozido e tenrinho mas sem se desfazer. Os enchidos eram saborosos e de qualidade assim como a carne de porco. Excelente começo, portanto! De seguida, comemos uma bela caldeirada de cherne. E que boa que estava! A dose era generosa, com pedaços gordos de peixe, cozinhados na perfeição. As batatas, mais uma vez cozinhadas no ponto, tenrinhas, e o pimento deu a sua graça ser se ter imposto. A sobremesa... Pois, o meu companheiro de mesa não resiste a esta bomba calórica. Semelhante à que comemos na Mealhada mas com um doce de ovos mais espesso e com a adição de canela. Gosto mais desta versão prefiro a textura do ovo cremoso. O serviço foi rápido e competente. Por fim, a conta! Uma pechincha! Eu e o Mr. Fofo até ficámos de boca aberta porque esperámos pagar muito mais pela qualidade e doses generosas que comemos. É um restaurante com uma excelente relação qualidade-preço e ao qual espero regressar. Agora, caros leitores, é a vossa vez de o visitar. E terei o maior prazer em saber a vossa opinião aqui no blog.

 

Thursday, September 10, 2015

1ª fase da tarte 3 delícias....Ooops!


Lá se foi a minha geleia de figo. Aliás, como é que eu esperava fazer geleia de figo sem investigar os princípios básicos da confecção de geleia. Duh! Fiz asneira e fiquei com um doce espesso. Parece marmelada. Ainda por cima, achei que estava a engrossar pouco, que tinha uma calda muito líquida e fui adicionar pectina. Bem, este pequeno percalço não me vai impedir de avançar com a minha tarte 3 delícias, até porque cada versão que comi tinha uma camada de figo diferente, desde figo em geleia até pasta de figo. A minha camada será com doce de figo, o que fará uma diferença positiva em termos de textura, já que é menos densa em relação à pasta. Brevemente haverá mais notícias. Até!

Antes do blog - (not) Beef Wellington


A título de curiosidade, mostro-vos uma foto de um beef wellington que eu fiz antes de ter o blog. Na altura colocava as imagens e, mais tarde, as receitas no Facebook. Infelizmente, neste caso só as fotos ficaram para a história. Acho que decidi fazer o petisco porque houve uma fase em que eu ainda tolerava o Gordon Ramsey e via o Kitchen Nightmares e o beef wellington era a receita recorrente que eles preparavam. Até à náusea, devo dizer... Andei a ver vídeos no Youtube e receitas na internet e no fim alterei a receita porque embirrei com a quantidade de ingredientes que enfiavam na carne, desde a mostarda de Dijon (que detesto) até à pasta de cogumelos, mais o presunto e uma massa tipo crepe. Ora, tudo junto, mais a massa folhada pareceu-me uma parvoíce. Ainda por cima, a carne, do lombo, que tem um sabor bastante suave, como é que sobrevive àquela carga de ingredientes? Ok, admito que no fim, ficou uma receita que era tudo menos beef Wellington. A minha versão levava o presunto, foie gras e talvez, não me lembro bem, mostarda ancienne ou Savora, muito levemente pincelada no interior da massa. Nada de crepe nem pasta de cogumelos e Dijon. E correu muito bem, a massa folhada ficou coradinha e a carne rosada. Agora o desafio é eu fazer a receita com a minha massa folhada caseira e brincar um bocadinho com os restantes ingredientes.

