Mais uma bela receita com o nosso fiel amigo e muito simples de fazer! A minha primeira tentativa foi com uma posta de salmão (segunda fofo) para a qual preparei uma crosta de pão com tostas raladas, pimento vermelho, alho, pimenta, sal e vinagre balsâmico. Como gostei do resultado, a crosta ficou crocante e leve, resolvi fazer também para o bacalhau, com algumas alterações. Numa picadora, ralei tostas integrais, juntei um fiozinho de azeite, alho, vinagre balsâmico, grelos bem espremidos (usei congelados), uma pitadinha de sal e pimenta. A massa de pão deve estar húmida suficiente ao ponto de permitir que seja moldada em cima da posta de bacalhau sem se esboroar. Quando colocarem o pão em cima da posta, façam uma camada uniforme e não muito grossa. Eu, à força de querer aproveitar a massa toda, exagerei na quantidade e ficou demasiado espessa, logo não secou como eu queria e perdeu-se a textura crocante. Depois de montar o pão na posta de bacalhau, reguei com um fio de azeite e levei ao forno até o peixe cozinhar bem. Entretanto tratei do acompanhamento. Cozi folhas de couve coração, reguei-as com azeite e vinagre, temperei com pimenta preta e servi com o bacalhau. Simples, delicioso e rápido. Bom apetite!
Thursday, September 12, 2013
Tuesday, September 10, 2013
Gravata siciliana
Apresento-vos um prato, fruto da colaboração do Mr. Fofo com o senhor Erico Coeglione. Em boa hora acharam mais adequado usar língua de vaca em substituição da variante humana, se bem que há aí muita malta a quem não faria mal tirar a língua, a ver se diziam menos disparates. Na falta de vítima humana, foi uma vaquinha que se sacrificou, a contragosto provavelmente, tadinha! Bem, vou confessar que sou daquelas pessoas que torcem o nariz a coisas "esquisitas". Entranhas e orgãos ainda me metem medo. Mas como sou valente, enfrento a "besta" e experimento, que não vale dizer mal sem provar. Se eu não soubesse que estava a comer língua, diria que no meu prato estava fatias de carne de vaca com uma textura um pouco fibrosa, talvez de uma secção menos nobre do bicho. Quer isto dizer que não tem nenhum sabor estranho ou diferente da carne de um bife. Ultrapassado o bloqueio mental, confesso que a língua de vaca é saborosa e até já dei autorização ao Mr. Fofo para mais uma aventura similar, desde que ele não abuse! A receita é muito simples! Basta cozerem a língua em água com sal, pimenta preta, azeite e um bocadinho de vinho branco, até ficar tenrinha. Fazem um molho estilo passata, como o que está no link mas, neste caso, o cozinheiro não usou pimento, só levou ao lume, numa frigideira com azeite, o tomate e uma cebola temperados com pimenta preta e sal até reduzir e engrossar. A massa, cozem em água e sal. Depois de bem escorrida adicionam um pedaço de margarina ou manteiga e deixam derreter e envolver bem na massa. No fim, basta empratar a língua fatiada com a massa e o molho, como está na foto. Bom apetite!
Wednesday, September 4, 2013
Champanheria 7.8/10
Agora que me bronzeei devidamente em terras algarvias e já de regresso, aqui têm mais uma crítica gastronómica, meus caros leitores, apesar de algumas dificuldades técnicas que enfrentei. Não estranhem se as fotos estiverem mais manhosas do que o habitual, pois vi-me privada do meu software de edição fotográfica e afins. Por essa razão não há a inclusão da habitual factura com a pontuação detalhada do restaurante mas apenas temporariamente. Já tenho novamente um computador funcional e brevemente irei corrigir qualquer falha. Fomos a Setúbal com o intuito de provar as ostras de produção local num restaurante que se dedica a dar a conhecer esta iguaria, a "Champanheria". Valeu a pena a deslocação pela experiência gastronómica, porque Setúbal não tem grandes encantos para o turismo em geral, que me perdoem os habitantes da cidade. A refeição foi quase só á base de ostras, servidas em 3 preparações diferentes. Ao natural, cruas e apenas regadas com sumo de limão. Ao vapor, com molho de maracujá e lima. E gratinadas com espumante. Para quem nunca as experimentou ao natural, o sabor da ostra é bastante delicado e tem um travo fresco a mar. Comparando as de Setúbal com outros exemplares que tive a oportunidade de degustar noutros restaurantes, estas são mais pequerruchas mas igualmente saborosas. E mais tenras, quase que se desfaziam na boca. Quanto às diferentes preparações, tanto eu como o meu compincha de repasto, preferimos as naturais pois o sabor fica preservado. As menos apreciadas, as gratinadas, tinham molho bechamel e este escondia o paladar delicado da ostra. É de salientar que quando cozinhadas ficam mais borrachosas, a textura muda completamente. E a versão ao vapor ocupa a segunda posição em termos de preferência já que a presença da lima e do maracujá não era excessiva mas, mais uma vez, saliento a perda da textura suave da ostra. Após a degustação dos bivalves, resolvemos petiscar uma aceitável tapa de alheira com ovo de codorniz e grelos. O ovo estava demasiado cozido, com a gema seca. Para limpar a boca do petisco pouco conseguido, mandámos vir mais uma dose de ostras ao natural. Excelente decisão. Quanto às sobremesas, veio para a mesa uma tarte de requeijão de Serpa. Foi o pior da refeição. O sabor do requeijão foi mascarado pela canela e a tarte estava seca, sem graça. Melhores estavam os macarrons que acompanharam os cafés. Voltaremos certamente a este restaurante, pelas ostras, daí a boa pontuação. A questão é saber se o resto vale a pena. Logo veremos.
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