Thursday, May 10, 2018

Sr. Lisboa 6,7/10


Caros leitores, volto com a crítica gastronómica! Desta vez um restaurante de Lisboa, onde raramente me aventuro. No entanto, tive um bom motivo para lá dar um pulinho, pois tinha a acompanhar-me a minha mana. Foi um dia muito bem passado! Caminhámos bastante e foi agradável rever a cidade em conjunto! Claro que as duas caminhantes, cansadas da jornada, foram obrigadas a certa altura, a procurar um poiso onde retemperar energias. Confesso que andámos à procura de outro restaurante onde já tínhamos ido no passado. Mas com os preços inflacionados, talvez devido à nova localização, perto da Avenida da Liberdade, assustámo-nos e fomos dar com este cantinho simpático, o restaurante Sr. Lisboa. O ambiente é muito agradável. Achámos particular piada às mesas com tampo em vidro transparente e por baixo grades e bicos de fogão. Ficámos numa  mesa perto do balcão, junto a umas prateleiras com vários produtos, entre os quais, cerveja Dois Corvos. Fiquei com uma tremenda pena de não venderem os garrafões em vidro com a dita cerveja. Em relação à comida, resolvemos pedir vários petisquinhos: o frango crocante com molho de manga picante, o camarão crocante, o crumble de farinheira, as bochechas de porco preto em vinho tinto e alecrim, as migas do fradinho e a batata rústica. Para beber, cervejinha fresca! Servida em mini canecas! Achei adorável! A comida? Agradável mas tem muito espaço para melhorar. O frango crocante são panados de frango, perfeitamente normais, estavam sequinhos e com um molho de manga picante. Não gostei do molho. Se não soubesse que era de manga, também não adivinhava. Não sabia minimamente ao fruto, nem sei descrever o sabor. E o picante era quase nulo. O camarão crocante tinha uma massa em tiras a cobri-lo, que suponho ser aletria? A massa estava crocante q.b. mas o camarão estava excessivamente cozinhado. Molengão! A textura desagradou-me, embora o sabor fosse agradável. O crumble de farinheira foi o petisco eleito como o melhor. Tinha pedaços de farinheira, broa, um ovo escalfado e doce de abóbora. Estava bem preparado, nada gorduroso, docinho devido à abóbora e combinava tudo muito bem! As bochechas estavam tenrinhas. Geralmente sou fã de bochechas de porco (e vaca também mas é impossível arranjá-las hoje em dia ). Quando bem preparadas, desfazem-se na boca. E largam uma gordurinha irresistível, meio gelatinosa, que ajuda a engrossar o molho do estufado. O molho que veio com as bochechas nada tinha nada de espesso. Era bem líquido, escuro, devido ao vinho tinto. Acho que não beneficiou as bochechas. E prefiro menos alecrim. Das migas do fradinho não gostei. Muito secas! Sim, também já comi migas bem gordurosas! Mas nem 8 nem 80! Até custava apanhá-las com o garfo. Era pão seco com feijão-frade, couve e onde estava o azeite? O tempero também não aqueceu nem arrefeceu. A batata rústica estava satisfatória. Mais uma vez, o tempero não brilhou. As maioneses eram agradáveis embora os coentros ou o manjericão pouco se notassem. Não fiquei maravilhada porque eu faço maionese com frequência e maionese a sério, é amarela! Devido à gema de ovo. Aquela era mais esbranquiçada e com um paladar fraquito. E depois disto tudo parece que não gostei de nada. Não é bem assim! Gostei de lá almoçar. Da cervejinha fria, das canecas, do atendimento e a comida é agradável mas com bastantes falhas que podem ser rectificadas. Aceito que no caso das bochechas foi mais uma questão de gosto pessoal e não seja necessário mudar nada. Mas os camarões molengões? E as migas excessivamente secas e sem personalidade? Ou um molho de manga que sabe a tudo menos a manga? Se voltava lá? Sem problema! Há muito mais para experimentar e fiquei curiosa com outros petiscos. Vamos lá à pontuação!



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