Thursday, September 3, 2015

Bolos 3 delícias do Algarve - em busca de inspiração

1 - Tarte 3 delícias do Algarve do restaurante Os Arcos em VRSA
2 - Tarte 3 delícias do Algarve de uma pastelaria de Castro Marim
3 - Tarte 3 delícias do Algarve do snack-bar Cantinho dos Petiscos em VRSA

Olá caros leitores. Para não pensarem que estou a fugir às minhas promessas, mostro-vos o meu estudo aprofundado sobre o bolo 3 delícias. Sacrifiquei-me em terras algarvias deglutindo vários exemplares, em busca de inspiração para a minha própria versão desta iguaria. Tem graça que este ano foi fácil encontrar o bolo em vários espaços comerciais. Devo dizer que o começo desta jornada foi algo stressante após constatar que a pastelaria onde encontrei este bolo pela primeira vez à venda, fechou. E vou ser mázinha...toma que é para aprenderem... o karma é lixado! Quando tentei encomendar a tarte só arranjaram desculpas que não podia ser, tinha esgotado, não aceitavam encomendas, não sabiam quando voltavam a ter. Assim os clientes não regressam...
Agora, parece que todo o mundo se lembrou que isto existe e felizmente pude comparar diversas versões e chegar a importantes conclusões que me vão ajudar a compor a minha receita. Começo por vos explicar as diferenças entre as tartes e listar os locais onde as comi.
Até agora, as melhores tartes continuam a ser a do restaurante Manel d'Água e ao do snack-bar Cantinho dos Petiscos (3), por serem menos densas, de textura suave e cujos ingredientes brilham em conjunto sem nenhum se sobrepor. A tarte nr. 1, do restaurante Os Arcos, também passou no teste. Era saborosa e fofa e tinha uma cobertura com ovo e amêndoa. Também comi uma amostra no restaurante A chaminé, em Altura, que se assemelhava à tarte nr. 2 mas era menos apetitosa. O sabor do figo era demasiado intenso, com uma camada espessa e maçuda. A tarte nr. 2, agradou-me em termos de sabor mas preferia que o figo fosse mais suave e leve. E a camada de bolo de alfarroba tem uma textura áspera. Tendo em conta as amostras, vou tentar aproximar-me da tarte nr. 3, particularmente bem conseguida devido à geleia de figo, em vez de uma camada de bolo maçuda ou pasta de figo. E também percebi agora que a geleia é feita com figos secos e não frescos, como tinha pensado inicialmente. Portanto, podem contar com a receita brevemente, espero eu, num espaço máximo de duas semanas. Mantenham-se atentos ao blog! Até breve!

Tuesday, July 28, 2015

Cozido de grão


A ideia de fazer esta receita surgiu do aproveitamento de chispe que tinha congelado há alguns meses e que não queria que se estragasse. Admito que não é um petisco adequado ao tempo quente mas fica aqui registado para os meus leitores, que o podem preparar quando o frio regressar. A ideia era reproduzir o cozido de grão alentejano, tão elogiado por dois dos meus irmãos e que comi eu noutra ocasião mas não me entusiasmou tanto. Detesto quando metem hortelã nestas coisas e o sabor domina tudo o resto. Portanto o meu objectivo foi preservar o paladar do caldo, obtido a partir da cozedura das carnes, e não carregar nos enchidos, que geralmente contaminam os outros alimentos, principalmente quando têm um sabor forte a fumado. Acabei por fazer a minha própria versão do cozido de grão, sem me basear em receitas específicas.

Ingredientes
1/2 chispe
3 tiras de entremeada de vaca
Bacon em tiras
1 chouriço de Vinhais
1 farinheira
2 cenouras em rodelas
1 lata grande de grão + 1 pequena
1 cebola
Alho, pimenta, salsa
Pão alentejano

Preparação
O primeiro passo foi cozer a entremeada e o chispe em água com sal até a carne de porco ficar tão tenrinha que a carne se separava do osso. Após as carnes arrefecerem, desfiei em pedaços generosos, retirando os ossos e peles em excesso. Reservei, assim como o caldo. Também cozi uma farinheira à parte. Que infelizmente rebentou. Não sei o que faço mal mas dou cabo das farinheiras, por mais cuidado que tenha. Se alguém tiver um truque infalível para as farinheiras não rebentarem, agradeço que partilhe comigo. 
Num tacho, corei as tiras de bacon até ficarem tostadinhas e secas. O bacon cozinhou na sua própria gordura. Retirei as tiras para um papel de cozinha para que secassem e deitei um fio de azeite no tacho, porque a gordura do bacon era pouca, e refoguei 1 cebola, 2 alhos e a cenoura em meias rodelas finas. Temperei com pimenta. Deixei apurar e juntei conchas de caldo de carne. Ficou ao lume até ferver. Adicionei o grão, um bocadinho da água de cozedura do mesmo, as carnes cozidas e  deixei levantar fervura. Rectifiquei o nível de caldo, que deve cobrir os restantes ingredientes, como uma sopa. Ficou a ferver uns 5 minutos. Juntei o bacon, o chouriço cortado em rodelas e a salsa. Desliguei o lume e ficou a repousar 20 minutos para que o chouriço tivesse tempo de cozer. A farinheira foi servida à parte. Podem ver pela foto que se comeu numa tigela forrada com bom pão alentejano. Supostamente este deve ser duro, ter vários dias, mas com pão fresco também resultou bem porque o alentejano é um pão musculado e resistente! Bom apetite!   

O que andamos a comer


Espetada de salmão e risotto de pato. O risotto foi feito com o aproveitamento da gordura de pato que derreteu quando o bicho foi assado no forno. Fizemos um caldo com os miúdos  e adicionámos a gordura. Com as sobras da carne mais pimentos de cores variadas e tomate, mais uns pózinhos de perlimpimpim, fiz um rico risotto. Mais um aproveitamento total! Numa próxima oportunidade coloco aqui a receita do risotto.

Monday, July 27, 2015

Parabéns sobrinha! - o bolo de aniversário


O bolo de aniversário dos 11 anos da sobrinha Ana, feito por mim. Um chiffon de chocolate recheado com creme de Nutella e mascarpone. A cobertura foi feita em pasta de açucar. Como a moça está a ficar mais vaidosa, resolvi incluir algumas peças de roupa super fashion, objectos pessoais e o seu esfregão ambulante, o shih tzu soneca. Um bolo que ocupa algumas horas de confecção, foi desmembrado em 20 minutos! Teve um tempo de vida muito fugaz...Fica o registo fotográfico. :-)

Wednesday, July 15, 2015

Tarte 3 delícias do Algarve - 1ª tentativa (ainda não cheguei lá!)


 Ainda não é desta que vos dou a receita da verdadeira tarte 3 delícias. Este bolinho que vos apresento foi a primeira tentativa e podem ver que falhei. Mas apenas temporariamente, pois a partir desta experiência vou poder afinar a receita com base nos erros que cometi. Eu estava na dúvida acerca de como deveria preparar as duas massas, a de alfarroba e a de amêndoa. Se seriam cozidas na mesma forma, uma sobreposta à outra ou se devia cozer as massas individualmente e depois montar a tarte. Optei pela primeira opção e optei mal. Talvez o problema tenha sido as massas não serem densas o suficiente e, em consequência, a de alfarroba entranhou-se na de amêndoa, estilo bolo mármore. Portanto, na próxima vez, ou engrosso as massas ou cozo-as em separado, sendo esta última hipótese a que mais me agrada. E vou ter que carregar na alfarroba porque a massa ficou com um castanho muito desmaiado e duvido que o paladar da vagem esteja presente. Estou com esperança, que mesmo não sendo fiel ao original, a tarte seja saborosa e que a possa apresentar como uma simples tarte de amêndoa e figo e dar-vos amanhã a receita. A prova está marcada para mais logo. Até!

Empada de pato


Aqui está um ingrediente, que por algum motivo, me esqueço sempre de cozinhar. Mas recentemente o meu apetite despertou, após comer um excelente arroz feito pelo Mr. Fofo. Fiquei com vontade de fazer empadas de pato. Comprámos duas pernas e o Mr. Fofo resolveu comprar também moelas, que era algo que eu já tinha comido antes, mas de frango, e não tinha apreciado. Para me certificar se gostava ou não, o cozinheiro cozinhou-as noutro petisco mas eu aproveitei 7 moelas para as empadas. Se não gostarem, substituam as moelas por mais uma perninha de pato ou outro ingrediente a gosto.

Ingredientes
Recheio:
2 pernas de pato
Caldo de cozer o pato
7 moelas
Bacon em cubos
Alho francês
1 cebola
Cebolinho
Alho
Pimenta preta, paprica, alecrim seco

Massa
300 gr. de farinha com fermento
Caldo de cozer o pato
Fiozinho de azeite
Sal

Preparação

Levei as pernas de pato a cozer até ficarem muito tenrinhas, com a carne a separar do osso. Podem cozinhar a moelas em conjunto com as pernas. Assim que ficaram cozidas, retirei-as para um prato para arrefecerem e desossei-as. Voltei a colocar os ossos e as peles no caldo de cozedura e deixei ferver até este reduzir. Fi-lo, segundo sugestão do Mr. Fofo, para concentrar o sabor do caldo. De seguida, fiz a massa da empada. Numa tigela, amassei a farinha com o caldo, o azeite e o sal. Fui juntando o caldo aos poucos até a massa formar uma bola que se despegava da tigela. Deixei repousar até o recheio estar pronto. Entretanto, piquei a carne das pernas e as moelas em pedacinhos pequenos, com a faca, não na picadora. Quis preservar alguma textura. Num tacho, tostei o bacon na sua própria gordura, até ficar bem coradinho. Com uma escumadeira, retirei-o da gordura que largou e juntei os pedacinhos à carne picada. Nesse mesmo tacho, adicionei um fio de azeite e refoguei a cebola, o alho francês e o alho. Temperei com pimenta, paprica e o alecrim. Juntei uma concha de caldo e deixei cozinhar até amolecer e depois juntei as carnes e o cebolinho picado e envolvi tudo muito bem. Rectifiquei o tempero e juntei mais um bocadinho de caldo, só para a carne ficar ligeiramente húmida. Deixei arrefecer. Por fim, entendi a massa e cobri o fundo e as paredes de um pirex redondo. Piquei a massa com um garfo e levei ao forno até ficar ligeiramente corada. Eu pré-cozinhei a base da massa porque se e levasse ao forno crua já com o recheio em cima, iria ficar encruada ou molengona. E como o recheio já estava cozido, não convinha que a empada demorasse muito tempo no forno, daí que é aconselhável a base já ir adiantada. Com a massa já coradinha, preenchi com o recheio. Estendi o resto da massa, cobri o pirex e pincelei com gema batida. Foi ao forno até ficar corada e estaladiça.

Doces regionais de Sines


Se passarem por Sines, não se esqueçam de dar um pulinho pela pastelaria Vela d´Ouro e comprar uma dose generosa de Vasquinhos e de areias de Sines. Ambos deliciosos, com amêndoa e ovo em abundância. Os Vasquinhos, com um paladar forte a amêndoa e, as areias, também com amêndoa mas de paladar mais delicado a ovo e, se não me engano, chila. Vale a pena ir lá só para os comer. Mas, já agora, sugiro provarem uma delícia local, que infelizmente não tive oportunidade de comer devido a um lapso quase imperdoável da senhora que nos serviu num restaurante local, que é a feijoada de búzios. E as lapas. Enfim, serei obrigada a regressar à terrinha e sacrificar-me em prol dos meus leitores menos aventureiros que anseiam pela minha crítica gastronómica.

Thursday, July 2, 2015

O Novo 10 - Setúbal 6,95/10


A propósito de um mês dedicado à ilustração em Setúbal, eu e o Mr. Fofo fomos meter o nariz no evento. Após um saltinho na exposição dedicada a Maria Keil e uma visita à praça local, precisámos de abastecer o depósito estomacal e dirigimo-nos ao restaurante Novo 10. Devo salientar primeiro que a praça de Setúbal é bem catita. Comprámos belas cerejas, azeitonas, figos e pão. E ficámos a babar por um impressionante atum vermelho escuro, de aspecto fresquíssimo, que pedia para ser levado. Parece que temos desculpa para nos deslocar novamente a Setúbal. Quanto ao restaurante, já velho conhecido do meu querido companheiro de mesa, a visita foi apenas satisfatória. Fomos bem recebidos, o serviço foi competente mas a comida não passou do mediano. Assim que nos sentámos, veio para a mesa as tradicionais azeitonas e um requeijão de ovelha. Não sobrou nada, o queijo era saboroso e as azeitonas agradaram. E também nos serviram choco frito, muito típico da zona. Sinceramente, achei o choco um pouco sensaborão mas estava bem frito, com o polme sequinho, nada gorduroso. Para pratos principais, sardinhas assadas e espetada de novilho e camarão, sendo que esta última me ficou destinada. É que eu estou quase proibida de comer sardinhas, pois alguém me acusa de as destruir devido às minhas frenéticas tentativas de eliminar aquelas espinhas irritantes. Eu gosto muito do sabor da sardinha, só não gosto de as comer. Mas pude provar, pois o meu parceiro de mesa, deu-me um lombinho. Ambos concordámos que as sardinhas eram medianas e não entusiasmaram, não eram particularmente saborosas. Talvez ainda fossem magritas? Não percebo muito de sardinha mas talvez Junho ainda não seja o mês ideal para as comer. Com a espetada aconteceu o mesmo. Encheu-me o olho, até vinha a pingar, bonita e suculenta, mas a carne era deslavada. Os camarões eram agradáveis mas poucos, só dois. E os restantes ingredientes também podiam ter uma dose mais generosa. Só um pedacinho de bacon? E um quadrado de pimento vermelho? Humpf! Ah! E não gostei das batatas fritas em rodelas. Tinham um sabor estranho, que eu atribuo a óleo que já devia ter sido mudado. Não há desculpa. Para sobremesa, o Mr. Fofo escolheu e muito bem um bolo pecaminoso chamado D. Duarte. Como podem ver pela foto, tem uma camada de maçapão recheada com doses generosas de ovo. Delicioso! E eu, fui uma totó e pedi o bolo de bolacha conventual.  Ora, meus caros leitores, quando pensam em doçaria conventual não vos vem à cabeça doses maciças de ovo? E amêndoa? Gila? Pois foi o que me passou pela cabeça. Uma imagem vívida de um bolo de bolacha a pingar creme de ovo e amêndoa com fartura. É que nem uma coisa nem outra. Veio um bolo de bolacha deslavado, incaracterístico, molengão, que se come em qualquer café do país. Tirem mas é a palavra conventual do bolo, que é sacrilégio! Foi portanto uma refeição pouco memorável, o que é pena, pois este restaurante era um dos sítios onde o Mr. Fofo voltava sem pestanejar.



Casa Pires - Nazaré


Não vou, para já, fazer uma crítica gastronómica ao restaurante "Casa Pires" na Nazaré porque ainda quero dar lá um pulinho e provar as lulas estufadas, que fui aconselhada a experimentar. Mas posso nomear este espaço como um bom lugar para comer peixinho grelhado. Já lá fui duas vezes comer cherne e não me arrependi. Nesta última refeição, nem sequer usei azeite para temperar o peixe, de tão gordinho e suculento que estava. Muito bom! O Mr. Fofo comeu sardinhas e estavam catitas, embora ainda longe do seu auge. Como entrada, marchou um delicioso queijinho de ovelha. E não faltaram cervejinhas frescas...
Não se esqueçam de dar um pulinho à praia! 

Monday, June 1, 2015

Raviolis de ricotta e salmão fumado


Olá! Cá voltamos nós à confecção de massa caseira. Já há algum tempo que estava com vontade de dar uns mordiscos em raviolis. E decidi fazer com massa integral, de trigo e centeio, porque tanto eu como o Mr. Fofo achamos que é bastante mais saboroso e, suponho eu, mais saudável. Aliás, acho que fiquei proibida de preparar massa de compra desde a primeira vez em que o Mr. Fofo provou a caseira, de tão bem que saiu. Enfim, agora somos uns finórios que não se contentam com produtos inferiores. Mas é preferível comer menos vezes (é uma receita que requer algum tempo e paciência) mas melhor! É indiscutível! Para os leitores que só agora começaram a acompanhar o blog, indico o link que explica como fazer a massa e moldar os raviolis. Nesta receita usei 200 gr. de farinha de trigo integral, 100 gr de farinha de centeio integral e 100 gr. de sêmola de trigo. 2 a 3 colheres de sopa de azeite, 3 ovos e sal. O recheio, bastante simples de confeccionar, levou:

Ingredientes
250 gr. de ricotta
1 embalagem de salmão ou truta fumada (100 gr)
1 cebola média (para caramelizar)
Um punhado de amêndoas torradas e moídas
Sumo de limão e raspa
Pimenta preta, alho em pó

Preparação
Numa tigela, misturei o queijo com o salmão fumado cortado em pedacinhos pequenos. Não usei a embalagem na totalidade mas façam como entenderem. Num tabuleiro, espalhei amêndoa moída grosseiramente (não reduzam a pó) e deixei torrar até ficar com um tom acastanhado. Deixei arrefecer. Entretanto tratei da cebola. Cortei-a em cubos pequenos e levei ao lume em azeite e açúcar amarelo. Não exagerem no azeite, que é para não ficar gordurosa e estragar o recheio. E o açúcar foi sendo adicionado aos pouquinhos, só para dar uma ligeira doçura e ajudar a caramelizar. Borrifei as cebolas com vinagre, temperei com pimenta e deixei cozinhar até os sucos reduzirem. Por fim, deixei escorrer a cebola no passador, só para me certificar que ficava o mais sequinha possível, e juntei ao preparado de queijo. Envolvi a amêndoa, e a raspa de um limão pequeno, mais uns salpicos de sumo do mesmo e uma pitada de alho em pó. Aqui têm um recheio de raviolis muito simples e saboroso! Aprovado por ambos os comensais e registado aqui no blog para que o possam também apreciar. Espero que gostem! Em relação ao vinagre, aproveito para mencionar a marca, não por ter qualquer patrocínio mas apenas porque gosto do produto e este blog serve também o propósito de dar a conhecer produtores portugueses que merecem reconhecimento. Neste caso a Mendes Gonçalves com a marca Paladin, que tem uma série de temperos e molhos originais e de qualidade.  Nesta receita usei o vinagre balsâmico em spray, que é muito prático para temperar a comida. E também uso muito o vinagre de framboesa em saladas. Vão ver o site, eles merecem. Até breve! 

Thursday, May 14, 2015

Galantine de atum


Olá! Agora que o tempo começa a aquecer, sabe bem comer petiscos frescos. Lembrei-me de fazer um bolo em camadas com atum e maionese e enformar de forma a parecer uma galantine. Devo dizer que a apresentação exterior ficou super catita e de facto engana. Parece mesmo uma galantine. Mas como vêem na segunda foto, esta "galantine" é composta por camadas de bolo de batata e o atum com vegetais. Caso os meus caros leitores se sintam tímidos em fazer esta receita, por acharem que é muito trabalhosa, podem encurtar o tempo de preparação usando vegetais enlatados e maionese de compra. Vamos então começar!

Maionese ♥ Como fazer: Numa tigela alta coloca-se duas gemas de ovo, uma colher de chá de mostarda, sal e pimenta. Com a batedeira, bater muito bem até a mistura ficar cremosa e espessar. Depois, deitando em fio óleo ou azeite, continuar a bater até a mistura crescer e ficar consistente. Quando começa a ficar no ponto, a maionese é projectada pelas pás da batedeira para as paredes da tigela.  No fim, junta-se vinagre a gosto, sumo de limão e corrige-se o sal e a pimenta se for necessário.

Ingredientes do Bolo de Batata
400 gr. de batata
2 dl de leite
100 gr. farinha com fermento
1 dl de azeite
6 ovos
Orégãos, Pimenta preta e pimenta de caiena

Ingredientes do recheio
Maionese
2 latas de atum
100 gr. vegetais cozidos (usei macedónia congelada)
Alface
4 folhas de gelatina (das médias)
Amêndoa torrada e picada 

Bolo de batata
Depois de cozer as batatas, esmaguei-as com um utensílio próprio, como se fosse para puré. Adicionei o leite, o azeite e os ovos e envolvi, juntando de seguida a farinha e os temperos. Bati tudo muito bem. Barrei um tabuleiro largo com margarina, cobri com papel vegetal e barrei também o papel vegetal com mais margarina. Despejei a mistura de batata e foi ao forno a 160-180 graus até estar corada. Usem o palito para verificar a cozedura. Deixei arrefecer.


Preparação da maionese de atum e montagem da galantine
Para a montagem da galantine, o primeiro passo foi cortar o bolo, já arrefecido, em rectângulos com a dimensão da forma de bolo inglês, que vai dar forma ao petisco. Depois tratei da maionese de atum. Para tal, juntei o atum, bem escorrido, aos vegetais e envolvi a maionese até o preparado ficar cremoso e fácil de espalhar. De seguida, fervi 0,5 dl de leite (cuidado para não transbordar) e adicionei as folhas de gelatina, previamente demolhadas em água fria e  espremidas. A gelatina deve ficar completamente derretida no leite. Juntei este à maionese. Barrei a forma com margarina e cobri as paredes e o fundo com película aderente, para mais tarde ser mais fácil desenformar. No fundo da forma, coloquei amêndoa torrada moída e, por cima, a primeira camada de bolo ligeiramente salpicada de azeite, para a amêndoa colar.  De seguida juntei uma porção de maionese e alisei bem. Por cima, uma camada de alface, outra de bolo, amêndoa, maionese. E assim sucessivamente até acabarem os ingredientes. No fim, calquei bem a galantine, cobri com película aderente, bem justinha à forma, e levei ao frigorífico até a maionese solidificar. Para desenformar, basta retirar a película que cobre a forma e puxar com jeitinho as laterais até descolar da forma. Se for precisa uma ajuda extra, mergulhem as paredes da forma em água quente, por breves segundos.

Tuesday, April 21, 2015

Parabéns mini miúda fofa!


Para os 4 aninhos da mini miúda mais fofa do mundo, fiz um bolo super cor-de-rosa, a cor favorita dela. Com presença obrigatória da Minnie, exigência de sua excelência.. E também pediu a princesa Sofia, a Kitty, uma árvore de Natal, meias malcheirosas e mais não sei o quê. Achei por bem focar-me noutros elementos mais adequados e aceitando a sugestão da Kitty, moldei também os seus objectos favoritos e companhia obrigatória, a chucha e o paninho/fraldinha. Os enfeites de açúcar fizeram sucesso ao ponto de ela se limitar a comê-los e nem pegar no bolo em si. Parece que para o ano, em vez de bolo, vou fazer gelado, que ela aprecia mais. De qualquer forma foi divertido fazer o bolo e serviu como treino na arte de moldar pasta de açúcar. Junho trará outra oportunidade, com o aniversário da sobrinha Ana, a quem eu fiz o bolo dos minions. Para já despeço-me com a promessa de colocar umas receitinhas catitas, eu que tenho andado muito negligente com os meus leitores. Beijinhos e até breve!